26 de fev. de 2010

Autismo na escola regular

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O que é autismo infantil?
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Matricular um aluno com autismo em uma classe regular requer diversos cuidados a parte: sessões de fonoaudiologia, acompanhamento psiquiátrico e terapia ocupacional são as escolhas mais procuradas para dar base a rotina normal das aulas.

Muitas crianças autistas enfrentam preconceitos e dificuldades ao encarar uma sala de aula normal. O acompanhamento precoce sempre é essencial para contornar os problemas.

Antes de qualquer atividade, o professor deve desapertar no aluno à vontade de adquirir conhecimentos, quebrar barreiras e desenvolver sua percepção e vontade de ir à frente nos estudos. De nada adianta ter uma sala de aula muito bem equipada se nenhum aluno está a fim de aprender ou nenhum professor quer realmente exercer sua profissão.

Simone Zelner, mãe de uma criança com autismo, afirmou para o site Futuro do Presente (2009) que: “as escolas o geral não estão preparadas para receber crianças com autismo e com as particularidades que lhes são características”. As atividades propostas em sala devem incluir o aluno especial de todas as formas. Os pais devem checar a grade curricular e a maneira de abordar os conteúdos antes da matrícula.

Foto: http://www.manhumirim.mg.gov.br

Diariamente somos estimulados a ter preconceito às diversas culturas, biótipos, dificuldades e outras “imperfeições” impostas pela televisão, comerciais, fotografia e mídia em geral.

Geralmente quando se fala da aparição de algum autista nos veículos de comunicação é sempre como "o pobre coitado" ou “a história do problemático sofredor” e nunca como alguem normal no meio de seus amigos e familiares sem ter a patologia em primeiro plano.

Se nós que somos adultos concluímos que muitos outros adultos não enxergam essa realidade e continuam agindo preconceituosamente, pode-se imaginar uma criança que tem pouca noção das coisas na mesma situação: atualmente, algumas crianças são cruéis sem nem saber por que, são estimuladas a jogar o diferente de lado enquanto o "normal" imposto à massa é ser anoréxica com peitos de silicone (algo muito longe do ser humano “de verdade”).

A inclusão começa em casa, começa na educação das demais crianças que terão de conviver com todos os tipos de outras crianças. Como diz no site Entra a mi mundo (2009): “la integración de autistas en escuelas es probablemente más fácil cuando estos han aprendido habilidades sociales necesarias y cuando los otros niños han sido educados para comprender las dificultades que presentan los niños con alteraciones y teniendo oportunidades de compartir actividades con ellos” (A integração de autistas nas escolas é provavelmente mais fácil quando eles aprenderam as formalidades sociais necessárias e quando as outras crianças foram educadas para compreender as dificuldades apresentadas por crianças com distúrbios, tendo a oportunidade de compartilhar atividades com eles).

O autista em algum momento de sua vida sofrerá preconceito. Em sala de aula até as crianças ditas como “normais” já sofrem.

Ficar “de olho” na reação dos demais colegas e evitar abusos e tratamento discriminatório com o aluno autista é completamente essencial na sua inserção, pois não há inclusão se não houver uma transformação evolutiva no pensamento dos demais colegas. A criança não pode ser simplesmente largada em sala de aula e dar-se isto como correto, a inclusão só ocorre quando todos os alunos aprendem qual o seu verdadeiro significado e valor diante a sociedade.

Foto: http://edu.guim.blog.uol.com.br

O Doutor Francisco Lima do Centro de Estudos Inclusivos (CEI) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) reafirma a questão do preconceito embutido no pensamento das pessoas no site do Ministério Público de Pernambuco (2004): “Atualmente, verifica-se, mesmo em programas televisivos e outros, atuações de religiosos no exorcismo de demônios de pessoas supostamente possuídas, mas que pelos relatos dos que estão com elas, tais pessoas, ou apresentam doenças mentais, ou mesmo deficiências mentais”. Ele ainda acrescenta que “em muitos países da Europa e também nos Estados Unidos, ou aqui no Brasil, vê-se resquício do preconceito historicamente construído e propagandeado pela Bíblia e outros livros de grande penetração no imaginário social”.

