24 de jan. de 2023

Vamos falar do proibido?

  
 AVISO: ESTA POSTAGEM TRATA DE SUICÍDIO

    Já começo falando sobre esse aviso ai em cima.... Os Sofrimentos do Jovem Werther não pode ditar como tratamos do assunto suicídio. 

https://www.amazon.com.br/Os-Sofrimentos-do-Jovem-Werther-ebook/dp/B00A3D9WFI

    Este livro aborda: 
Um homem mergulhado em sentimentos e sensações contrárias à razão por cobiçar uma mulher casada e inacessível. Completamente egocêntrico, individualista e egoísta, Werther decide pôr fim ao seu sofrimento da pior – embora para ele, única – forma possível: tirando sua própria vida”.

    A história do livro cunhou o termo Efeito Werther que trata-se de: 
    
“um pico de emulações de suicídios depois de um suicídio amplamente divulgado. [...] Na ausência de fatores de proteção, o suicídio publicizado serve como um gatilho para o próximo suicídio por uma pessoa suscetível ou sugestionável. Isto é referenciado como suicídio por contágio. Eles ocasionalmente se espalham por uma escola, comunidade ou quando uma celebridade está envolvida, nacionalmente. Isto é chamado de suicídio em série ou suicídio em cluster. [...] Para tentar prevenir esse tipo de suicídio, é comum em alguns países a mídia desencorajar reportagens sobre suicídios, exceto em casos especiais” (Wikipédia, 2023).

    E por isso não se fala sobre o assunto. A questão é medo e assim ficamos sem saber como ajudar um suicida. Algumas pessoas até perguntam como podem ajudar, mas se eu soubesse a resposta já estaria me ajudando. Como posso me ajudar?
    "Uma pesquisa, publicada em 2019 no periódico JAMA Psychiatry, encontrou uma associação entre a série "13 Reasons Why" (que conta a história de uma estudante que tira a própria vida) e o aumento de casos entre adolescentes de 10 a 19 anos, nos Estados Unidos. Outro, publicado no periódico PLOS One em 2018, mostrou que houve um aumento de quase 10% dos casos após a morte do ator e comediante Robin WIlliams. Segundo os autores, as descobertas sugerem que as reportagens da mídia possivelmente induzem mudanças na ideação suicida e que há a hipótese de que os suicídios de celebridades podem influenciar os padrões populacionais de suicídio, dada a onipresença do conhecimento sobre o famoso e a identificação potencial com ela. Banalizar o suicídio e considerá-lo algo normal não é a abordagem correta, uma vez que isso pode ser interpretado como um ato natural e de livre arbítrio. Estimular que a pessoa reflita sobre suas angústias pode fazer com que ela encontre uma saída irreversível. Além disso, o assunto nunca deve ser enaltecido ou tratado como uma ação heroica" (Uol, 2022)
    Então como tratamos sobre o assunto?

    Eu não me encaixo no mundo, não sei porque as pessoas me desprezam, minha família me jogou fora por conta de uma mentira, tenho um azar insano com amizades e tudo isso vai me levando para qual caminho? Às vezes tento falar sobre o assunto mas no geral as pessoas o temem ou realmente falam porcaria. Não sei com quem contar, pois parece que ninguém é preparado para lidar com isso já que é um assunto tão proibido.

    Uma vez me abri para uma pessoa da minha família sobre isso e ela tirou sarro da minha cara, não acreditou e semanas mais tarde dizia que queria se matar rindo de mim. Eu perdi a paciência e disse para ela tentar direito. Mas teve coisa pior: lembro de um dia na faculdade que fui ao banheiro e depois fui encher minha garrafa com água, acabei demorando um pouco e quando entrei novamente na sala as pessoas estavam usando uma fitinha amarela. Alguns dias antes eu havia pego um folheto falando sobre a fitinha que era mês de conscientização de suicidio ou algo assim. Mas é conscientização sem ninguém falar sobre isso? Como??? Entrei em estado de choque. Uma das alunas me explicou que foram alguns alunos do curso de Psicologia na sala e entregaram essa fitinha. Não consegui ficar no ambiente vendo aquilo, pois semanas antes eu havia tentado tirar minha vida. Saí correndo da sala e algumas alunas foram atrás de mim. Sentei no chão sujo do banheiro e chorei desesperadamente. Nessas horas as coisas ficaram bem estranhas: primeiro porque eu vi que realmente umas três alunas queriam de verdade me ajudar e a quarta delas ficou falando da festa de aniversário de 21 anos que ia fazer final de semana e dizendo que eu estava convidada. Sério! Bem enquanto eu estava mal ali estavam três tentando ajudar e uma falando de baladas, drogas, pegação e da festa de aniversário…

    O dinheiro das fitinhas que alguns alunos compraram seria para alguma coisa relacionada a tratamento psicológico para pessoas que cogitaram ou tentaram suicidio. Onde está este tratamento? Onde é este lugar? Até hoje procuro um lugar para terapia de pessoa adulta com autismo e não encontro. O apoio psicológico público (e privado também!) é muito precário. Faz anos que estou andando sem encontrar o destino, parando em profissionais que não sabem como lidar com as situações, um empurrando para o outro, cobrando horrores por consulta e atendimento público inexistente para meu caso.
 
