26 de jun. de 2024

Juntos pela igualdade

 
















19 de jun. de 2024

Leões


    Gostei dessa imagem:

https://br.123rf.com/photo_24155979_le%C3%A3o-com-leoa-rugindo-ao-lado-do-outro-panthera-leo-isolado-no-branco.html

    Mas será que prestou? 


    Consegui disfarçar um baita acidente com tinta ai! Acho que preciso fazer as cores mais fortes e com mais camadas na próxima vez. Ainda estou aprendendo na tentativa e essa foi minha terceira vez.

15 de jun. de 2024

Acabou!

    Agora um monte de gente tem meus desenhos de animais. 
    Por que? 
    Porque gosto dessas pessoas. 

    E esse título? 
    Porque uma dessas pessoas fez uma baita babaquice ontem e agora então acabou!

    Vou botar preço no meu trabalho e volto a desenhar só no semestre que vem.


    É só tentar se aproximar que TOMA NA CARA! Não vou mais...

13 de jun. de 2024

Efeito da poluição em peixes

    Com o crescimento da população humana, defasagem em conscientização e falta de uma solução concreta e segura para o descarte de dejetos, as águas estão cada vez mais em alerta sobre a condição de saúde de seus mais lembrados moradores: os peixes. Ambientes degradados são cada vez mais comuns no meio aquático e "a vida é afetada sempre que o meio ambiente é submetido a impactos que excedem determinados limites" (CUNHA, 2024). O artigo Efeitos da poluição em peixes de Luiz Paulo Rodrigues Cunha faz um breve relato sobre estudos de alguns dos mais notáveis casos dessa “pandemia da sujeira”.

    Diversas são as enfermidades causadas pela poluição nos peixes e nem sempre podem ser observadas à primeira vista, pois nem todo o estrago é externo. Estresse, por exemplo, é uma das consequências que não pode ser tão facilmente observada. Seu principal efeito é a queda de imunidade resultando em diversas patologias. Esses animais apresentam perda de força física que os incapacita de fugir de predadores, “diminuição na capacidade de resistência às enfermidades, [...] aumento das disfunções fisiológicas ou anomalias, [...] efeitos sobre o crescimento e a reprodução, e, em casos extremos, [...] morte do animal" (CUNHA, 2024). Cunha (2024) ainda acrescenta que a produção de anticorpos é maior em animais que são retirados de ambientes poluídos do que os que continuam nos mesmos. Como consequência de toda a “fraqueza” de um peixe que vive em ambiente degradado, sua susceptibilidade aos parasitas e agentes microbianos aumenta.

meusanimais.com.br

    Além de todas as enfermidades já citadas, existem muitas outras consequências não infecciosas, como: problemas estruturais, defeitos fisiológicos ou condições genéticas anormais variadas. Organoclorados e metais tóxicos são apontados como algumas das razões para que morfologicamente os ossos dos peixes sejam os mais afetados seguidos de neoplasias.Tanto peixes dulcícolas como marinhos sofrem com compostos químicos liberados nas águas, os ovos desses animais são especialmente sensíveis na fase de meiose e início da clivagem, fazendo assim o surgimento de animais com anomalias diversas. As anomalias ósseas destacam-se entre os problemas, sendo ou não de origem genética ou embrionária, “incluem flexões e compressões da coluna vertebral, fusões de vértebras, mandíbulas mal formadas, opérculo reduzido e [...] assimetria craniana” (CUNHA, 2024). Outras anormalidades incluem perda ou defeito nas nadadeiras, alterações nos padrões das escamas e pigmentações estranhas. Diversos peixes apresentam nadadeiras corroídas conhecidas como "nadadeiras apodrecidas" pelo contato com sedimentos contaminados. Esses animais produzem menos muco protetor que os peixes em geral. Animais afetados por tumores e demais adversidades servem para indicar níveis de carcinogênese em algumas águas e "alertar" o risco ao ser humano. 

Apodrecimento de barbatanas
www.zooplus.pt

    Cunha (2024) afirma que a maior parte dos peixes consumidos no mercado são de áreas costeiras e é justamente a parte mais contaminada das águas e que assim possui mais peixes afetados. Esse aspecto aumenta o preço final para o consumidor, pois haverá maior mão de obra ao selecionar os peixes que podem ser consumidos, cortar as partes com problemas e, pela diminuição dos espécimes, dificuldade em bater metas pesqueiras.

criapeixe.blogspot.com

    Atualmente se conhece menos de 2% sobre as enfermidades causadas por poluentes em todas as espécies de peixes, ficando as pesquisas muito focadas em entender as consequências apenas nas espécies comerciais. Outra dificuldade que se enfrenta é a coleta de peixes enfermos para a análises, visto que os mesmos tendem a morrer rapidamente e assim não são encontrados. Isso dificulta para os estudiosos juntar provas de que a poluição é realmente o causador de tais fatalidades já citadas, deixando tudo como fatores circunstanciais.


Artigo - sem adendo: 
CUNHA, Luiz Paulo Rodrigues. Efeitos da poluição em peixes. 2024. Universidade do Rio Grande - Departamento de Oceanografia. Disponível aqui. Acesso em: 05 mar. 2024.

6 de jun. de 2024

Raiva em humanos e morcegos. Influenza em gansos e humanos

As vacinas são ferramentas essenciais na prevenção de doenças infecciosas tanto em humanos quanto em animais. Com o avanço da medicina e da tecnologia, diversas vacinas têm sido desenvolvidas para proteger em maior espectro o público alvo. Em termos de finalidades, as vacinas têm como objetivo principal prevenir doenças infecciosas. Elas estimulam o sistema imunológico a reconhecer e combater agentes infecciosos específicos, como vírus e bactérias, com o intuito de prevenir a infecção ou reduzir sua gravidade. Elas contribuem para a saúde pública ao controlar surtos de doenças, proteger comunidades vulneráveis e prevenir complicações graves ou fatais associadas a certas infecções.

Neste artigo, será abordada a história das vacinas, os tipos existentes e um foco especial para as vacinas multiespécies, destacando duas em particular: raiva e influenza.


SURGIMENTO DA VACINA


A história das vacinas remonta a mais de dois séculos, quando Edward Jenner desenvolveu a primeira vacina contra a varíola em 1796. Desde então, vacinas têm sido criadas para combater uma ampla gama de doenças infecciosas, salvando milhões de vidas em todo o mundo (SOUZA; ALIAGA, 2021).

Edward observou que as pessoas que haviam sido infectadas com uma doença semelhante à varíola bovina não contraíam a varíola humana. Assim, em 1796, ele realizou experimentos inoculando o material da varíola bovina em um menino, que posteriormente mostrou imunidade à varíola humana (SOUZA; ALIAGA, 2021).

