24 de dez. de 2008

Periquito Australiano: Reprodução

Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Psittaciformes
Família: Psittacidae
Gênero: Melopsittacus
Espécie: undulatus
julianasphynx.blogspot.com

Correria de final de ano! Acabei não escrevendo nada por alguns meses...

Começando pelo começão: O casal

As vezes as fêmeas quando muito jovens possuem o bico meio verde água e os machos meio branco. Quando jovens demais todos possuem o bico cor de rosa. Na dúvida é melhor adquirir um casal mais velho que já tenha o bico rosado definitivo ou marrom (no caso da fêmea) e azul no caso do macho.

As fêmeas na época de reprodução escurecem o bico de rosa para um tom quase marrom escuro e os machos após a reprodução ficam com ele bem mais azul escuro.

Quando um começa a alimentar o outro e arrumar o ninho com certeza estão planejando ter uma cria. Assim que a fêmea sente que poderá botar ovos fica a maior parte do tempo dentro do ninho e o macho buscando alimento para a mesma.

Percebe-se claramente quando ela vai botar por que suas saídas se resumem a beber água e comer rápido.

O melhor ninho para eles é a conhecida "casinha" de madeira. Não precisa colocar nada para eles construírem o ambiente, pois, a maioria tem costume de colocar os ovos na madeira mesmo.

Alguns dias

Periquitos gostam de roer o ninho (especialmente a porta). Isso não é um sinal de insatisfação e sim de que estão arrumando a casa a seu gosto.

Quando quiser que se reproduzam é bom deixar o ninho direto na gaiola, pois quando decidir em acasalar ele já estará por ali. Apenas retire o ninho quando não quiser mais que eles reproduzam, pois periquitos costumam ter muitos filhotes em pouco tempo.

Recomendo que tenha pelo menos 1 ninho por casal para que não haja disputas e brigas.



Os ovos

É muito normal as fêmeas colocarem ovos em dias separados. É comum até ela levar uma semana inteira para colocar apenas 5 ovos!

Os ovos são pequenos, tendo aproximadamente 2 cm e podendo desenvolver-se um pouco mais até a hora do nascimento (ficando mais arredondados e meio "inchados").

Como a fêmea os coloca em dias diferentes o normal é que os filhotes não nasçam todos juntos.

É bom sempre observar o tamanho do viveiro e separar o casal das demais aves até que seus filhotes estejam independentes, a fêmea poderá jogar os ovos fora quando perceber superpopulação ou até mesmo matar as crias ainda bem pequenas.

Nascendo penugem

Não se deve retirar os ovos de seu lugar EM HIPÓTESE ALGUMA. A fêmea vai jogá-los fora do ninho caso perca as esperanças deles originarem filhotes e voltará a acasalar. Tirar os ovos da posição em que estão pode matar o feto!

Também não retire as cascas dos ovos. Após o nascimento a fêmea saberá exatamente o que quer fazer: comer a casca para ter cálcio ou jogá-la fora do ninho. Apenas se ela a descartar você poderá jogar fora.

 

A fêmea pode descartar ovos por alguns motivos:
1 - Quando os mesmos não foram fecundados: As vezes pássaros colocam ovos mesmo que vivam sozinhos pois precisam eliminar ovários não fecundados. Tartarugas e outros ovíparos também agem dessa maneira 
2 - Ela não conseguir chocar: Se os ovos estão a muito tempo com ela e a fêmea não conseguiu chocar por ter os deixado esfriar ou mesmo por falta de experiência vai perceber a perda e descarta-los 
3 - Ela não quis chocar: Esse problema é muito comum em viveiros muito populosos ou com pouco espaço. As fêmeas tem noção de que suas crias não terão espaço o suficiente para viver e optam por acabar com os ovos antes de seu nascimento.

Filhotes

Quando os filhotes nascem a situação continua por algum tempo a mesma: a fêmea dentro do ninho e o macho trazendo comida.

Não se intrometa no trabalho da fêmea. Todos os cuidados a mãe dá a eles até saberem se virar sozinhos.