Essa eu peguei em um consultório psiquiátrico.

    As pessoas não estão preparadas para lidar com o assunto exatamente por ser proibido falar dele e assim acabam empurrando o suicida muitas vezes para o caminho errado.

    Me sinto perdida e não levada a sério. Cada vez posso contar com menos pessoas, sendo autista devo estar fazendo alguma coisa errada que as espanta e eu nem sei o que é, fora que escolho mal demais e acabo também optando por ficar longe de quem não me ajuda em nada. Eu já não lamento mais quando as pessoas me rejeitam, parece que nessa altura não faz mais diferença

    Digitando chorando, mas estou tentando terminar…

    E no fim onde eu quero chegar? Ninguém sabe como abordar o assunto porque é perigoso divulgar para ter uma abordagem mais conhecida. E agora?

    Escrevi, escrevi e não cheguei a lugar algum. 

    Quantos são os comediantes suicidas ou tratando depressão? Pessoas se escondendo atrás do humor para aliviar a dor. Eu sou engraçada? Sabemos mentir bem mesmo querendo ajuda, disfarçar bem e se camuflar perfeitamente: eu digito isso chorando ao mesmo tempo que converso sobre tintas no whatsapp e nada aparento estar mal... Por dentro grito: SOCORRO! 

    Essas plaquinhas poderiam estar em lugares públicos:

https://campusvirtual.fiocruz.br/portal/?q=palavra-chave-de-documentos/suic%C3%ADdio

https://igce.rc.unesp.br/#!/instituicao/vice-diretoria/setembro-amarelo/

https://casembrapa.com.br/public/noticias/272

Espero que a festa de aniversário tenha sido boa o suficiente.

18 de jan. de 2023

Les Trois Mousquetaires

         Romance de Alexandre Dumas "inicialmente publicado como folhetim no jornal Le Siècle de março a julho de 1844, foi posteriormente lançado como livro, ainda em 1844, pelas Edições Baudry, e reeditado em 1846 por J. B. Fellens e L. P. Dufour com ilustrações de Vivant Beaucé" (Wikipédia, 2023). Faz parte de uma trilogia baseada no período histórico dos reinados de Luís XIII e Luís XIV.. A sinopse do livro trata de: 

    "Este livro conta a história de um jovem de 20 anos, proveniente da Gasconha, D'Artagnan, que vai a Paris buscando se tornar membro do corpo de elite dos guardas do rei, os mosqueteiros do Rei. Chegando lá, após acontecimentos similares, ele conhece três mosqueteiros chamados "os inseparáveis": Athos, Porthos e Aramis. Juntos, os quatro enfrentaram grandes aventuras a serviço do rei da França, Luís XIII, e principalmente, da rainha, Ana de Áustria.

    Encontraram seus inimigos, o Cardeal Richelieu e os seus guardas, além de Milady, uma bela mulher à serviço de Richelieu. Essa lista também inclui os huguenotes e os ingleses, inimigos da Coroa francesa.

    Com seus numerosos combates e suas reviravoltas romanescas, Os Três Mosqueteiros é o exemplo típico do romance de capa-e-espada".


     Eu fico confusa em expressar o que achei do livro, pois até a primeira metade os "heróis" aqui são assassinos de policial que só brigam, arrumam mais brigas e matam muita gente a toa (sim, estou me referindo aos quatro protagonistas), mas ainda se veem no direito de julgar outros assassinos! Surram seus criados e até abandonam um baleado.  A aventura não é exclusiva de três mosqueteiros e um aprendiz, mas sim de oito homens já que eles sempre levam os empregados junto. Basatante machistas e D'Artagnan conhece uma mulher a três horas e ja diz a todos que a ama (sendo que ele já amava outra que tinha conhecido assim também). Não tem como levar a sério. Pistolas são armas e também são dinheiro nessa história, isso deixa uns trechos ambiguos e engraçados

    Quando Milady entra que as coisas começam a mudar de tom: temos um visível amadurecimento na escrita, nos personagens, nos objetivos e mesmo em prender o leitor.