Esse marco foi fundamental para o desenvolvimento das vacinas como conhecemos hoje. Ao longo dos séculos XIX e XX, foram criadas vacinas para diversas doenças, como raiva, tétano, difteria, poliomielite, sarampo, entre outras. Com o avanço da ciência e da tecnologia, as vacinas foram se aprimorando, tornando-se mais eficazes e seguras.

Atualmente, as vacinas são uma das principais ferramentas de prevenção de doenças e desempenham um papel fundamental na saúde pública, contribuindo para a erradicação e controle de muitas enfermidades. A pesquisa e o desenvolvimento de novas vacinas continuam avançando, buscando proteger a população de novas ameaças à saúde (SOUZA; ALIAGA, 2021).

A evolução das vacinas ao longo do tempo é um processo contínuo e complexo que envolve a pesquisa científica, inovação tecnológica e aprimoramento das técnicas de produção. Com avanços na biologia molecular, imunologia e medicina, os cientistas têm desenvolvido novas formas de criar vacinas mais eficazes, seguras e específicas para diferentes doenças. Além disso, os esforços colaborativos entre governos, organizações de saúde, instituições acadêmicas e indústrias farmacêuticas têm contribuído para acelerar o desenvolvimento e distribuição de vacinas em todo o mundo. A implementação de programas de vacinação em larga escala também desempenha um papel fundamental na evolução das vacinas, ajudando a controlar e prevenir a propagação de doenças infecciosas. Em resumo, a evolução das vacinas é um processo que envolve múltiplos fatores e requer constantes inovações e adaptações para enfrentar os desafios da saúde pública e proteger a população contra doenças infecciosas.

A tecnologia de DNA recombinante, vacinas de RNA, conjugadas, uso de adjuvantes (substâncias adicionadas às vacinas para melhorar a resposta imune), além de técnicas de armazenamento e distribuição mais eficientes, são apenas alguns exemplos dos avanços recentes na evolução das vacinas. A pesquisa contínua e a colaboração entre cientistas, profissionais de saúde e governos continuam impulsionando o campo das vacinas para proteger melhor a população contra uma variedade de doenças infecciosas.


TIPOS DE VACINA


As vacinas têm características distintas que influenciam sua eficácia, segurança e aplicabilidade. Existem diferentes tipos de vacinas, sendo as mais conhecidas as atenuadas e inativadas. As vacinas atenuadas contêm o agente patogênico vivo, porém enfraquecido, estimulando uma forte resposta imunológica. Já as vacinas inativadas utilizam o agente patogênico morto ou inativado, garantindo segurança no uso (SOUZA; ALIAGA, 2021).

Cada tipo de vacina tem suas próprias vantagens e limitações, sendo selecionado com base nas características do patógeno-alvo, na população-alvo e nas considerações de segurança e eficácia. A diversidade de abordagens vacinais permite adaptar a estratégia de imunização às necessidades específicas de cada situação epidemiológica (SOUZA; ALIAGA, 2021).


VIVAS ATENUADAS

Compostas por microrganismos vivos enfraquecidos que estimulam uma resposta imune sem causar a doença completa (SOUZA; MAGALHÃES; CHAGAS, 2024). São feitas a partir de vírus ou bactérias vivas (SOUZA; MAGALHÃES; CHAGAS, 2024). Exemplos incluem a vacina contra sarampo, caxumba e rubéola (MMR) e a vacina contra febre amarela.

De acordo com Souza, Magalhães e Chagas (2024): "quando aplicada no corpo de um indivíduo, o vírus atenuado é capaz de se multiplicar no interior da célula do hospedeiro, induzindo a imunidade celular e humoral". Proporcionam uma imunização duradoura com uma única dose, mas podem representar um risco para indivíduos com sistemas imunológicos comprometidos, como imunodeprimidos e gestantes, além de provocar reações adversas tardias, a resposta de uma vacina pode interferir na outra e sofrem interferência da imunoglobulina (SOUZA; MAGALHÃES; CHAGAS, 2024).


 INATIVADAS

Também conhecidas como “mortas”, são feitas a partir de microrganismos mortos ou inativados que ainda podem desencadear uma resposta imune, mas não são capazes de se replicar, mas ainda capazes de estimular uma resposta imune. Exemplos incluem a vacina contra poliomielite inativada (IPV) e a vacina contra hepatite A. Podem ser feitas de polissacarídeos extraídos da cápsula de microrganismos invasivos e nesse caso não estimularam imunidade celular, timo-dependente, não protegem crianças com menos de dois anos de idade e a sua proteção é de curta duração (SOUZA; MAGALHÃES; CHAGAS, 2024). De acordo com Souza, Magalhães e Chagas (2024), “essas vacinas induzem pouca ou nenhuma memória imunológica; isto é, a imunidade, em geral, não aumenta com a repetição das doses".

Por apresentarem microrganismos mortos ou inativados, tornam-se mais seguras, mas normalmente exigem doses de reforço para manter a imunidade. São adequadas para pessoas com sistema imunológico enfraquecido.


 Subunidades

Chamadas também de “vacinas de frações”, contêm componentes específicos do microrganismo, como proteínas, toxinas ou carboidratos, para estimular a imunidade. São compostas por partes específicas do microrganismo capazes de desencadear uma resposta imune. Exemplos incluem a vacina contra o papilomavírus humano (HPV), coqueluche, tétano, difteria e meningite meningocócica e a vacina contra a gripe, além da maioria das vacinas do calendário infantil (SOUZA; MAGALHÃES; CHAGAS, 2024).

São seguras, mas por vezes menos imunogênicas, podendo necessitar de adjuvantes ou múltiplas doses.


Conjugadas

São combinações de antígenos (partes do microrganismo) ligados a uma proteína transportadora, capazes de aumentar a eficácia da resposta imune, especialmente em crianças pequenas. Um exemplo é a vacina contra Haemophilus influenzae tipo b (Hib), composta pelo antígeno pouco potente (polissacarídeos) + antígeno. Esse tipo de vacina é composto “pelo antígeno pouco potente (polissacarídeos) + antígeno potente (proteína), criando-se um complexo antigênico capaz de provocar respostas imunológicas timo-dependentes” (SOUZA; MAGALHÃES; CHAGAS, 2024). 


Polissacarídicas

São formadas por polissacarídeos extraídos da cápsula de microrganismos invasivos e não estimulam imunidade celular timo-dependente, sendo sua proteção de curta duração e, em geral, não aumenta com a repetição das doses (SOUZA; MAGALHÃES; CHAGAS, 2024). Exemplos dessa vacina são contra os meningococos A, C, W e Y (SOUZA; MAGALHÃES; CHAGAS, 2024).


COMBINADAS

As vacinas combinadas, também conhecidas como “polivalentes” ou “multivalentes”, são aquelas que contêm componentes de dois ou mais agentes infecciosos diferentes em uma única dose (SOUZA; MAGALHÃES; CHAGAS, 2024). A vantagem dessas vacinas é que ajudam a proteger contra múltiplas doenças causadas por diferentes agentes infecciosos, permitindo a administração de várias doses em um único processo de imunização (PFIZER, 2024).

