4 de abr. de 2010

Caramujo Gigante Africano

Reino: Animalia
Filo: Mollusca
Classe: Gastropoda
Ordem: Stylommatophora
Família: Achatinidae
Subfamília: Achatininae
Género: Achatina
Espécie: Achatina fulica

Origem: Leste e Nordeste da África

Foto: http://superlative1.wordpress.com

Introduzido ilegalmente no Brasil, o Caramujo Africano virou uma praga devoradora de plantações e disseminadora de doenças.

Foi introduzido no Brasil por volta do anos 80 na tentativa de ser comercializado de forma mais barata e alternativa ao Escargot (Helix aspersa).

Após o fracasso da tentativa de comercialização desta espécie para fins gastronômicos, muitos de seus criadores soltaram os animais na natureza sem o menor cuidado com as conseqüências.

Nativo da África, está distribuído em muitas regiões do mundo por causa desta “bobeira” e hoje representa uma das mais conhecidas pragas.

No Brasil, os caramujos estão distribuídos por quase todo o território.

É a espécie exótica que mais causa problemas para a agricultura brasileira e também é considerada uma das 100 piores espécies invasoras de todo o mundo.



Parando um pouco de falar mal do animal...

Desenvolvem-se muito bem em climas quentes e úmidos. Sobrevive em florestas, caatingas, brejos, terrenos baldios, quintais, jardins e outras áreas de vegetação como plantações de frutas e hortas.

É conhecido por diversos nomes. No Brasil é comum ser chamado de Caramujo Africano Gigante, ou mesmo do seu primeiro nome científico: Achatina.

No entranto, também é conhecido por Caracol-Africano, Caracol-Gigante, Caramujo-Gigante e Rainha da África.

Erroneamente suas conchas são comercializadas com os nomes: Caracol-Chinês, Caramujo-Chines e Gigante Chinês, mas sabe-se que a espécie é africana.

Podem atingir até 20 centímetros de concha e pesar 50 gramas.

Por causa de condições climáticas, as espécies no sudoeste brasileiro são menores e mais leves. Em média possuem 10 centímetros de concha e pesam somente 100 gramas.

Os indivíduos jovens e adultos são iguais, variando somente o tamanho.

Resistem a variações altas de temperatura.

Foto: http://szabakareptiles.extra.hu

Passam o dia escondidos e saem para reproduzir e alimentar-se a noite. Após as chuvas (tanto faz ser dia ou noite), costumam aparecer em maior escala.

Nos períodos mais secos do ano, costuma recolher-se nas conchas e enterram-se. Para proteger-se melhor do frio produzem uma película na entrada da concha que a fecha completamente.

Alimenta-se de folhas, flores e frutos. Também pode ser canibal, devorando ovos e outros caramujos para sobreviver em ambientes de pouco cálcio.

Seu apetite é voraz e o número de indivíduos numa região pode ser alto, pois reproduz com facilidade. Por causa disto, tornou-se uma praga agrícola.

Conseguem atacar e destruir plantações inteiras, especialmente de mandioca, feijão, batata-doce, amendoim, mamão, tomate, abóbora e outras verduras e frutas.

Foto: baixaki.com.br

Alimenta-se de aproximadamente 500 espécies de plantas diferentes, diminuindo a oferta de alimento para as espécies nativas. Acredita-se que esteja causando o desaparecimento do caramujo brasileiro Aruá-do-Mato (Megalobolimus spp).

Como já citei, reproduz-se com muita facilidade. Atinge a maturidade sexual por volta dos 5 meses de vida.

Ambos os indivíduos são fecundados, já que são hermafroditas. Este tipo de reprodução perpetua de maneira maior e mais rápida a espécie.

Podem realizar uma média de cinco posturas por ano de 50 a 400 ovos por postura.

Os ovos são pequenos de coloração branco amarelada e possuem o tamanho de uma semente de mamão.

foto: www.pmf.sc.gov.br

O período de encubação é rápido: cerca de 1 a 15 dias.
com
Este caramujo é responsável por disseminar dois parasitas para o homem, são eles os vermes Angiostrongylus cantonensis e Angiostrongylus costaricensis.

O verme Angiostrongylus costaricensis é causador de uma doença conhecida como Angiostrongilíase Abdominal, já comum no Brasil e que pode resultar em óbito.

Foto: http://www.scielo.br

Por causa dessas doenças, diversas campanhas de combate ao caramujo foram criadas.

Para combater a espécie é preciso primeiro ter certeza de que se trata de um caramujo Achatina fulica. Em seguida elimina-los a mão.

O combate com produtos químicos não é recomendado, pois contamina o solo e água.

Com luvas descartáveis, deve-se colocar os caramujos em um saco plástico e esmaga-los pisando em cima, em seguida coloca-los em um buraco de pelo menos 80 centímetros longe de valas, cisternas e lençóis freáticos.



Os animais devem ser enterrados neste buraco sem jogar sal, pois este também contamina o solo. Deve-se jogar cal virgem nos caramujos mortos e fechar o buraco.

O caramujos mortos não devem ser jogados no lixo, pois assim você estará ajudando a disseminar as doenças transmitidas pelo mesmo.

Por fim, deve-se destruir seus ovos com uma vassoura de grama (aquelas com cerdas de metal) e observar o local onde os animais foram capturados por pelo menos três meses para não haver reinfestações.




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