Diversos são os blogs de pais de crianças autistas desabafando os preconceitos que seus filhos sofrem ou sofreram na escola. Muitos são os casos de abuso relatados com indignação, não somente cometidos por outros alunos, como o caso narrado pela irmã de uma criança com autismo no blog Autismo: um mundo diferente, mas maravilhoso (2009): “quando freqüentava o jardim de infância todos os dias chegava a casa com nódoas negras, e via-se nele a cara de infelicidade, descobrimos mais tarde que ele era o alvo preferido da sua professora” e ainda acrescenta a pior parte “quando (ela) se enervava espancava-o como se fosse um saco de boxe, talvez por ele ser o único da turma que não falava e assim não poderia contar nada aos pais”.

A professora Maria Teresa Eglér Mantoan (2009) destaca em seu trabalho acadêmico disponível na internet outro grande problema gerado por alguns profissionais em sala de aula: “é fácil receber os “alunos que aprendem apesar da escola” e é mais fácil ainda encaminhar os que têm dificuldades de aprendizagem para as classes e escolas especiais, sendo ou não deficientes, aos programas de reforço e aceleração”. Ela conclui que “por meio dessas válvulas de escape continuamos a discriminar os alunos que não damos conta de ensinar” e ainda acrescenta que: “estamos habituados a repassar nossos problemas para outros colegas, os “especializados” e, assim, não recai sobre nossos ombros o peso de nossas limitações profissionais”.

Aprender a conviver pode ser uma grande dificuldade do professor com o aluno, pois muitas vezes o preconceito vem de casa e multiplica-se fora dela. Mudar mentalidades, superar o preconceito e combater atitudes discriminatórias incluem-se nas bases de uma conivência pacífica agradável entre as relações professor-aluno e aluno-aluno.

O tutor é o último que deve manter preconceitos em sala de aula, deve apazigua-los e ensinar a todos verdadeiros significado da inclusão.

Foto: http://celebraii.blogspot.com
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18 de fev. de 2010

O que é autismo infantil?

O autismo é um transtorno invasivo do desenvolvimento que é, pelos leigos, facilmente confundido com deficiência mental, geralmente manifestado antes dos 3 anos e persistindo para o resto da vida.

Alguns autistas nem são capazes de falar e para eles foi desenvolvida a linguagem PECS (Picture Exchenge Comuncation System), que consiste em um conjunto de figuras com expressões em forma de desenhos, das quais eles podem usar para comunicar-se com outras pessoas.

Sistema PECS em inglês
Foto: http://www.widgit.com

Quando se trata de causas, as opiniões são bastante divergentes. O autismo ocorre no mundo inteiro, independente de classe social ou raça. Diversos são os profissionais envolvidos em seu estudo para determinar causas e tratamento.

Existem diversas teorias sobre seu surgimento.

Acredita-se que o autismo pode ser causado durante a infância por diversos fatores. De acordo com o site do Instituto Indianópolis (2009), quatro fatores que podem acarretar no desenvolvimento de uma personalidade autista nas crianças: “problemas de relacionamento social, dificuldade de comunicação, atividades e interesses restritos e repetitivos e início precoce”.

Outro fator estudado faz parte de nossa falta de consciência ambiental. Resíduos industriais são lançados diariamente no planeta. Muitos destes podem ser absorvidos pela água e logo em seguida por vegetais, entrando assim na cadeia alimentar de diversos outros seres vivos, passando para frente a contaminação.

De acordo com o site Autismo Infantil (2009), existe a possibilidade do consumo de doses excessivas de metais pesados (cobalto, cobre, manganês, molibdênio, vanádio, estrôncio, e zinco) presentes na poluição diária causarem o autismo. Lembrando que ainda é uma hipótese, o site afirma que “a ingestão, inalação ou absorção pela pele, de metais pesados ou substâncias que componham o mesmo, pode resultar em situações como o autismo, atraso mental, doenças, cansaço ou síndrome do Golfo”.