Algumas vacinas combinadas podem fornecer um estímulo imunológico mais eficaz do que vacinas individuais separadas. No entanto, as vacinas combinadas também apresentam desafios, como a possibilidade de interações entre os componentes da vacina e a necessidade de garantir que a resposta imunológica a cada componente seja adequada. 

Um exemplo desse tipo de vacina é “a tetraviral, que protege do sarampo, caxumba, rubéola e varicela” (SBIM, 2017).


NOVAS TECNOLOGIAS

Além desses tipos clássicos, novas tecnologias e abordagens estão sendo desenvolvidas na área de vacinas. Algumas delas incluem:


Vacinas de DNA e RNA

São vacinas inativadas que estão em desenvolvimento e estudos. Apresentam maior estabilidade térmica em temperatura ambiente e fácil adaptação a novos patógenos e representam uma abordagem promissora para futuras vacinas (SOUZA; MAGALHÃES; CHAGAS, 2024). Fazem uso de material genético do microrganismo para estimular uma resposta imunológica. De acordo com Souza, Magalhães e Chagas (2024): “elas atuam introduzindo nas células do organismo a sequência de RNA mensageiro, que contém a receita para que essas células produzam uma proteína específica do vírus”. O resultado disso é que “uma vez que essa proteína seja processada dentro do corpo e exposta ao nosso sistema imunológico, este pode identificá-la como algo estranho, um antígeno, e criar imunidade contra ele” (SOUZA; MAGALHÃES; CHAGAS, 2024). Essas vacinas “são capazes de induzir resposta imune humoral e celular, sem a necessidade de microrganismos vivos” (SOUZA; MAGALHÃES; CHAGAS, 2024).


Vetor viral

Utilizam um vírus modificado como vetor para entregar genes do microrganismo-alvo e estimular a imunidade. Essa vacina se baseia na "capacidade dos vírus de entrar nas células e utilizar a maquinaria celular” (FIOCRUZ, 2022) enquanto “a tecnologia de vetor viral emprega uma versão modificada e segura de um vírus que atua como um “sistema de entrega de informação”” (FIOCRUZ, 2022).


Nanopartículas

Ainda em estudos, especialmente focados contra o câncer, esses tipos de vacinas "são capazes de desbloquear o potencial da imunoterapia do anticâncer, proporcionando aos pacientes tratamentos eficazes com efeitos colaterais mínimos" (USP, 2024). São uma inovação recente que tem mostrado grande potencial na área da imunização. Essas vacinas utilizam nanopartículas, que são estruturas extremamente pequenas, com tamanhos na escala de nanômetros, para entregar antígenos e promover uma resposta imune mais potente. As vacinas com nanopartículas representam uma abordagem promissora para o desenvolvimento de vacinas mais eficazes, seguras e personalizadas. O campo está em constante evolução, com pesquisas contínuas visando explorar todo o potencial dessas tecnologias inovadoras.


Sintéticas

Desenvolvidas em laboratório, essas vacinas podem conter peptídeos sintéticos ou moléculas criadas artificialmente para estimular a resposta imune. São uma abordagem inovadora no campo da imunização, que difere das vacinas tradicionais que utilizam vírus ou bactérias enfraquecidos ou inativados (QUAKKELAAR; MELIEF, 2012). Projetadas para conter componentes artificiais ou sintéticos que imitam partes específicas de um patógeno, desencadeando uma resposta imune direcionada e eficaz (QUAKKELAAR; MELIEF, 2012). 


Embora ainda em desenvolvimento, essas vacinas têm o potencial de revolucionar a maneira como combatemos doenças infecciosas e protegemos as populações em todo o mundo.


VIAS DE ADMINISTRAÇÃO


 Diversas são as vias que podem ser utilizadas na vacinação. Cada uma delas influencia na absorção e ação do imunizante, assim como o meio em que ele foi feito. Mesmo que se use agulha e seringa sempre, até mesmo os ângulos das aplicações de vacinas injetáveis são diferentes, já que as mesmas devem atingir diferentes partes do corpo.


Vias de administração de injetáveis

Fonte: site da Secretaria Municipal de Saúde de Londrina, 2024


As mais populares vias de vacinação são a intramuscular, a oral e a subcutânea, porém existem outras aplicações. A escolha da via de administração de uma vacina pode depender de vários fatores, como a natureza do patógeno-alvo, a idade do paciente, a disponibilidade de recursos e a resposta imune desejada. Cada via de administração apresenta vantagens e limitações, sendo selecionada com base em considerações de eficácia, segurança, conveniência e praticidade.


ORAL

As soluções melhor absorvidas pelo trato gastrointestinal são geralmente administradas pela boca em forma de gotas (SANAR, 2019). Sempre lembrado pelo ícone da vacinação infantil no Brasil: Zé Gotinha.


Zé gotinha


Fonte: Site da Prefeitura Municipal de Ubatuba, 2024


Em animais essa vacinação pode ser feita em massa nos criadouros por meio da diluição de vacinas específicas na água, que são ingeridas quando houver sede. Quando em frangos, geralmente esse tipo de vacinação possui um corante para certificar quais animais foram vacinados (tingindo a língua e aparecendo no papo após o consumo). O método em massa acaba não sendo muito eficaz por não garantir que todos os animais consumam a mesma quantidade de vacina.


Frango com papo azulado devido ao corante azul adicionado na água com vacina

Fonte: site VET Profissional, 2024


INTRADÉRMICA

Abreviada como ID, essa via faz a inoculação da substância nas camadas superficiais da pele, sendo uma via de absorção lenta (SANAR, 2019). 


SUBCUTÂNEA

Aplicada nas camadas subcutâneas. De acordo com o site da Sanar (2020), ela serve: “para a administração de soluções que necessitam ser absorvidas mais lentamente, assegurando uma ação contínua. Essas soluções não devem ser irritantes, devendo ser de fácil absorção”. 

Pode ser aplicada com ou sem a prega subcutânea (aquela “puxadinha” da pele para cima). A prega subcutânea é uma pinça realizada com os dedos polegar e indicador que serve para evidenciar o subcutâneo, e assim evitar a aplicação no músculo. Essa técnica deve ser feita de acordo com o comprimento da agulha utilizada e quantidade de tecido subcutâneo no local da aplicação.


Instruções para aplicação da vacina subcutânea

Fonte: site da Universidade de São Paulo, 2024


Em humanos, as vacinas mais comuns que utilizam essa via são as “contra o Sarampo, Caxumba e Rubéola (Tríplice Viral)” (SANAR, 2019). Possui a abreviação SC.


INTRAMUSCULAR

Injetável dado mais profundamente no paciente, introduzindo a substância no tecido muscular. Utilizado para “soluções irritantes (aquosas ou oleosas) que necessitam ser absorvidas rapidamente e também quando é necessário obter efeitos mais imediatos” (SANAR, 2019).