É importante colocar o ninho no chão da gaiola depois de um tempo para que os filhotes não se joguem mais tarde de alguma altura ruim para eles retornarem. Coloque-os de volta ao ninho caso isso aconteça e depois coloque o ninho em um local baixo em que possam voltar sozinhos quando saírem do mesmo.

Filhotes no tamanho de dar "umas voltinhas" fora do ninho

Após 2 meses, enquanto os filhotes usarem o ninho limpe uma vez por semana e coloque um jornal no fundo dele. O excesso de fezes lá dentro pode causar algumas doenças.



No demais é só acompanhar para ver se há algum problema na alimentação e desenvolvimento físico (principalmente no último da cria). As vezes os pais deixam de alimentar os mais novos por que os primeiros ficam independentes.



Amansando os filhotes

Quando estiverem um pouco grandinhos (como na terceira foto acima) é bom criar os filhotes fora do ninho alimentando com papinha após abrirem os olhos.

A papinha pode ser encontrada a venda em loja de animais. Mistura-se com água morna e alimenta-se o filhote com uma seringa também própria para criação.

Para que a ava acostume-se com seu toque ou ficar empoleirada no dedo tente primeiro pegar por uns 10 min por dia usando um pano em volta da mão para que não seja bicado.

Faça carinho na ave até que ela se sinta mais calma e repita isso aumentando a quantidade de tempo todos os dias. Uma hora quando você for pegar ela não ficará mais agressiva com você pois associará a um bom trato

Se começar bem cedo nem precisará usar um pano em volta da mão, pois a maioria dos filhotes é muito amigável e brincalhão.

Pegue-o com a mão dentro da gaiola até que haja mais confiança.

Filhotes são mansos quando estão acostumados a sempre ver você

Tática do pano

Segurando dentro do viveiro

Periquitos voam! (informação bem obvia), mas é sempre bom avisar que não se deve confiar 100% na ave fora da gaiola. Fique sempre por perto para que não haja acidentes e, em caso de prevenção, apare as penas de uma das asas.


com
Ensinando a falar

Para ter um periquito falante o isolamento é a primeira parte: é importante que ele esteja sozinho na sua casa sem qualquer outra ave que faça barulho, pois assim ele começará a imitar a outra ave e terminará como quase todos os periquitos que apenas fazem aquele barulho característico.

Aves compradas em lojas geralmente não aprendem a falar por que convivem com outros periquitos.

Você começa ensinando desde sempre! Assim que ele abrir os olhos irá reconhecer você. Comece com poucas palavras e repetindo baixinho perto da ave. Eles demoram muito mais tempo que os papagaios para começar a repetir.

Esse trabalho exige muita paciência e pode levar muito tempo. Se você for persistente poderá ter um periquito falante, já que são aves capazes de repetir palavras.

Quanto ao ninho que ficou na gaiola..

Alguns periquitos acostumam-se tanto com o ninho que mesmo não tendo crias acabam dormindo dentro dele.

Se não vê problema nisso pode deixar o ninho até que eles saibam a próxima época de reproduzir.

Mais informações sobre a espécie na postagem Periquito Australiano




4 de set. de 2008

Crise dos combustíveis X aumento dos preços dos alimentos

Os biocombustíveis são nossos vilões? Vieram para auxiliar na preservação dos recursos não-renováveis ou desbancar áreas de plantações destinadas à produção de alimento? Essas são discussões muito extensas que requerem atenção e muito senso crítico na hora de serem respondidas.

O que são Biocombustíveis?

Quando um combustível tem origem biológica (não sendo fóssil) é chamado de biocombustível. Para obter o produto final, pode-se misturar diversas plantas, frutos e até mesmo lixo orgânico. As plantas mais populares na obtenção de biocombustível são: a cana-de-açúcar (Saccharum sp), a mamona (Ricinus communis) e a soja (Glycine max).

O combustível de origem biológica surgiu como alternativa ecologicamente correta em relação ao combustível fóssil, já que o segundo é extraído de matérias não renováveis (minerais), que contribui negativamente para o efeito estufa, pois polui o ar com partícula e gases de sua queima e em alguns locais do país são responsáveis pelo fenômeno da chuva ácida.