Existem pessoas que afirmam que o autismo é uma característica genética. De acordo com o site Portal Aprendiz (2006): “Sabe-se que o autismo tem base genética, mas ainda é impossível isolar os genes”.

Também existem aqueles que ainda não acreditam em nenhuma das teorias e observações feitas até hoje e crêem que o autismo não tenha causa descoberta.

De acordo com o site Centro de Referência Educacional (2003) “embora haja grupos de estudos e pesquisas no mundo inteiro, ainda não foi detectada a causa do autismo”.

Sistema PECS em português
Foto: http://pecsemportugues.blogspot.com

A pessoa autista geralmente apresenta dificuldades de falar e se comunicar, não gostando de ser tocada, gira objetos, faz-se de surdo, não tem real noção do perigo, resiste a mudanças e aprendizado, tem acessos de raiva, isola-se, ente outros... Parece viver em um mundo paralelo comparado com os demais.
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13 de fev. de 2010

Pente-de-Vênus

Reino: Animalia
Filo: Mollusca
Classe: Gastropoda
Ordem: Sorbeoconcha
Família: Muricidae
Género: Murex
Espécie: Murex pecten

Origem: Leste do Oceano Índico, Japão e Pacífico



Para a postagem de hoje, decidi pegar uma das jóias de minha coleção de conchas: o Murex pecten.

Adimiro muito as conchas do gênero Murex pelas formas e espinhos.

O Murex pecten está entre as conchas com maior número de espinhos (mais de 100).

Esta espécie pode ser facilmente confundida com outras, mas ao reparar o número de espinhos logo você verá se é uma pectren ou não.

Murex troscheli (esquerda) e Murex pecten (direita). Facilmente diferenciados pelo número de espinhos e cores

Conhecida pelo nome Pente-de-Vênus, este murex vive nos litorais do Leste do Oceano Índico, Japão e Pacífico.

É carnívoro, alimenta-se de outros moluscos.

Seus espinhos são utilizados como proteção contra ataque de outros animais. Por possuir um número grande dos mesmos, fica incapacitada de enterrar-se como muitos moluscos comumente fazem.

Sua concha varia de 10 a 15 centímetros de tamanho.



Não é uma raridade entre colecionadores. Pode ser encontrada para a venda facilmente. No entanto, é raro encontrar um exemplar com todos os frágeis espinhos em estado perfeito.

Procurei fotos do exemplar vivo pela internet e nada encontrei. É um molusco que pouco se sabe ao seu respeito. Este exemplar apresentado nas fotos foi retirado diretamente de minha coleção.



Curiosamente foi alvo de cobiça na Idade Antiga. Os fenícios utilizavam este molusco para produzir o corante de púrpura (contido no interior do animal) que era considerado extremamente valioso.




10 de fev. de 2010

A Contribuição da Escola para a Formação de Bons Hábitos Alimentares

Mau hábito alimentar pode ser um problema muito além da educação. O fornecimento de alimentos que não são bons para a saúde pode ser uma das causas de diversas doenças no futuro. Projetos, idéias e até leis tentam reverter a situação de milhares de jovens brasileiros: a obesidade infantil.

A escola é assim como a família um local de constante aprendizado e conscientização para a vida futura. Diversas são as instituições preocupadas com a saúde de seus alunos a ponto de proibirem ou substituírem alimentos considerados danosos e promoverem nas mais diversas maneiras a dispersão dos bons hábitos alimentares.

Durante anos a escola proporcionou o aprendizado de gerações não somente em conteúdo acadêmico comum como também nas noções de higiene, hábitos e respeito.

Muitos são os profissionais dispostos a passarem a frente conhecimentos necessários para uma saúde estável e duradoura. Vários são os artifícios: desde introduzir matérias de nutrição nas aulas de ciências até a elaboração de tarefas lúdicas.