INALATÓRIA

Muito utilizada na avicultura de corte e pouco conhecida pela maioria das pessoas. Essa vacina também pode ser conhecida popularmente como “vacina em spray”. Essa forma de vacinação acaba sendo absorvida também por via ocular, nasal e bucal. Deve ser aplicada por pulverização ou nebulização (TEIXEIRA, 2024)


OUTROS

Existem outros exemplos de vacinação menos conhecidos por serem muito mais espécie-específicas. Talvez os mais curiosos sejam o ocular, nasal e, o mais impressionante deles, in ovo.


Ocular

A vacinação ocular é um método de imunização utilizado em algumas espécies animais para prevenir doenças específicas. Esse método visa pingar gotas de imunizante diretamente nos olhos dos animais e como exemplo temos a vacinação de frangos matrizes para as doenças Newcastle, Gumboro e Bronquite (ZOTTO, 2024).


In ovo

Método bastante moderno e feito por uma máquina, a vacina in ovo garante pintinhos já imunizados em seu nascimento. É realizado 2 a 3 dias antes da eclosão dos ovos. De acordo com Fortuoso, D. Dilkin e Souza (2021): “o equipamento de vacinação é composto por um sistema de injeção com auxílio de duas agulhas, ou seja, uma externa perfura a casca do ovo e a segunda interna realiza a aplicação da vacina”. Após cada vacinação um sistema faz a higienização completa do material para continuar as aplicações sem contaminação cruzada.

Além da otimização de tempo e mão de obra, tem-se também a distribuição uniforme da vacina sem desperdícios, já que algumas dessas máquinas podem detectar ovos sem fetos e não os vacinar.


Vacinação in ovo mostrando a parte interna de um ovo com embrião.

Fonte: Embritech, 2024 


Os dois locais que podem ser vacinados por essa técnica são o líquido amniótico e o músculo do peito no lado direito (FORTUOSO; D.DILKIN; SOUZA, 2021).


Nasal

A vacinação nasal é outro método de imunização utilizado em diferentes espécies animais para prevenir doenças específicas. Embora menos comum do que a vacinação por via intramuscular ou subcutânea, a vacinação nasal pode ser uma opção eficaz em certos casos. Como exemplo, temos a vacina Riniffa T, que é indicada para rinite atrófica dos suínos (BASSO PANCOTTE, 2024).


VACINAS MULTIESPÉCIES


As vacinas multiespécies são aquelas que podem ser utilizadas tanto em humanos quanto em animais, proporcionando benefícios para a saúde de ambas as espécies. Embora essas vacinas sejam compartilhadas entre humanos e animais, é importante observar que existem diferenças nas formulações, dosagens, armazenamento e administração, devido às características específicas de cada espécie.

O site do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado da Bahia - CRMV-BA (2020) alerta que "as vacinas veterinárias indicadas para cães, aves e bois não devem, sob nenhuma hipótese, ser administradas em humanos". Não é recomendado administrar vacinas de uma espécie em outra espécie, mesmo que se trate de uma doença semelhante. Reações graves e efeitos colaterais podem ocorrer e até levar à morte (CRMV-BA, 2020). Isso ocorre porque as vacinas são desenvolvidas especificamente para a espécie em questão, e cada espécie possui um sistema imunológico diferente. Portanto, não é seguro nem eficaz administrar a vacina de animais em humanos ou vice-versa, já que os efeitos colaterais e a proteção imunológica podem ser diferentes ou até mesmo prejudiciais. Além disso, as vacinas têm uma composição específica e podem conter adjuvantes e outros componentes que podem ser perigosos quando administrados em uma espécie diferente para a qual a vacina foi desenvolvida. 


RAIVA

A raiva possui diversos reservatórios (animais que carregam a doença). De acordo com um artigo do Boletim Epidemiológico Paulista: “A Classe Mammalia  possui cerca de 4.650 espécies, sendo todos susceptíveis ao vírus da raiva, porém como reservatórios de importância em saúde pública, são mencionadas duas ordens: Carnivora e Chiroptera”. Ou seja: os carnívoros em geral e os morcegos. “No ciclo urbano, a principal fonte de infecção é o cão e o gato. No Brasil, o morcego é o principal responsável pela manutenção da cadeia silvestre. Outros reservatórios silvestres são: raposa, coiote, chacal, gato do mato, jaritataca, guaxinim, mangusto e macacos” (Ministério da saúde).


Legislação

Na minha cidade natal, Florianópolis, existe uma lei sobre a vacinação de animais contra a raiva (Lei Complementar número 94, de 18 de dezembro de 2001). O site do município apresenta no artigo 18 que: “todo proprietário de animal é obrigado a vacinar seu cão ou gato contra a raiva e leptospirose, observando o período de imunidade, de acordo com a vacina utilizada”. A mesma lei foi aprovada pelo município de Palhoça no ano de 2009. De acordo com a Lei Municipal 13.131, cães e gatos de São Paulo devem tomar vacina antirrábica todos os anos. Não existe uma lei de abrangência nacional de obrigatoriedade da vacinação contra a raiva, mas diversos municípios adotaram suas próprias leis como medida de prevenção.

Os animais colocados como prioridade nas vacinações são cães e gatos (por haver maior convivência dos mesmos com humanos). O site Destak Pet afirma que as vacinações para esses animais são diferentes: “para cães as vacinas "V8" ou "V10" são fundamentais, já para os gatos, as "V3" ou "V4" são muito importantes. A escolha da mais adequada deverá ser feita pelo médico veterinário de sua confiança.”

O cenário no Brasil já foi mais agradável na prevenção dessa doença. O Ministério da Saúde coloca que: “no período de 2012 a 2016, as coberturas vacinais de cães sofreram variações na quase totalidade dos municípios do país, sendo que em alguns anos, estiveram abaixo dos 80% da população canina estimada vacinada” e completa com “os estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul desde 1995 não realizam campanhas massivas de vacinação canina e felina anual”.

De acordo com o site do Ministério da Saúde: “a raiva é de extrema importância para a saúde pública, devido à sua letalidade de aproximadamente 100%, por ser uma doença passível de eliminação no seu ciclo urbano (transmitido por cão e gato) e pela existência de medidas eficientes de prevenção, como a vacinação humana e animal”. Resta apenas esperar pela volta das campanhas de vacinação dos animais domésticos, focando também em uma conscientização da população sobre a vacinação humana, de animais de fazenda e de animais reservatórios do problema em geral.


Morcegos e Raiva

Os morcegos são conhecidos por frequentarem tanto o meio urbano quanto o rural e serem grandes suspeitos em se tratando da doença Raiva. O site do Ministério da Saúde aponta que: “Não se sabe ao certo qual o período de transmissibilidade do vírus em animais silvestres. Entretanto, sabe-se que os quirópteros (morcegos) podem albergar o vírus por longo período, sem sintomatologia aparente”. Ou seja, um morcego, mesmo com aparência saudável, pode ser um reservatório de vírus. A revista Scientific American ressalta que “morcegos provocam metade dos casos de raiva” no Estado de São Paulo.