    A história possui diversos personagens históricos, mas uma pesquisa mais tarde me deixou espantada por ver que os protagonistas também são reais: D'Artagnan é Charles de Batz de Castelmore d'Artagnan, Athos é Armand de Sillègue d'Athos d'Autevielle, Porthos é Isaac de Portau e Aramis é Henri d’Aramitz. 

Charles de Batz de Castelmore d'Artagnan, Armand de Sillègue d'Athos d'Autevielle, Isaac de Portau e Henri d’Aramitz.

    E depois de ver essas fotos fica aquela pergunta clássica: então os três mosqueteiros eram quatro? Não! Eram 3 mosqueteiros e D'Artagnan que ainda não é mosqueteiro e no todo são oito homens cumprindo as missões (já que cada um tem um criado).

    Por que começar de maneira a fazer com que eu odiasse os protagonistas tão depressa? Ainda bem que segurei e segui a história, assim pude entender o que a faz ser interessante além do contexto de fantasia histórica.


    Recomendo para quem sobreviver a primeira metade! 

    E sobre adaptações.... Teve muitos filmes, desenhos, quadrinhos… Agora mesmo vai sair um filme novo deles e de Milady. A adaptação que mais tenho memória mesmo é essa:

https://brincabrincando.com/dartacao-e-os-tres-moscaoteiros/

    Como em quase todas as adaptações e trechos do livro esse povo só pega em espadas chego a esquecer que mosqueteiros usam mosquetes e fica aquela imagem nada a ver na cabeça pque para ser um mosqueteiro precisa ter uma espada fina e um chapéu de pena. 

Um mosquete:
https://br.depositphotos.com/stock-photos/arma-pirata-isolado.html

    Agora vem a parte fivertida da coisa: a famosa frase "um por todos e todos por um" não é dita no livro em momento algum e nem mesmo é um lema deles. Sério! É dito outra coisa que meio que signifca isso mas é em um momento passageiro e assim fica por isso mesmo. Fomos enganados a vida toda! 

11 de jan. de 2023

ABNT fácil

    Como sou viciada em organização de trabalhos, acho que vai ser mais simples ter um link para passar sempre que alguém apresentar dúvidas sobre as regras da ABNT do que sempre escrever as mesmas coisas.

    Não vai ser um trabalho técnico explicando como fazer trabalho técnico. Na verdade serão dicas para fazer de forma bem simples com que seus trabalhos estejam sempre dentro das normas com o menor esforço possível.

    Vou separar pelas quatro coisas mais básicas para se prestar atenção: base, citação, números, referencias e letra.


Base


    Tenha sempre uma base de trabalho onde você vai baixar da internet e apenas editar o conteúdo. Não selecione tudo para apagar, pois isso pode modificar as margens e espaçamentos: selecione parágrafos e os apague deixando a primeira palavra e o ponto final intactos, assim vai manter a formatação perfeita. Escreva depois dessa palavra e por último a apague.

    Aqui neste link tem uma base já dentro das normas que pode ser usada para fazer trabalhos acadêmicos. Não esqueça de prestar atenção no tipo de trabalho exigido (paper, trabalho formal, TCC…) pois cada um pode ter uma apresentação diferente (número de capas, folha de rosto…). Assim é só ir apagando da base até ficar da forma que foi pedido. Neste link tem a estrutura dos trabalhos.


Referências


    Essa ferramenta é linda! Já vai criar certinho sua referência para colocar no trabalho. Você só deve lembrar de umas coisas: as referências ficam sempre em ordem alfabética, o nome dos livros ou títulos dos artigos (no caso de sites) devem estar em negrito e tudo sem espaçamento de parágrafo. É bom copiar a referência gerada pelo site, colar no bloco de notas, copiar novamente e colar no trabalho para não alterar a formação.



Citação


    Seu trabalho precisa ter citações, pois só quem é especialista pode fazer um trabalho sem citar ninguém e não citar é plágio! O mecanismo de link acima fornece as citações já formatadas (até a que tem múltiplos autores), mas vamos entender bem como funcionam: a citação indireta é quando você fala que Fulano disse tal coisa sem copiar diretamente (por isso não é direta) e sim escrita com suas palavras. Deve ser referenciada com o sobrenome do fulano normalmente dentro do texto e um parenteses com o ano:


De acordo com Fulano (2023) os blá blá blá são assim.


