1 de dez. de 2009

Quatro bons filmes

Desta vez vou usar o blog como blog e não como um mero fator científico de desabafo.

Bom, aqui vai uma lista de quatro filmes que indico e que realmente fizeram alguma diferença em minha vida na frente de uma tela.

Falarei um pouco de cada um deles e porque merecem serem lembrados. Se fiz esta postagem é por que realmente alguma coisa de especial eles possuem. =D

Vou começar pelo primeiro que assisti:

Fantasia


Dono da famosa cena do Mickey vestido de mago estampada nos selos de autencidade da Disney, este desenho animado foi produzido em 1940 e mata a pau qualquer "obra prima animada em computador" ou qualquer outra produçãozinha em 3D. Seja o que for, de maneira alguma parece ser feito em 1940!

Desenho perfeito para quem não está afim de pensar, apenas ouvir uma boa música acompanhada de belas imagens! Não há o que descrever. O assisti ainda na minha infância e recordo dele até hoje em cada detalhe.

Causou extrema polêmica ao ter uma cena de racismo excluída de uma seqüência, mas isto não vem ao caso. Nada desmonta a beleza da obra.

Não é um longa qualquer, não há diálogos e sim um conjunto de clipes com músicas clássicas de grande fama.

A Orquestra da Philadelphia regida por Leopold Stokowski deu um verdadeiro show invisível apenas "dando vida" a flores fazendo grandes balés complexos, faunos tocando flauta, peixes em meio a evolução, avestruzes com sapatilhas e todo o tipo de outras coisas que pareceriam sem nexo algum escrevendo, mas com muito sentido assistidas.

As músicas apresentadas nesta obra prima são:
- Toccata and Fugue in D Minor (Tocata e Fuga em Ré Menor) - Johann Sebastian Bach
- Nutcracker Suite (Quebra-Nozes) - Tchaikovsky
- The Sorcerer's Apprentice (O Aprendiz de Feiticeiro) - Paul Dukas
- The Rite of Spring (Sagração da Primavera) - Igor Stravinsky
- The Pastoral Symphony (Sinfonia Pastoral) - Beethoven
- Dance of the Hours (Dança das Horas) - Amilcare Ponchielli
- A Night on Bald Mountain (Uma Noite no Monte Calvo) - Modest Mussorgsky
- Ave Maria - Franz Schubert
julianasphynx.blogspot.com
Fantasia teve uma sequência chamada Fantasia 2000. Nesta, utilizou-se computação gráfica e todo um grande blá blá blá para terminar em algo "sem sal". Não dá para superar e nem tentar fazer seqüência deste super e criativo clássico.

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Microcosmos: Le peuple de l'herbe


Outra "velharia" agora mais recente é o filme francês Microcosmos: Le peuple de l'herbe.

Lembro como se fosse ontem o dia em que assisti a este belo documentário no cinema. Fui com meu irmão e chegamos quase em cima da hora. Para mim que sou apaixonada por pequenos seres foi completamente indescritível a tela de um cinema apresentando tantas imagens em macro.

Lançado em 1996 e traduzido para o Brasil como "Microcosmos: o povo da erva". O documentário produzido pelo casal de biólogos Claude Nuridsany e Marie Pérennou é inteiramente fora do comum no quesito "informações". Há uma frase inicial e mais nada. É tão bem montado que acaba sendo autoexplicativo.

Mesmo que tenha nojo, fobia ou qualquer coisa semelhante a pequenos animais vale a pena assistir. Somente assistindo para entender a beleza do mesmo.

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Sen to Chihiro no Kamikakushi


Sou obrigada a citar um longa oriental, por mais que não simpatize com animes, mangás, otakus e por ai vai... Este longa me abriu um pouco a mente.

Traduzido para o Brasil como "A viagem de Chihiro", esta animação de 2001 trouxe para mim tudo que não via em desenhos japoneses: cultura sem porrada e animação realmente bem feita.

A história é simples e inocente, mas traz todo um imenso fundo cultural e de extremo detalhismo. De festas a costumes, tudo é mostrado sem exageros e sem "jogar pela goela abaixo". Você simplesmente se delicia com a visão nipônica do mundo sem nem precisar compreende-la com antecedência: a animação faz com que você entenda como um deles ou te apresenta um mundo novo.

A cultura jorra de maneira harmoniosa e encanta qualquer pessoa. O que vi ali foi um mundo novo, sem qualquer motivo para ser o mais forte guerreiro não sei o que, sem congelar imagens para poupar dinheiro e muito menos com falta de cenários. Na verdade, os cenários e as diferenças culturais estão entre o s fatores que mais chamaram atenção.

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El laberinto del fauno


Um filme de suspense muito recente, mas feito como antigamente: faz enorme sentido quando chega perto do fim.

Assisti no cinema quando foi lançado aqui no Brasil em 2006. Não tirei os olhos da imensa tela ao perceber o contraste ali de mãos dadas: a violência de uma guerra e a inocência de uma criança.

Traduzido para o Brasil como "O Labirinto do Fauno", o filme traz a realidade da guerra civil espanhola e a fantasia da sonhadora menina Ofélia, do qual é a única a ver um fauno de verdade.

Cenas de forte violência e tortura intercaladas com cenas de fantasia infantil e fadas coloridas... O filme passa de um extremo ao outro, não sendo muito recomendado a "frescurites agudas".

Além de outras criaturas estranhas, o fauno representado aqui não se parece com os faunos representados comumente (como aparece também no desenho Fantasia), trata-se de um misto de bode (fauno normal) com árvore, sem muita semelhança humana (o que eleva a fantasia proposta).

Dirigido pelo mesmo diretor de El Espinazo del Diablo, com certeza esta é a melhor obra vida de Guilhermo del Toro.

Se eu falar demais vou acabar estragando. O negócio é assistir também.

Ficam ai quatro sugestões. Não preciso dizer que nenhum deles deve ser visto dublado não é?

Agora penso aqui sozinha... Criaturas bizarras habitam todos os filmes que eu gosto? O.o 

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tenho de 70 a 100 visitantes por dia e quase nenhum comentário nas postagens, apenas no meu e-mail. 

Acabei achando a sessão inútil de manter. Contato: JulianaOdeiaCafe@gmail.com