A forma mais comum de contágio é expor seu sangue à saliva do animal contaminado (sendo por mordidas e lambidas) ou mesmo por arranhões. Maria Helena Varella Bruna coloca a importante informação sobre a disseminação dessa doença: “embora o vírus esteja presente na urina, fezes e sangue dos animais infectados, não costuma oferecer risco maior de transmissão, porque não consegue sobreviver por muito tempo fora do organismo do hospedeiro”. E acrescenta que: “Exceção feita aos mamíferos, não há notícia de que outra classe de animais possa transmitir o vírus da raiva. Na maior parte dos casos, cães e morcegos são os animais que mais transmitem a doença pela saliva carregada de vírus”. E que há “casos de transmissão por via respiratória, quando uma pessoa não vacinada inala o ar carregado de vírus em cavernas infestadas de morcegos, por exemplo”. Ainda sobre morcegos e transmissão, a autora coloca que existe a possibilidade da raiva ser transmitida entre humanos para outros humanos: “entretanto, embora bastante raros, há casos de transmissão inter-humana pelo transplante de tecidos ou de órgãos infectados (especialmente pelo transplante de córnea)”. Isso oferece uma segunda situação de risco: a escassez de exames antes de transplantes médicos.


Figura 6 - Ciclo da raiva entre humanos e animais

Fonte: MedicinaNET, 2007


Os morcegos são responsáveis por transmitir raiva para muitos animais domésticos e de fazendas, atacando gado de corte e leite. O site BeefPoit aponta que “para o controle da raiva dos herbívoros é necessária a adoção, de forma sistemática e contínua, de duas medidas: a vacinação do rebanho e o controle da população de morcegos hematófagos (Desmodus rotundus)” e o site da empresa Ambiental Clean acrescenta que, apesar da grande má fama que atinge esse mamífero voador, “só uma pequena porcentagem de morcegos estejam infectados com raiva”.

A forma mais comum de contaminação pelo vírus da raiva ocorre “através do contato com a saliva de animais doentes, através de mordeduras, arranhões ou lambeduras em pele lesada ou mucosa” (Ambiental Clean) e “embora todas as espécies de morcegos possam atuar como transmissores do vírus da raiva, o morcego hematófago é considerado um dos principais responsáveis pela transmissão da doença, podendo infectar não só bovinos e equinos, como também outras espécies de morcegos”. Dessa forma temos uma cadeia, onde “todos os animais infectados com a raiva, inclusive o próprio morcego, podem transmitir (...) para o homem através de suas fezes e no local onde vivem, como cavernas e forros (Ambiental Clean).

Apesar do morcego hematófago ser o principal transmissor entre esses animais, os morcegos frutíferos não estão totalmente descartados. A Revista de Saúde Pública fez um artigo onde destaca que “quatro casos positivos para a raiva foram diagnosticados em morcegos de três espécies de molossídeos (um Molossus molossus, um Nyctinomops laticaudatus e dois N. macrotis)” no Estado de São Paulo, sendo o segundo citado (Molossus molossus) uma espécie muito comum em Santa Catarina no interior de casas antigas, beiradas de telhados e frequentador noturno de bebedouros para beija-flores. De acordo com Gustavo Laredo, do site do programa Globo Rural, todas as espécies podem transmitir o vírus pela mordida, já que “todos os morcegos podem carregar o vírus da raiva, mas para que ocorra a transmissão é necessário o contato da saliva com o sangue. Por isso os vampiros, que mordem os animais, são os melhores transmissores”. Valendo ressaltar que “qualquer mamífero pode transmitir a doença: gato, vaca, cavalo, coelho, morcego(...). A transmissão ocorre, principalmente, por causa das mordidas dos animais, mas podem acontecer em caso de arranhões ou até lambidas”. (G1).


Fonte: Líder 95,3 FM, 2020


Sobre a transmissão da raiva de humanos para humanos, Maria Helena Varella aponta em seu site que: “é considerada remota a possibilidade de que o vírus da raiva possa ser transmitido por via sexual, da mãe para o feto durante a gestação”. A autora acrescenta que após a vacinação, “pessoas que pertencem a grupos de risco e, portanto, mais vulneráveis à infecção, devem tomar a vacina contra raiva e acompanhar a resposta do sistema imunológico para saber se a produção de anticorpos atingiu os níveis adequados. Conforme o caso, doses de reforço devem ser repetidas a cada dois anos”.


Fonte: Governo do Ceará, 2020


Vacinação de morcegos

Os morcegos são portadores da doença de forma assintomática e, por isso, acabam recebendo uma atenção maior em relação à prevenção de contaminação para outras espécies. Especialistas têm reconhecido há décadas que a raiva é totalmente erradicável de todas as espécies, exceto morcegos, pois ninguém ainda desenvolveu uma vacina em aerossol que poderia ser pulverizada em cavernas e árvores inacessíveis (ADEDEJI; OKONKO; EYAREFE; ADEDEJI4; BABALOLA; OJEZELE; NWANZE; AMUSAN, 2010).

A raiva transmitida por morcegos vampiros é um fardo contínuo para os setores de saúde pública e agrícola na América Latina. Apesar dos esforços de décadas para controlar a doença através do abate de populações de morcegos, foi demonstrado que o abate dispersa os animais, levando a um aumento da propagação da raiva. Assim, são desejadas estratégias não letais para controlar a doença, como a vacinação (CÁRDENAS-CANALES; VELASCO-VILLA; ELLISON; OSORIO; ROCKE, 2022).

 

Fonte: CIDASC, 2020


Foi desenvolvida uma vacina recombinante para morcegos da espécie Desmodus rotundus capturados no México e transportados para os Estados Unidos. De acordo com Cárdenas-Canales, Velasco-Villa, Ellison, Osorio e Rocke (2022):

“a vacinação demonstrou ser segura, mesmo em fêmeas prenhes, uma vez que não foram observadas evidências de lesões ou efeitos adversos [...] detectamos anticorpos neutralizantes da raiva em 28% dos morcegos soronegativos pós-vacinação”

Desmodus rotundus é a espécie conhecida popularmente como morcego-vampiro. Ela está presente em uma grande área da América Latina, incluindo o Brasil, e costumam atacar rebanhos bovinos em busca de alimento: sangue. Esses animais apresentam

“hábito social, formando colônias que variam de vinte a mais de cinco mil indivíduos. A limpeza social e a autolimpeza são comportamentos comuns à espécie, sendo a primeira relacionada com a partilha de alimento e a segunda uma resposta à infestação por ectoparasitas” (SILVEIRA, F. F., 2024).

Esse hábito de lamber-se socialmente faz com que um animal contaminado vá contaminando outros e assim crie um efeito exponencial de contaminações dentro da colônia.