Mamona (Ricinus communis)
Foto: www.sct.embrapa.br

Biocombustíveis impulsionam a produção agrária

Segundo Guilherme Frederico Lamb para o site Agropecuária Brasil (2008) “Graças aos biocombustíveis o setor (agropecuário) teve novo fôlego e ensaia uma reação, voltando a produzir, assim sendo nessa historia, os biocombustíveis são a ferramenta que esta dando equilíbrio no setor, proporcionando futuramente maior produção de alimentos”.

A produção de biocombustíveis incentiva de forma direta o trabalho no campo, pois depende diretamente de matéria orgânica para a sua existência. No Brasil, destaca-se a produção do biocombustível Etanol (CH3 CH2OH) também conhecido como álcool etílico. Extraído da cana-de-açúcar, faz parte de diversos produtos como perfumes, bebidas e motores de explosão na indústria automobilística.

Soja (Glycine max)
Foto: http://pt.wikipedia.org

Crise alimentícia no mundo

De tempos em tempos a economia mundial sofre alguma quebra, países vivem em guerras e algumas crises assombram o futuro de milhões de pessoas. Faz muito tempo que países sofrem com a escassez de comida, porém, o ano de 2008 oferece destaque a essa situação sendo tema central da cúpula do G8 (grupo que reúne os sete países mais industrializados e a Rússia).

Vários são os fatores para a falta de alimento mundial. Alguns serão destacados e questionados a seguir.
julianasphynx.blogspot.com

Biocombustíveis e o aumento de preços nos alimentos

A produção de biocombustível é muito criticada, pois leva-se em consideração que o cultivo de matéria-prima para a fabricação do mesmo diminui o espaço nas lavouras dedicado à produção de alimentos.

Como citado anteriormente, o Brasil é um dos maiores produtores de etanol com base na produção de cana-de-açúcar e um dos países que mais defende a produção do combustível de origem biológica negando que esse afete na produção alimentícia. Com base no site Veja (2008) “em tese, há ainda 77 milhões de hectares a ser ocupados no Brasil sem afetar o espaço dedicado a outras culturas. Atualmente, a cana-de-açúcar ocupa 7,2 milhões de hectares, menos do que a soja (21 milhões) e o milho (14,4 milhões)”.

Cana-de-açúcar (Saccharum sp)
Foto: www.agroanalysis.com.br

Uma outra crítica é que a cultura voltada para a produção de biocombustíveis não somente “tiraria” a área de produção agrária de alimentos como também desmataria novos locais para serem utilizados como plantações.

O fato é: matérias-primas que antes eram exclusivamente destinados à alimentação terão um mercado mais amplo e com isso deverão ter uma administração severa quanto à porcentagem de matéria utilizada na produção alimentícia para que o mundo não passe por outra crise no futuro.



Visão mundial sobre os biocombustíveis e o setor alimentício

O mundo parou para discutir a relação entre os biocombustíveis e a crise alimentícia. Entidades como a ONU (Organização das Nações Unidas), o FMI (Fundo Monetário Mundial), países como o Reino Unido, Cuba Bolívia e Venezuela e até mesmo o Banco Mundial opuseram-se à produção de biocombustíveis alegando que a atual crise deve-se pelo desvio de alimentos como matéria-prima de etanol e outros.

De acordo com a revista virtual Ambiente Brasil (2008), o Reino Unido declarou que reduzirá a expansão de seus biocombustíveis após divulgar um relatório afirmando que “este tipo de combustível pode aumentar as emissões de gás que causam o efeito estufa e que contribui com a alta dos alimentos”.



Havana propôs a Organização das Nações Unidas que estude os impactos causados por biocombustíveis produzidos a base de milho e cana-de-açúcar na questão dos alimentos. De acordo com o site da revista Veja, o Brasil rebateu afirmando que “o etanol já é produzido por aqui há 35 anos e isso nunca implicou uma redução da área destinada à agricultura”. Enquanto isso, o Brasil fecha acordo com a Indonésia para estudar mais sobre a produção de biocombustíveis.