A criança e o adolescente têm como base a educação familiar e como fortalecimento da mesma a educação escolar. Ensinar logo cedo a ter bons hábitos alimentares evita problemas futuros. De acordo com o médico cardiologista Daniel Magnoni (2005) “As conseqüências principais da alimentação inadequada no período escolar podem ser caracterizadas como alterações do aprendizado e da atenção, carências nutricionais específicas ou decorrentes do excesso de alimentos”.



A obesidade é uma situação perigosa que pode acarretar problemas cardíacos e colesterol alto, além de ser motivo de piada dos demais colegas, dificultando a interação do individuo com os demais e acarretando na sua aceitação pessoal.

O site Obesidade Infantil (2009) estima que “dois terços de todos os Brasileiros estão com sobrepeso ou sofrem de obesidade”. Ensinando jovens desde cedo a ter uma vida mais saudável, evitamos que este número suba ainda mais.

Uma das medidas adotada por diversas escolas na prevenção da obesidade infantil e conscientização de seus alunos em relação a uma alimentação saudável foi mudar o cardápio de suas cantinas e merendas.

Em 2005, os deputados distritais Augusto Carvalho e Arlete Sampaio criaram um projeto proibindo a venda de doces, frituras e alimentos industrializados que compõem um grande grupo conhecido popularmente pelo termo americano Junk Food (comida lixo). O Portal da Universidade de Brasília (2005) descreve este projeto como a “promoção da alimentação saudável nas escolas da rede de ensino do Distrito Federal”.

Junk Food é a comida conhecida pelas mães como “isso não alimenta”. Não é saudável, altamente calórico e sem valor nutricional considerável.O site Sentir Bem (2007) ainda descreve esse hábito alimentar como viciante e indesejável para o organismo citando que: “é muito comum a substituição de uma refeição adequada por lanches menos nutritivos, levando a um afastamento cada vez maior de um padrão alimentar desejável”.

Big Mac: o rei do mau exemplo
Foto: http://in10words.wordpress.com

Diversas instituições de ensino público tiveram sua merenda alterada para pratos mais saudáveis e no lugar dos famosos lanches calóricos das cantinas apareceram frutas e sucos naturais.

As escolas com maior poder aquisitivo têm investido na capacitação profissional de suas merendeiras ou cantineiras. Muitas preocupam-se tanto com a saúde de seus alunos que contratam até mesmo nutricionistas para ditarem o cardápio.

Algumas boas idéias surgiram em cima do problema. Mariana Tramontina descreve para o site UOL Educação (2008) uma forma de atrair os jovens para a comida saudável “para incentivar o consumo de frutas, a escola deixa uma fruteira no pátio durante todo o período de aula”. Os alunos podem pegar as frutas a vontade em qualquer horário. Ela ainda completa que outra unidade escolar adotou o chamado “kit lanche”, que é um “cardápio mensal repassado aos pais para que eles escolham o que o filho vai comer”.



Uma bela iniciativa foi a criação de um projeto de conscientização ambiental unida a conscientização alimentar: a merenda orgânica.

Com o objetivo de ampliar o espaço da agricultura orgânica, escolas do Estado de Santa Catarina recebem sua merenda diretamente do campo: alunos conhecem as plantações, a importância de uma alimentação saudável e dos cuidados com o meio ambiente.

O programa “Sabor e Saber” já atendeu cerca de 30 mil crianças nas cidades de Florianópolis e Criciúma com a merenda orgânica. O engenheiro agrônomo Moacir Roberto Darolt conta para o site Planeta Orgânico (2002) que houve até “a capacitação de merendeiras buscando receitas e estratégias para acostumar as crianças a comerem hortaliças”.



Proibir o fácil acesso dos alunos à comida danosa pode ser uma das muitas saídas para o grande problema da obesidade. Quanto maior a criatividade na substituição desses alimentos e conscientização das crianças e adolescentes sobre uma vida saudável, maior é o resultado positivo.

Educar desde cedo é a chave para uma vida saudável. A educação vem antes de qualquer barreira. Antes de proibir deve-se ensinar. Ensinando o porque faz mal e o que faz bem conseguiremos um futuro cada vez mais distante de problemas relacionados ao aumento de peso.