Desmodus rotundus

Fonte: SILVEIRA, 2024


A vacinação é feita por via oral direta ou indireta por veículo tópico. Uma vacina anterior havia sido testada em morcegos norte-americanos da espécie Eptesicus fuscus com a aplicação no tórax e dorso dos animais por meio de uma seringa sem agulha contendo uma dose única para permitir o consumo durante a limpeza social do grupo (CÁRDENAS-CANALES; VELASCO-VILLA; ELLISON; OSORIO; ROCKE, 2022). 


Eptesicus fuscus

Fonte: iNaturalist, 2024


A vacinação em morcegos-vampiros de maneira oral foi demonstrada como segura e capaz de estimular o desenvolvimento de resistência após a vacinação, exceto para os filhotes que não apresentaram nenhuma diferença significativa, sejam eles soropositivos ou soronegativos no início do estudo, vacinados ou não vacinados  (CÁRDENAS-CANALES; VELASCO-VILLA; ELLISON; OSORIO; ROCKE, 2022). De acordo com Cárdenas-Canales, Velasco-Villa, Ellison, Osorio e Rocke (2022), a parte mais importante do estudo é que: “descobrimos que a vacinação bloqueou a eliminação do agente transmissor da doença na saliva em morcegos que sucumbiram à doença”. Assim temos a esperança de um futuro com a raiva melhor controlada.


Vacinação humana contra a Raiva

No caso de humanos não vacinados, a raiva pode ser diagnosticada após o contágio, sendo necessário um tratamento de risco. O quadro “Saúde de A a Z” do portal do Ministério da Saúde aponta que: “a raiva é uma doença quase sempre fatal, para a qual a melhor medida de prevenção é a vacinação pré ou pós exposição”. Ainda no quadro Saúde de A a Z, a prevenção acaba sendo a melhor saída, pois a doença é letal e o tratamento após a doença se instalar é de “utilizar um protocolo de tratamento da raiva humana, baseado na indução de coma profundo, uso de antivirais e outros medicamentos específicos. Entretanto, é importante salientar que nem todos os pacientes de raiva, mesmo submetidos ao protocolo, sobrevivem”. 

De acordo com Maria Helena Varella: 

“Vacinas antirrábicas agem estimulando a produção de anticorpos em duas linhas: preventivamente, nas pessoas que pertencem a grupos de risco e nunca foram infectadas, ou então como recurso para deter a propagação do vírus rumo ao cérebro, quando há suspeita ou confirmação de que o contato com o vírus realmente existiu”. 

Ela também explica a diferença entre as duas vacinas atualmente disponíveis no mercado: 

“as produzidas em culturas de células diplóides humanas – consideradas mais seguras e eficazes, porque apresentam maior competência para fabricar anticorpos e menor incidência de reações adversas” e as “do tipo Fuenzalida-Palácio modificada, produzidas em tecido embrionário de camundongos recém-nascidos, inoculados com a cepa Pasteur de vírus fixo”. 

De acordo com Varella: tanto uma quanto a outra (vacinas) podem ser aplicadas em qualquer idade e não têm contraindicação, mesmo durante a gravidez ou no período de amamentação”. O site do Governo Federal também coloca a vacinação contra a raiva sem nenhuma contra-indicação, salientando que “vacina contra raiva é gratuita e encontra-se disponível em toda a rede do Sistema Único de Saúde (SUS)”. 


Fonte: Sanofi Conecta, 2020


Já a redação do site Minha Vida acrescenta que: “sempre que possível, recomenda-se a interrupção do tratamento com corticoides e/ou imunossupressores ao ser iniciado o esquema de vacinação. Não sendo possível, a pessoa deve ser tratada como imunodeprimida”. A bula da vacina aponta pessoas com alergia aos componentes como contraindicadas e também “se você apresentar febre ou doença aguda a vacinação deve ser adiada” (ANVISA).

Além da vacina, existe também o tratamento para quem não a tomou: soro antirrábico humano (SAR) e imunoglobulina humana antirrábica (IGHAR) são aplicados após a exposição ao risco de contágio.


Público alvo

O site do Ministério da Saúde cita os principais grupos de pessoas que precisam tomar a vacina de raiva humana: “médicos veterinários, biólogos, profissionais de laboratório de virologia e anatomopatologia para raiva, estudantes de Medicina Veterinária, zootecnia, biologia, agronomia, agrotécnica e áreas afins, pessoas que atuam na captura, contenção, manejo, coleta de amostras, vacinação, pesquisas, investigações ecopidemiológicas, identificação e classificação de mamíferos: e/ou animais silvestres de vida livre ou de cativeiro, inclusive funcionários de zoológicos, espeleólogos, guias de ecoturismo, pescadores e outros profissionais que trabalham em áreas de risco”. O Ministério da Saúde complementa que a vacinação preventiva: “simplifica a terapia pós-exposição, eliminando a necessidade de imunização passiva (soro ou imunoglobulina), e diminui o número de doses da vacina e desencadeia resposta imune secundária mais rápida quando iniciada a pós-exposição”. Além do público citado, o Ministério da Saúde faz a observação de que “pessoas com risco de exposição ocasional ao vírus, como turistas que viajam para áreas de raiva não controlada, devem ser avaliados individualmente, podendo receber a profilaxia pré-exposição dependendo do risco a que estarão expostos durante a viagem”.

A titulação deve ser repetida “a cada 6 meses” (Dive-SC). De acordo com o site Minha Vida, “são realizadas cinco doses, dadas no dia da exposição e depois no terceiro, sétimo, décimo quarto e vigésimo oitavo dias após a exposição. O controle sorológico (titulação de anticorpos) é exigência indispensável para a correta avaliação da pessoa vacinada”. A sorologia deve ser feita em laboratórios especializados que trabalhem especificamente com o exame de titulação de anticorpos neutralizantes para a raiva.


Fonte: CIDASC, 2020


A prevenção continua sendo a melhor maneira para evitar a disseminação de doenças. Nesse caso, a vacinação de animais acaba sendo indispensável, bem como a vacinação de pessoas consideradas casos de risco. Prevenir também abrange cuidados ao manusear animais silvestres e mesmo suspeitos de portarem a doença.


Informações técnicas sobre a vacina

Tanto para humanos quanto para animais, a vacina contra a raiva é produzida com o vírus inativado. A validade das vacinas pode variar, mas geralmente é de 1 a 3 anos (INSTITUTO BUTANTÃ, 2024). As vacinas contra a raiva devem ser armazenadas em condições adequadas de refrigeração para manter sua eficácia.

A posologia da vacina da raiva (inativada) em adultos e crianças é a mesma (0,5mL). Pode ser administrada por via intramuscular ou subcutânea, tanto em humanos quanto em animais e em ambos os casos, são recomendados reforços periódicos para garantir a imunidade contínua contra a doença (INSTITUTO BUTANTÃ, 2024).