Os principais países produtores de etanol no mundo são: o Brasil com a cana-de-açúcar, os Estados Unidos com milho, o Canadá com trigo e milho, a China com a mandioca, a Índia com a cana e melaço, a Colômbia com a cana e óleo de palma e a Alemanha com simplesmente a metade do biodiesel produzido mundialmente.

O Brasil acaba por lucrar um pouco com a notícia do mercado de biocombustíveis. De acordo com o site G1 (2008), atualmente o país é líder em diversos produtos de ordem agrícola e por isso “o país é uma das nações mais preparadas para suprir a atual escassez de alimentos”.




Outros fatores para o aumento de preços

O biocombustível não é o grande vilão no aumento de preços, ou pelo menos ele não está sozinho. Diversos fatores contribuem de forma negativa para o problema, desde econômicos a fenômenos naturais.

Fatores naturais e climáticos: chuvas arrasadoras, terremotos, ventos fortes, extensas secas e doenças nos rebanhos são fatores que influenciam de maneira negativa na produção de alimento.

Aumento populacional e de renda: A força dos países emergentes e o crescimento populacional aumentam notavelmente a demanda por alimento. Até mesmo a geração de renda entre os mais pobres afeta no equilíbrio da economia alimentícia, uma vez que as pessoas que tiveram um acréscimo de renda irão alimentar-se melhor e exigir mais alimento do mercado. e acordo com o site Veja (2008) “Em 1985, cada chinês consumia em média 20 quilos de carne por ano. Hoje, consome 50.

Enfraquecimento do Dólar: A queda do preço do Dólar gera o aumento no preço das matérias-primas, já que é a moeda usada em quase todos os mercados de cotação de commodities (matérias-primas). O preço final sobe para compensar a crise de desvalorização da moeda.

Alimento para o gado: Aumentando a demanda de alimento também aumenta a demanda de ração e grãos consumidos no setor da pecuária, assim subindo o consumo de matéria prima para alimentar o gado gerando mudanças no preço final do mesmo.

Preço do petróleo: O preço de fertilizantes e gasolina aumenta significantemente com o aumento de sua matéria prima (petróleo). O preço aumentado nesses produtos também eleva o preço da produção final em alimentos provenientes dessas fazendas, já que as mesmas gastarão mais com transporte e manutenção dos terrenos.

Problemas de exportação: A preocupação com o suprimento interno de alimentos faz com que alguns países fechem suas portas para a exportação do mesmo, assim prejudicando os demais que dependem de produção vinda de fora.



Para tudo na vida temos fatores prós e contras e os biocombustíveis não são diferentes disso. Enquanto todo o estardalhaço mundial é criado em volta de uma questão que pode ser monitorada e controlada (a utilização de alimentos na produção desses combustíveis) esquece-se o fato de que essa descoberta descarta o uso dos recursos não-renováveis e diminui riscos contra a Camada de Ozônio.

Vale lembrar que a “crise” não foi causada exclusivamente pelo etanol ou qualquer outro biocombustível e desenvolver um olhar mais crítico e menos centrado sobre a questão para que ela possa ser resolvida ou mesmo parcialmente amenizada.



31 de jul. de 2008

Beija-Flor-Cinza e Garganta-Verde

Bizarro! Ao extremo do bizarro! Por que sempre que sumo o número de visitas aumenta bastante?

Alguns coleguinhas me chamaram a atenção nesse mês inteiro aparecendo em grande quantidade e sem medo algum de mim... Então decidi colocá-los um pouco em evidência...

Beija-Flor-Cinza
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Apodiformes
Família: Trochilidae
Género: Aphantochroa
Espécie: cirrochloris

Ambiente natural: Somente Brasil

Beija-Flor-Cinza

Beija-Flor-de-Garganta-Verde
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Apodiformes
Família: Trochilidae
Género: Amazilia
Espécie: fimbriata

Ambiente natural: Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana Francesa, Guiana, Paraguai, Peru, Suriname, Trinidad e Tobago e Venezuela.