    Já as citações diretas, são cópias diretas dpo que está sendo dito na obra de Fulano. Devem estar totalmente entre aspas, e citar o sobrenome do fulano todo em maiúsculo e o ano tudo entre parenteses no final da frase:


"Blá blá blá" (FULANO, 2023).


https://more.ufsc.br/homepage/inserir_homepage


    Regra especial: as citações diretas com mais de 3 linhas devem ter um espaçamento diferenciado. Dentro do modelo de trabalho aqui citado já inclui esse tipo de citação para apenas ser editada e usada.

https://projetoacademico.com.br/citacao-indireta/


Números


    E esse monte de números antes dos títulos? É simples: o título é o principal, ele vai ser sempre todo em negrito, todo grande e com um número inteiro. Se algum assunto relevante sair dele por vir a ser um ou mais subtítulos, por exemplo:


1 BLÁ BLÁ BLÁ


    Esse é o meu título, mas decidi falar mais alguma coisa dentro dele, então vou pegar o número dele (1) e colocar um ponto e um número para cada pequeno assunto que sair dele. Somente o principal fica em negrito, os demais apenas mantém as letras maiúsculas:


1 BLÁ BLÁ BLÁ

    Texto texto texto

1.1 A HISTÓRIA DO BLA BLA BLA

    Texto texto texto

1.2 QUEM CRIOU O BLA BLA BLA

    Texto texto texto


    E se tiver mais um sub-assunto? Agora pegue o numero do assunto que ele vai sair e coloque mais um ponto com um número e cada vez um número maior se for adicionando mais! Dessa vez ele não tem letra maiúscula, é realmente como se fosse decrescendo uma hierarquia: maiúsculo negrito, só maisculo e normal.


1 BLÁ BLÁ BLÁ


    Texto texto texto

1.1 A HISTÓRIA DO BLA BLA BLA

    Texto texto texto

1.1.1 Por onde ele andou
 Texto texto texto

1.1.2 O que ele queria
 Texto texto texto

1.2 QUEM CRIOU O BLA BLA BLA

    Texto texto texto

    Antes do numero grande pule duas linhas e depois uma, no médio pule uma depois dele e uma antes, no pequeno uma antes e nenhuma depois. Tudo hierarquia!

    Esse termo que usei para título não é o nome que vai na capa. São do que se tratam cada capítulo das explicações. Podem haver vários títulos de assunto dentro de seu trabalho.


Letra


    Agora a parte mais simples é essa: a letra sempre preta, a fonte  Arial ou Times New Roman em tamanho 12, raramente variando. Geralmente está especificado quando variar: quando o trabalho tem fonte menor nas referencias ou título a base dele ja está com essa regulagem. 

    Nada de texto colorido! Para isso use negrito e/ou sublinado.

    O itálico deve ser usado em termos estrangeiros ou citações que sejam específicas e vão estar na base do trabalho.

    Espero ter ajudado!

Leopardo-das-neves (Panthera uncia)

    Mas eu gostei dele mesmo sem finalizar.




6 de jan. de 2023

Caneca de dragão

     

    Meu marido deixou cair. A caneca quebrou e eu colei, mas acho que poderia ficar melhor...












    Agora eu tenho adesivo!







    Espero que meu marido goste:


    Eu realmente gostei d resultado e vou praticar para melhorar cada vez mais.


1 de jan. de 2023

2022: Mão e seus amigos

    Mais uma vez quase sem fotos e não sei se seria pela pandemia ou por mal ter saído de casa mesmo.

      Meu estranho e velho hábito de fotografar animais pequenos na mão. Porque parei? Acredito que esse tenha sido um TOC desenvolvido pela depressão em fase aguda mas que resultou em lembranças visuais lindas.  Agora se eu fizer é puramente porque gostei mesmo. Nada mais de obsessão.

    O primeiro registro que encontrei foi do ano de 2006 e como durou muitos anos, acumulou mais de uma centena de fotos e por isso separei em postagens por época. Todas podem ser vistas se a hashtag mão
    
15/maio - Camarão Fantasma (Macrobrachium jelskii)


23/06 - Lagarta-urticante-do-coqueiro (Automeris cinctistriga) em Curitiba

21/08 - Borboleta do Abacate (Pterourus scamander)

28/08 - Tatochila autodice

29/08 - Exora obsoleta

04/11 - Mariposa Leopardo (Pantherodes pardalaria)

02/12 - Casulo com Borboleta-do-manacá (Methona themisto)

10/12 - Mariposa Leopardo (Pantherodes pardalaria)

11/12 - Casulos vazios de Borboleta-do-manacá (Methona themisto)

11/12 - Lagarta de Borboleta-do-manacá (Methona themisto)

11/12 - Broca do olho do coqueiro/ Bicudo (Rhynchophorus palmarum)


13/12 - Filhote de Avoante (Zenaida auriculata)

16/12 - Cycloneda pulchella

16/12 - Runibia perspicua


24/12

24/12

26/12

Os comentários foram desativados:

tenho de 70 a 100 visitantes por dia e quase nenhum comentário nas postagens, apenas no meu e-mail. 

Acabei achando a sessão inútil de manter. Contato: JulianaOdeiaCafe@gmail.com