5 de fev. de 2010

Sistema Respiratório Humano e seus Problemas

Um dos muitos conjuntos de sistemas que fazem parte da grande obra que é o corpo humano será abordado parte por parte. O trajeto da respiração humana e a importância de manter bons hábitos serão destacados.

Todos os animais necessitam respirar. De acordo com Ítalo Amadio, autor do livro Corpo Humano – Edição de Luxo Volume 3 “a respiração é o fenômeno que se manifesta pela absorção do oxigênio e eliminação do gás carbônico pelo organismo”. O oxigênio é utilizado na respiração celular, produzindo o dióxido de carbono, um subproduto eliminado do organismo.

As plantas também respiram. Entre os animais existem diversos tipos de respiração, porém, será tratada aqui a respiração animal, mais especificamente a humana: a respiração aérea.

Sistema respiratório e suas partes
Foto: http://www.maristas.org.br

A respiração envolve diversas partes do corpo humano. Tem início nas narinas (algumas pessoas utilizam a boca) atingindo as fossas nasais. O ar é filtrado, umedecido e aquecido. Em seguida, passa pela faringe, laringe e traqueia, finalmente chegando aos brônquios. Os brônquios levam o ar para os pulmões que realizam o processo da troca de gases, retornando o dióxido de carbono para a atmosfera.

As narinas possuem a função de aquecer e umedecer o ar. Durante a inspiração, o ar é umedecido e diminui durante a inspiração.

Das narinas até a faringe existem duas cavidades separadas por uma parede cartilaginosa denominadas fossas nasais. Através de pêlos, essas cavidades filtram o ar. Com uma substância chamada muco o umedecem. E, com o calor do sangue, aquecem o ar inspirado.

O ar já devidamente “trabalhado” segue então para a faringe. De acordo com o site Wikipédia (2009) “A faringe é porção da anatomia que conecta o nariz e a boca, à laringe e ao esôfago”.

Faringe
Foto: http://equipedigestorio.blogspot.com

Entre a faringe e laringe, encontramos uma proteção chama epiglote. Ela consiste em controlar a entrada e saída de alimentos e ar. A epiglote possui a capacidade de fechar, impedindo assim que alimentos se percam e parem no sistema respiratório causando engasgamento.

Epiglote
Foto: http://www.soscorpo.com.br

O ar saído da faringe chega a laringe (local onde se encontram as pregas vocais) e dali segue em direção a traquéia.

De acordo com a publicação Zoologia Geral (2005) “o tamanho da laringe varia em diferentes indivíduos; durante a puberdade cresce mais rapidamente no sexo masculino que no feminino, modificando-se a voz para tom mais baixo”.

A traquéia consiste em um, tubo que se bifurca e leva o ar para os pulmões. De acordo com a professora Ana Luisa Miranda Vilela para o site Anatomia & Fisiologias Humanasseu epitélio de revestimento muco-ciliar adere partículas de poeira e bactérias presentes em suspensão no ar inalado, que são posteriormente varridas para fora e engolidas ou expelidas”.

Traquéia
Foto: http://aplicativos.pgr.mpf.gov.br

Ao deixar a traquéia, o ar segue em direção aos brônquios. Para evitar colapsos, entre a traquéia e os brônquios existem resistentes anéis de cartilagem.

Uma parte muito importante e ainda não citada é o diafragma. O diafragma consiste em uma parede muscular que separa o tórax. Ele é responsável pelo movimento de contrair e descer, assim levando o ar diretamente para os pulmões.

Ainda nos brônquios, o ar percorre toda a sua extensão chegando a suas ramificações chamadas bronquíolos. Cada bronquíolo termina em um alvéolo pulmonar, local onde ocorre a troca gasosa. O conjunto de bronquíolos é denominado Árvore Brônquica ou Árvore Pulmonar.

Bronquíolos
Foto: http://www.anestesiologia.com.br

O ar finalmente chega aos pulmões. O pulmão é um órgão esponjoso situado na cavidade torácica. De acordo com o site Web CiênciaO pulmão direito é ligeiramente maior que o esquerdo e está dividido em três lóbulos; já o pulmão esquerdo tem apenas dois lóbulos”.

