25 de nov. de 2009

Pardal Doméstico

Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Passeriformes
Família: Passeridae
Gênero: Passer
Espécie: Passer domesticus

Origem: Oriente médio



Pardal é um nome que faz referência a pássaros dos gêneros Passer e Petronia.
São aproximadamente mais de 60 espécies de pardais na Europa, Ásia, África e América.

Aqui tratarei da espécie que freqüenta minha casa: o Passer domesticus.

Conhecido popularmente como Pardal Comum, Pardal Doméstico, Pardal–dos-telhados ou somente pelo nome de pardal, esta ave é a que considero como a mais fácil de atrair para os comedouros.

Ocorre durante todo o ano, forma bandos e apresenta maior freqüência na zona urbana.

É um pássaro pequeno, com envergadura de 19 a 15cm e tamanho de 14 a 16cm.

Vive aproximadamente 12 anos.

Desconfiado, voa assim que presencia movimento. Como tempo pode ficar mais calmo ao freqüentar um comedouro muito movimentado por pessoas, mas ainda sim, não é tão manso quanto alguns já citados.

Não costumam apresentar vôo livre (batem as asas direto) e possuem um bico cônico e largo adaptado para a alimentação na grama.

Apresenta dimorfismo sexual. Sendo os machos mais escuros, com uma mancha negra na cara e marrom escura em cima da cabeça. As fêmeas lembram fêmeas de Canário-da-Terra-Brasileiro, sendo inteiramente marrom claras.

Pardal fêmea

Por algum período, os filhotes lembram a plumagem das fêmeas.

Filhote de Pardal

É quase imperceptível a quem não os observa, mas o macho, possui dois tipos de plumagem. Na primavera e verão: seu bico fica preto azulado e as penas mais castanhas e no inverno: a plumagem torna-se mais pálida e o bico mais amarelado.

Pardal macho com plumagem de verão

Com exceção dos países polacos, o pardal está distribuído mundialmente.

Por mais que seja uma ave muito abundante no Brasil, o Pardal Doméstico é nativo do Oriente Médio.

Foi introduzido em 1903 pelo prefeito do Rio de Janeiro Pereira dos Passos. A soltura foi autorizada na região, porém, as aves eram proveniente de Portugal (onde haviam sido introduzidas da mesma maneira).

O homem ajudou a fazer do pardal uma aves bastante popular. Em 1851, 100 destas aves foram soltas na Inglaterra, aumentando assim sua distribuição mundial.

Além de solturas, trens, navios e outros meios de transporte levaram o pardal de um lado a outro fazendo com que seja a ave com maior distribuição geográfica no mundo.

Até então ninguém se preocupava com os riscos de levar uma espécie para outros cantos.

O pardal corresponde a uma espécie Bio invasora, acarretando alguns impactos ecológicos, como a competição com espécies nativas, afugentando e ocupando ninho destas aves. Tal maneira de agir implica na expulsão de grupos de aves locais em troca de ninhos de pardais.

Alem de afugentar aves nativas, o pardal também ocupa seus respectivos nichos, havendo assim uma competição direta entre espécie nativa e invasora.

Pardais acasalando

Possuem preferência pelo ambiente habitado por seres humanos, cujo lhe favorece maior facilidade de encontrar alimento.

Falcões, corujas, gatos, cães, serpentes e outros, constituem alguns dos predadores conhecidos dos pardais.

São grandes inimigos dos agricultores, pois adoram alimentar-se de sementes.

Costumam andar em pulinhos e revirar o solo, grama e pequenas pedras em busca de comida.

São aves facilmente atraídas para comedouros. Apreciam pão, alpiste, linhaça, restos de alimento humano (especialmente arroz cozido), frutas, insetos, brotos...

Na época de reprodução dão preferência aos alimentos vivos como minhocas e insetos.

A reprodução da espécie é fácil. Preferem buracos em construções a árvores. Dificilmente um ninho de pardal será visto em uma árvore (mais um motivo para preferir locais com a presença humana).

Costumam construir ninhos em grupos, entre fevereiro e maio.
om
São monogâmicos.

Os machos encontram o local ideal para o ninho (geralmente um buraco em construção, telhado, buracos em árvores, semáforos) e em seguida mostra para a fêmea eriçando as penas. Caso ela goste do local ele começa a construir o ninho.

Canário e Pardal descansando em telha

Vegetação seca, papel, algodão, fios, penas e galhos ajudam a formar o ninho que é frouxo e em formato esférico com uma entrada mal acabada.

Freqüentemente ocupam ninhos já prontos feitos por outras aves até de outras espécies (em volta da minha casa observo muito disto acontecer com o ninho do João-de-Barro - Furnarius rufus).

Fêmea, macho e variações de ovos
Foto: www.apologo11.blogspot.com

Os ovos são colocado em qualquer época dentro do período reprodutivo.

São geralmente de 1 a 4 ovos manchados que levam entre 10 a 14 dias para os filhotes nascerem.

A fêmea não ajuda na construção do ninho, porém ambos revezam na choca e alimentação dos filhotes.

Enquanto pequenos, pai e mãe alimentam os filhotes regurgitando insetos e minhocas.

Com cerca de 10 dias os filhotes começam a consumir uma dieta vegetariana e saem do ninho, retornando as vezes para dormir.

Esta espécie é freqüentemente confundida com o Pardal Montês.

Pardal Montês
Foto: http://pt.wikipedia.org

Apesar do sucesso mundial, o pardal é uma ave frágil. Centenas morrem todo o ano de frio no inverno de diversos países. Sua abundância dá-se pela facilidade de reprodução e alimentação.

Fêmeas com frio no inverno brasileiro

Curiosamente, em algumas regiões frias da Europa, é comum que moradores coloquem manteiga para que os pássaros fortifiquem suas reservas de gordura e assim salvem-se do destino que muitos têm no inverno.




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