Beija-Flor-de-Garganta-Verde

Pouco se sabe sobre os Beija-flores-cinza, pois a espécie ocorre exclusivamente no Brasil em florestas subtropicais e tropicais úmidas. O Beija-Flor-de-Garganta-Verde possui uma maior distribuição, porém, a existência de ambos está em constante ameaça por causa do desmatamento de seu habitat.

Muitas pessoas utilizam-se de bebedouro especiais para atrair beija-flores em casa. O uso de água com açúcar nos mesmos é condenável, pois pode causar diversas reações químicas no bico do animal por esta substância fermentar com muita facilidade. Recomenda-se alimentação industrial própria e não a famosa mistura de água e açúcar ou mesmo água e mel.

Beija-Flor-Cinza (Aphantochroa cirrochloris) em bebedouro especial

Fino bico

Algumas espécies como o já citado Beija-Flor-de-Garganta-Verde possui natureza muito territorialista, podendo ser agressivo com outras espécies de pássaros e até com beija-flores da mesma espécie. Há casos de apenas um exemplar brigar até ocupar um bebedouro ou mesmo uma árvore inteira por alimento.

Apesar de pequenos são ágeis e inquietos, podendo bater as asas até 70 vezes por segundo. Tal velocidade os garante a habilidade de ficarem parados no ar em pleno vôo.

Para manter tal velocidade, o beija-flor gasta muita energia, por isso alimentam-se cerca de 15 vezes por hora!

Beija-Flor-de-Garganta-Verde (Amazilia fimbriata) com asas quase invisíveis por tamanha velocidade

Graças a ossos curtos e flexíveis podem movimentar as asas em todas as direções e ter outra habilidade incomum: a de voar para trás.

São as menores aves do mundo, tendo a menor espécie (beija-flor-abelha) medindo apenas 5 centímetros e pesando cerca de 6 gramas.

Beija-Flor-de-Garganta-Verde (Amazilia fimbriata) saindo de um bebedouro. Pode-se observar a língua para fora do bico

Porem, nem todos são tão pequenos assim. A maior espécie é o Beija-Flor Cauda-de-Tesoura (Eupetomena macroura) que pode medir até 17 centímetros.

Na época de reprodução as fêmeas passam trabalho, pois sozinhas elas montam o ninho, chocam e cuidam dos filhotes.

Por sorte das fêmeas os Beija-flores colocam apenas 2 ovos por vez.

Os filhotes tornam-se rapidamente independentes. Em média com 4 semanas o filhote está pronto para partir do ninho.

Alguns filhotes recém chegados ao mundo costumam confundir qualquer coisa colorida com alimento (flores), assim aproximando-se de qualquer objeto chamativo.

Beija-Flor-de-Garganta-Verde (Amazilia fimbriata) descançando

Curiosidades
- Existem 322 espécies de Beija-flores, incluindo exemplares negros e de cores totalmente mortas

- No Brasil o Beija-flor também é conhecido pelo nome Colibri

- Por baterem as asas muito rapidamente emitem um zumbido parecido com o de um motor, por causa disso são chamados de Hummingbird em países de língua inglêsa

- Existem espécies até no Alasca!



27 de jun. de 2008

Onze Horas

Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Caryophyllales
Família: Portulacaceae
Gênero: Portulaca
Espécie: grandiflora

Origem: Argentina, Sul do Brasil e Uruguai
julianasphynx.blogspot.com
Uma planta comum nos jardins, muito sensível quando pisoteada e bastante resistente a mudanças climáticas.



Esta planta da família das Portulacáceas recebeu o nome Onze Horas devido ao horário em que suas flores desabrocham.

O desabrochar das flores geralmente ocorre perto do meio dia (onze horas) sob sol forte e a mesma volta a fechar-se a noite.

A Onze Horas (Portulaca grandiflora) pode ser cultivada por sementes ou estaquia (plantando-se ramos). A planta pode alcançar facilmente 20 centímetros. Por ser comprida e possuir caimento pode-se cultiva-la em vasos pendurados como os das samambaias.

Observe que as pétalas e cores das três fotos são diferentes

Os ramos são verdes, porém também podem ser vistos avermelhados.