Através do diafragma, o ar entra e sai dos pulmões por movimentos de contração e relaxamento. Quando o diafragma relaxa, a pressão nos pulmões aumenta e o ar é expulso, assim ocorrendo o processo inverso na entrada do mesmo.

Pulmões humanos
Foto: http://www.fisfar.ufc.br


Respiração Artificial
julianasphynx.blogspot.com
De acordo com o site Extraordinário (2007), o alemão Tom Sietas é detentor do Record de tempo sem respirar: “ele ficou 15 minutos e 2 segundos segurando a respiração dentro de tanque com água”.

Ficar sem respirar é possível, porém, não por muito tempo. A concentração de dióxido de carbono fica tão alta no sangue que é necessário voltar a respirar imediatamente. Com a concentração alterada, o corpo não consegue mais fornecer energia para as células, e assim, o bulbo (parte do sistema nervoso) não consegue enviar impulsos nervosos novamente para o corpo.

Existem diversas alternativas emergenciais para que o corpo não morra por falta da respiração. As duas mais comuns serão citadas a seguir.

Nos Primeiros Socorros é o auxílio a respiração de maneira artificial. O ato consiste em forçar a passagem de ar novamente para o pulmão quando o paciente encontra-se sem capacidade de exercer a função.

Primeiros socorros
Foto:http://www.bombeirospraia.com

Muito comum em caso de afogamentos, o procedimento consiste em colocar a vítima deitada de barriga para cima com a cabeça mais baixa que o corpo. Segure a testa da pessoa e puxe o queixo para fazer com que abra a boca. Tape o nariz da vítima para evitar que o ar saia, em seguida, respire profundamente e solte dentro da boca do paciente. Este procedimento é denominado Respiração Boca-a-boca.

Existem outras maneiras de promover a respiração artificial em uma pessoa, com aparelhos para ventilação mecânica e até mesmo a traqueotomia (procedimento cirúrgico que consiste em fazer um orifício artificial na traquéia).


Doenças do sistema respiratório

Assim como qualquer outra parte do corpo, o Sistema Respiratório está exposto a diversos tipos de doenças. Muitas causadas por vícios, alergias e até mesmo genéticas ou adquiridas.

Ambientes com muita poeira, poluição e detritos no ar podem causar diversos tipos de doenças respiratórias. A mais preocupante é a silicose, uma doença causada pela inalação de poeira rochosa.

O uso de máscaras com filtro adequado previne boa parte das doenças citadas.

Reações diversas do organismo que podem incluir a poeira, pólen, mofo e outros. Geralmente acompanhadas de espirros e mucosa, muitas vezes até ardência dos olhos e outra reações espalhadas pelo corpo.

A exposição exagerada a um local mal ventilado, ou com excesso de materiais no ar pode causar reação de defesa no organismo caracterizada por alergia.

Foto: http://diariodetreinante.com.br

De acordo com o site MSD (2009) “as reações alérgicas pulmonares não são decorrentes apenas de antígenos inalados. Elas também podem ocorrer devido à ingestão de determinados alimentos ou ao uso de determinadas drogas”.

Algumas doenças são causadas por vírus e bactérias, sendo mais vistas durante o inverno e mudanças climáticas. Essas doenças costumam vir seguidas de secreções nasais, febre e cansaço no corpo. As mais comuns são gripes, resfriados e a pneumonia.


E a Influenza A... Não param de divulgar a doença! Este novo vírus surgiu de modificações de outros e é transmitido de pessoa para pessoa. O mundo ficou em alerta com “a nova gripe” e vacinas foram produzidas em massa.

Cobrindo capas de revistas e jornais, surge a Influenza A, conhecida anteriormente por Gripe Suína ou H1N1. De acordo com o site Wikipedia (2009) “Em Abril de 2009, um surto de H1N1 matou mais de 100 pessoas no México”.