INFLUENZA

A influenza, comumente conhecida como gripe, é uma infecção viral aguda que afeta principalmente o sistema respiratório. Existem diferentes tipos de vírus da influenza, classificados como A, B, C e D. Os vírus influenza A e B são os mais comuns em seres humanos e são responsáveis pela maioria dos surtos sazonais de gripe (TESINI, 2022). Ela é altamente contagiosa e pode se espalhar entre aves, suínos, cavalos e outros mamíferos (EMBRAPA, 2024). Algumas cepas do vírus da influenza podem infectar diferentes espécies, enquanto outras são específicas para certos animais.

As aves, especialmente as aves aquáticas, são consideradas reservatórios naturais do vírus influenza, sendo essenciais para a disseminação do vírus entre as diferentes espécies (EMBRAPA, 2024). Por exemplo, durante a pandemia de gripe H1N1 em 2009, houve casos de transmissão do vírus entre humanos, suínos e aves.

É importante monitorar e controlar a disseminação do vírus da influenza entre as espécies animais para evitar a emergência de novas cepas virais que possam representar riscos à saúde pública (TESINI, 2022). As vacinas contra a gripe são atualizadas anualmente para garantir proteção contra as cepas virais mais prevalentes e são uma das principais medidas de prevenção para reduzir o impacto da influenza na saúde da população (TESINI, 2022).

As aves domésticas, como galinhas, perus, patos e gansos, são algumas das principais espécies que podem receber vacinas contra a influenza aviária. A vacinação é uma medida importante para prevenir a propagação de cepas virais potencialmente perigosas entre as populações de aves e, consequentemente, reduzir o risco de transmissão para os seres humanos (EMBRAPA, 2024).

A vacinação de aves é particularmente relevante em áreas onde a gripe aviária é endêmica ou onde há surtos recorrentes do vírus. Os produtores avícolas e autoridades de saúde animal podem implementar programas de vacinação em aves comerciais para garantir a saúde e o bem-estar dos animais, bem como proteger a saúde pública (EMBRAPA, 2024). É importante ressaltar que a vacinação em aves deve ser realizada de acordo com as diretrizes e recomendações das autoridades veterinárias competentes, levando em consideração a epidemiologia da doença na região específica e a eficácia das vacinas disponíveis.


Legislação

A vacinação de gansos contra a influenza aviária não é obrigatória no Brasil, e, de acordo com o site do Ministério da Agricultura e Pecuária (2024), “É proibida a vacinação para influenza aviária em território nacional”. Em vez da vacinação, o controle da influenza aviária no país é realizado por meio de medidas de biossegurança, vigilância sanitária e programas de monitoramento e controle da doença em aves. Caso haja necessidade de intervenção em situações de surto de influenza aviária, o MAPA pode adotar planos de contingência específicos para enfrentar a disseminação do vírus. Em outros países pode ser recomendada a vacinação em determinadas situações, dependendo das condições de manejo e da presença de doenças na região. É uma medida preventiva importante, especialmente em áreas onde há um maior risco de exposição ao vírus, como regiões com histórico de surtos da doença.


Gansos e Influenza

Em 1959, na Escócia, houve a primeira identificação positiva de gripe aviária em gansos e nas próximas décadas o vírus evoluiu para as formas de GAAP (Gripe Aviária de Alta Patogenicidade) que passaram para H5 e H7 (AXE, 2024). Em 1999, o vírus passou para as pessoas pela primeira vez em Hong Kong e houve outro pequeno surto em humanos em 2003, onde os sintomas incluíam febre, tosse e, em pior quadro, insuficiência respiratória (AXE, 2024). Neumam (2023) cita que “os primeiros casos notificados em humanos na América Latina foram o de um homem de 56 anos no Chile e de uma criança de 9 anos no Equador” e ainda acrescenta que:

“um pai e uma filha de 11 anos foram infectados com a influenza [...] no Camboja – esta última, morta pela doença. Também foram detectados três infectados [...] na China, entre elas uma mulher de 56 anos que também morreu, e dois avicultores testaram positivo para a gripe aviária na Inglaterra [...] e estão assintomáticos” (NEUMAM, 2023)

O termo latinizado Anser spp. refere-se ao total de espécies do gênero Anser conhecidas. No Brasil os gansos mais comuns em criação são os da espécie Anser cygnoides (com as variedades ganso sinaleiro chinês branco, ganso sinaleiro chinês pardo e ganso africano) e Anser anser (com o ganso toulouse e sebastopol).


Variedades de Anser cygnoides: ganso sinaleiro chinês branco, ganso sinaleiro chinês pardo e ganso africano

Fontes: Autora, 2008. Mercado Livre, 2024. Autora, 2008.


Variedades de Anser anser: ganso toulouse e ganso sebastopol

Fontes: Autora, 2008. Pinterest,2024.


A influenza avícola, também conhecida como gripe aviária, é uma doença viral altamente contagiosa que afeta aves. A enfermidade é causada por diferentes tipos de vírus da influenza, sendo os subtipos H5 e H7 os mais comuns em aves. Os gansos são especialmente suscetíveis à influenza aviária, e a doença pode se espalhar rapidamente em populações de aves, resultando em grandes perdas econômicas para a indústria avícola. De acordo com o site da Embrapa (2024), os sintomas da influenza em gansos incluem “tosses, espirros, muco nas narinas e hemorragias nas partes desprovidas de penas e mucosas, além de ocorrer sinais clínicos nervosos, tais como o andar cambaleante”.

A prevenção da influenza em aves envolve medidas de biossegurança rigorosas, como a quarentena de animais recém-chegados, a restrição do acesso de pessoas não autorizadas às instalações e a desinfecção adequada de equipamentos e instalações (ZOTTO, 2024).


Vacinação de gansos

A vacinação é uma ferramenta importante na prevenção de doenças em aves, incluindo os gansos. Existem vacinas específicas desenvolvidas para proteger as aves contra diferentes tipos de doenças, como a influenza aviária, a salmonelose e outras infecções virais, bacterianas ou parasitárias. No caso da influenza aviária, existem vacinas disponíveis que visam proteger as aves contra os subtipos mais comuns do vírus da gripe aviária, como H5 e H7 e, que de acordo com o Ministério da Agricultura e Pecuária (2024), não podem ser utilizadas no Brasil, assim como para demais doenças exóticas.


Vacinação contra influenza humana

A vacina contra a gripe sazonal não protege contra a gripe aviária, mas como a vacina protege contra a gripe comum, reduz o risco de uma pessoa ser infectada com gripe sazonal e gripe aviária, ao mesmo tempo enfraquecendo ainda mais seu sistema imune (TERVEYDEN JA HYVINVOINNIN LAITOS, 2024). De acordo com o site Terveyden ja hyvinvoinnin laitos (2024): "a vacina contra a gripe reduz [...] doenças secundárias, como infecções de ouvido, bronquite e pneumonia".