A planta é anual, isso quer dizer que exige um replantio a cada ano. Se for muito bem cuidada pode resistir até dez anos no mesmo jardim.

É muito utilizada em jardinagem e paisagismo por possuir flores muito coloridas e não necessitar de muitos cuidados resistindo até mesmo a solos secos.



Ela pode ficar florida da primavera até o verão e em alguns casos até mesmo o ano inteiro dependendo da luz solar de onde está localizada.

Atualmente as flores da Onze Horas têm enorme diversidade, podendo ser simples, dobradas, coloridas ou mescladas.
ot.com
Curiosidades
- Ela pode vir a não abrir flores se o dia não estiver suficientemente ensolarado



14 de jun. de 2008

Cervídeos


Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Ordem: Artiodactyla
Família: Cervidae
Gêneros: 17
Espécies: 45
subespécies: aproximadamente 200

São animais ruminantes e que possuem casco com um número par de dedos. Existe uma peculiaridade nesses ruminantes: a presença de galhadas ao invés de cornos.

Seus principais representantes são o alce, a corça, o veado e a rena.

Jovem Cervo Nippon (Cervus nippon)

Os primeiros fósseis de cervídeos foram encontrados na Ásia Central. Estes fósseis possuem aproximadamente trinta milhões de anos e representam animais pequenos, sem chifres e com caninos superiores bastante afiados e desenvolvidos. Os cervídeos vivos mais próximo desta descrição são o Cervo Almiscarado (Moschus sp.) e o Hidrópote (Hydropotes inermis).

Em sua maioria são herbívoros, havendo algumas espécies que não digerem muito bem certos tipos de ervas como os veados. No entanto, as renas alem de se alimentarem com matéria vegetal, também usufruem pequenos pássaros e ovos.

Alce
Foto: www.alaska-in-pictures.com

A relação geralmente é polígama, havendo brigas territoriais constantes entre os machos que formam grupos com várias fêmeas.

Pode-se observar dimorfismo sexual entre as espécies, pois, ao contrário das fêmeas, o macho possui chifres ou galhadas.

A Rena Rangifer tarandus é uma exceção nesse meio. Nesta espécie tanto os machos quanto as fêmeas possuem galhadas, sendo mais elaboradas nos machos.

Rebanho de renas
Foto: www.pacificenvironment.org

Outra exceção no caso de galhadas são os Hidrópotes (Hydropotes inermis) que simplesmente não as possuem! Em compensação os machos possuem caninos superiores muito afiados e visíveis.

Os chifres nos machos servem não apenas como uma “arma de guerra”, mas também como atrativo para as fêmeas e facilita ao cavar a neve em busca de alimento.

Veado macho cercado de fêmeas: orgulho de ser galhudo!

A maioria dos filhotes possui manchas brancas na pelagem (lembram do Bambi?) que se perdem logo após a primeira muda de pelos... E agora vem mais uma excessão: os cervos Nippon não perdem essas manchas na vida adulta.

Casal adulto de cervos Nippon (Cervus nippon)

Por falar em Bambi... O mercado explora muito bem personagens cervídeos. Além do veado atualmente o alce Tyrone (esse desenho é chato demais!), sem falar nas 9 renas do Papai Noel onde destaca-se a famosa rena do nariz vermelho Rudolph.

Bambi, Rudolph e Tyrone
Fotos: www.mundopalestra.wordpress.com www.euromilhoes.com www.nickjr.com

Li uma coisa louca no site Wikipedia e até tirei uma “foto” para guardar caso algum dia retirem:

"As renas do Papai Noel são as únicas renas do mundo que sabem voar" (Wikipedia)

Clique na figura acima caso não tenha acreditado

Durante muitos anos o homem tirou proveito dos cervídeos de inúmeras formas: transporte em trenós (lembrando que o único voador é o do Papai Noel hehehe), caça esportiva (idiotice!), alimentação, vestimentas...

A carne de alguns cervídeos foi tão apreciada que algumas espécies quase desapareceram! Hoje elas estão na lista de espécies ameaçadas de extinção.