O site NotíciAki (2009) informa que “Para proteger da Gripe A você pode tomar vacina de gripe convencional para ajudar na prevenção já que aumentam a imunidade do corpo, porém não combatem o vírus H1N1”.

O medicamento usado para tratar a doença chama-se Tamiflu e a mesma não é transmitida pela carne do porco.

Lavar as mãos, ventilar ambientes e ter o mínimo de higiene já lhe previne. O caos criado agora para que medidas de higiene pessoal básica fossem tomadas pela população é algo que já devia ter sido muito divulgado desde sempre.

Vírus da gripe H1N1
Foto: http://ksax.com

Continuando a falar sobre as doenças...

A inalação de produtos químicos leva não somente a intoxicação geral do corpo com enjôos, dores de cabeça e até a morte, como também algumas doenças.

Produtos químicos (e o cigarro) quando inalados de maneira exagerada podem promover pneumonite (inflamações no pulmão), enfisema (perda da elasticidade do tecido pulmonar) e outros.

O acumulo de substâncias nocivas no pulmão pode gerar o aparecimento de tumores, que por sua vez, causar a morte do paciente.

O Instituto Nacional de Câncer (2009) descreve o que “câncer de pulmão é o mais comum de todos os tumores malignos”. O site ainda aponta causas como químicos encontrados no ambiente ocupacional, baixo consumo de frutas e verduras, doenças pulmonares crônicas, fatores genéticos e histórico familiar de câncer de pulmão.

O cigarro é um dos grandes vilões. Tanto fumantes ativos (aqueles que levam o cigarro a boca) como os passivos (que inalam a fumaça por estarem perto) estão no grupo de risco do aparecimento dessa doença.

Fumo
Foto: http://olhovirtual.wordpress.com

De acordo com o site Onmeda (2009) “Es gibt eine Reihe giftiger Substanzen, welche die Entstehung von Lungenkrebs begünstigen. Die größte Gefahr geht dabei ohne Zweifel vom Rauchen aus. Ungefähr 90 Prozent aller an Lungenkrebs Erkrankten sind oder waren Raucher”. (Há um número de substâncias tóxicas que favorecem a formação de câncer de pulmão. O maior perigo, sem dúvida, é o de fumar. Cerca de 90 por cento de todos os pacientes com câncer de pulmão são ou foram fumantes). O autor ainda acrescenta que “Das Risiko für einen Raucher, an Lungenkrebs zu sterben, ist 40-mal so hoch wie bei einem Nichtraucher” (O risco de um fumante morrer câncer de pulmão é 40 vezes maior do que de um não-fumante).

No Brasil, existe uma proposta de lei que “salva” o fumante passivo de áreas fechadas com pessoas fumando. A Lei Antifumo já funciona em algumas regiões e com resultados. De acordo com o site do Governo de São Paulo (2009) o “disque-denúncia antifumo recebe mil ligações por dia”.

Pulmão saudável e pulmão de fumante
Foto: http://www.ecmorroagudo.com.br

As formas mais fáceis de prevenir-se contra o câncer de pulmão e as demais doenças respiratórias é mantendo hábitos alimentares saudáveis, ambiente limpo de poeira (ou o uso de máscaras quando necessário se expor), evitar exposição a químicos e vícios como o cigarro.

A importância não está somente em saber como funciona, mas também quais os riscos de algumas escolhas. Previnir-se e conhecer. Cuidados são básicos com qualquer parte do corpo




2 de fev. de 2010

=D \o/

Interrompendo a normalidade do blog para gritar uma notícia que recebi ontem:

A A A A A A A A A A A A H H H H H H H H H H H H H H H H H ! ! !
PASSEI NA UFSC!!!
\o/




Agora voltando a normalidade...
Consigo me virar em 3 cursos?
=D

Os comentários foram desativados:

tenho de 70 a 100 visitantes por dia e quase nenhum comentário nas postagens, apenas no meu e-mail. 

Acabei achando a sessão inútil de manter. Contato: JulianaOdeiaCafe@gmail.com