Fonte: Prefeitura do Rio de Janeiro, 2024


Em 2023 o Instituto Butantan iniciou o processo de desenvolvimento de uma vacina contra a gripe aviária em humanos e que pretende ter um estoque de vacinas feitas com três cepas vacinais da influenza aviária: H5N1, H5N8 e H5N1, utilizando a mesma tecnologia usada na produção da vacina da influenza sazonal distribuída para o Sistema Único de Saúde (SUS) (NEUMAM, 2023). 


Público alvo da vacinação

O site da Secretaria da Saúde do Distrito Federal (2024) traz a informação que a vacina contra influenza comum humana é distribuída gratuitamente pelo SUS para todo o Brasil. Em 2024 a campanha de vacinação contra a gripe foi ampliada para todos os públicos e passou a disponibilizar vacinas para bebês acima dos 6 meses, crianças, adolescentes, adultos e idosos. Essa vacina, tanto para humanos quanto para alguns animais, é atualizada anualmente para se adequar às cepas virais mais recentes, havendo necessidade de se tomar a vacina todos os anos:

“pois conforme o tempo após a vacina passa, os anticorpos para os vírus vão diminuindo, sendo necessário reforçar, novamente, o sistema imunológico através da vacina. E há ainda os casos em que os vírus foram modificados de acordo com a maior incidência dos mesmos no ano anterior" (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E DOS TERRITÓRIOS, 2024).

O site do Governo informa que no Brasil, a campanha nacional de vacinação contra a gripe tem como público-alvo prioritário os seguintes grupos: crianças de 6 meses a menores de 6 anos, gestantes, puérperas (até 45 dias após o parto), trabalhadores da saúde, povos indígenas, idosos com 60 anos ou mais, professores, pessoas com doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais, adolescentes e jovens de 12 a 21 anos sob medidas socioeducativas, população privada de liberdade e funcionários do sistema prisional, policiais civis, militares, bombeiros e membros das Forças Armadas. Esses grupos são considerados prioritários devido ao maior risco de desenvolverem complicações graves caso contraiam o vírus da gripe. 


Fonte: Secretaria da Saúde do Governo do Estado do Ceará, 2020


Informações técnicas sobre a vacina

A vacina contra a gripe é recomendada anualmente para proteger tanto humanos quanto alguns animais. Ajuda a prevenir a disseminação do vírus influenza e suas complicações. De acordo com o site do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (2024):

“Existem as vacinas trivalente e a quadrivalente. No Brasil, temos na rede privada a quadrivalente, que possui dois subtipos do vírus Influenza - dois subtipos A, normalmente H1N1 e o vírus da gripe sazonal (H3N2) e dois subtipos B que dependem do vírus circulante no ano anterior. Já a vacina distribuída na rede pública é a vacina trivalente, que possui os dois tipos da Influenza A (H1N1 e o H3N2) e um vírus da Influenza B. A cepa adicional de Influenza B é o que a diferencia da quadrivalente, no entanto, como praticamente não existe a circulação dessa cepa no Brasil, não é obrigatória a vacinação nas clínicas privadas”.

A dosagem pode variar entre humanos e animais, bem como entre diferentes espécies animais. Para crianças recomenda-se 0,25 ml com intervalo mínimo de 3 semanas e para o público a partir de 3 anos 0,5 ml (VRANJAC, 2013).

No Brasil a vacina contra a influenza é aplicada por via intramuscular, sendo sua  validade geralmente de 6 a 12 meses (VRANJAC, 2013). De acordo com Vranjac (2013): “todas as doses do frasco poderão ser utilizadas em até 7 dias, desde que sejam garantidas as condições de assepsia e conservação” e sobre essa parte ele ainda acrescenta que “a vacina deve ser conservada na temperatura entre +2ºC a +8ºC [...] e não deve ser congelada” (VRANJAC, 2013). Todas as vacinas podem causar efeitos colaterais que passam rapidamente. A vacina contra a gripe pode causar vermelhidão, calor ou dor no local da injeção, também pode causar fadiga, náusea, dor de cabeça, dores musculares ou febre (PIHLAJALINNA, 2024). Em outros países, como a Finlândia, a vacinação pode ser tanto intramuscular como via spray nasal, destinada a crianças e adolescentes de 2 a 17 anos, sendo consequência após a vacinação o nariz entupido e escorrendo (TERVEYDEN JA HYVINVOINNIN LAITOS, 2024).


CONCLUSÃO


As vacinas multiespécies desempenham um papel fundamental na proteção da saúde pública, evitando a propagação de doenças infecciosas entre humanos e animais. O desenvolvimento contínuo de vacinas eficazes e seguras é essencial para a prevenção de surtos e epidemias.

A vacinação contra a raiva é fundamental, tanto para proteger os animais quanto os seres humanos. A raiva é uma doença viral grave que pode ser transmitida através da saliva de animais infectados, como cães, gatos e morcegos. Para prevenir a propagação da raiva, é essencial que os animais de estimação sejam vacinados regularmente. Além disso, em casos de mordidas ou arranhões de animais suspeitos de estarem infectados, é importante buscar imediatamente assistência médica e seguir o protocolo de vacinação pós-exposição. A vacinação contra a raiva é segura e eficaz, e desempenha um papel fundamental na proteção da saúde pública e no controle dessa doença potencialmente fatal.

A vacinação contra a influenza, ou gripe, é uma medida importante para prevenir a propagação da doença em humanos e animais. A gripe é uma infecção viral que pode causar sintomas como febre, dores no corpo, tosse e fadiga. A vacina contra a gripe é recomendada anualmente para proteger contra as cepas mais comuns do vírus. Além disso, a vacinação de animais, como cavalos e aves, também é essencial para prevenir surtos de gripe em populações animais e reduzir o risco de transmissão para os seres humanos. A vacina contra a influenza é segura e eficaz e desempenha um papel importante na proteção da saúde pública e na prevenção de epidemias sazonais de gripe. É fundamental seguir as orientações das autoridades de saúde e manter a vacinação em dia para garantir a proteção contra a gripe.

Quando se trata de vacinas destinadas a uma espécie específica é importante considerar que cada espécie tem um sistema imunológico único, que responde de maneira diferente aos diversos componentes presentes nas vacinas. Portanto, administrar uma vacina desenvolvida para uma espécie em outra pode acarretar vários riscos e complicações, tais como reações adversas aos ingredientes presentes, que podem desencadear reações adversas (de alergias até a morte), ineficácia (mesmo que uma vacina seja administrada em uma espécie diferente, ela pode não ser eficaz na proteção contra a doença-alvo daquela espécie), sobrecarga do sistema imunológico e outros diversos prejuízos à saúde.

Por esses motivos, é crucial respeitar as recomendações e orientações dos profissionais de saúde veterinária ou médica quanto à vacinação, a fim de garantir a segurança e eficácia do procedimento. 


REFERÊNCIAS


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