Falei dos ataques de renas na Noruega? Pois é, na Noruega Suécia e Finlândia existem apenas renas introduzidas pelo homem!

Nesta foto o Rudolf estava de férias...
Foto: www.ecocervos.blogs.sapo.pt

Os veados estão distribuídos pelo mundo todo, mas na Austrália sofrem a mesma situação das renas citadas anteriormente. Como foram introduzidos na época de colonização, algumas espécies adaptaram-se e estão em estado selvagem (mas não quer dizer que sejam nativas!!).

Família de veados

O maior cervídeo conhecido é o Alce (Alces alces), podendo chegar a 2 metros de altura e 500 quilos!

Em alguns lugares, como na Noruega, é comum ser atacado por um animal deste tamanho!

Acredito que o Pudu (Pudu pudu) seja o menor cervídeo conhecido, mas rola por ai uma história de que foi encontrado em 1997 um Muntiacus putaoensis com 45cm de altura.

Para todos os casos: o corço é o menor cervídeo europeu!

O pequeno Corço
Foto: www.geotur.pt

Curiosidades
- Apesar de seu tamanho, o alce é um bom nadador

- As renas também são conhecidas pelo nome Caribou no norte da América

- Não é só em enfeite de Natal que encontramos renas brancas. Existem renas de tons castanhos, acinzentadas e brancas!

Uma rena branca. Não é Photoshop, nem excesso de neve e muito menos enfeite de shopping
Foto: www.gettyimages.com

- As galhadas das renas caem e crescem novamente todos os anos

- No Brasil o corso também é conhecido como a corsa (não importa o sexo, é o nome que muda mesmo)

- O desenho Bambi foi cuidadosamente bem feito. Sempre o recomendo quando alguém tem interesse em aprender sobre cervos

- As renas vivem em áreas de grandes altitudes e frio intenso. Migram todo o ano em busca de comida. Os Lapões vivem entre rebanhos de renas e acostumaram-se a depender delas, logo, optaram por migrar também tornando-se um povo nômade

26 de abr. de 2008

Quase 5 semanas sem internet...

Não gosto de fazer postagens sem fotografias. Mas nessas 5 semanas aconteceram coisas medonhas com o meu computador ao ponto de eu ter comprado um novo.

Ainda não consigo acessar meu HD antigo e por este motivo não tenho nenhuma nova fotografia para colocar. Pelo mesmo motivo preferi não escrever nada com nada, pois escrever sobre alguma coisa e não ter como ilustrar é tão tediante quanto ler o dicionário antes de dormir.

Alguma coisa estranha aconteceu no meu contador com mapa. Lembro muito bem que ele já estava minado de bolinha de visitas pelo mundo todo e agora tenho apenas uma ou outra por ai. Ele zerou do nada e não entendo por que. Quando meu HD voltar à vida removerei este contador, pois me parece um recurso pouco confiável.

Foi bom enquanto durou. Ví que haviam muitas visitas de Portugal e várias regiões o Brasil e mundo. Uma pena ter acontecido essa coisa maluca com ele agora...

Peguei em um arquivo antigo do Blog a imagem de como estava o mapa no dia 23/03/07 (claro que era para estar bem mais cheio agora) e de como ele apareceu para mim hoje:

23/03/07
julianasphynx.blogspot.com

Misteriosamente vazio (26/04/08)

A resolução ruim na figura é por que ainda não instalei programas melhores que o paint aqui.

Manterei a postagem anterior na home até que eu atualize novamente para não ficar tão "vazio".

Agora é esperar a boa vontade do HD...

16 de mar. de 2008

Dias turbulentos e Photoshopados...

Dias turbulentos demais!

Não esqueci o Blog, mas com dias cada vez mais turbulentos menos assunto me vinha em mente para postar.

Queria agradecer as pessoas que neste endereço esbarraram e comentaram nas postagens mais antigas. Não sei como os links Pimenta e Periquito Australiano correram por ai, mas pude ver que o acesso lá cresceu assim como os comentários. Agradeço tambem aos "gajos" de Portugal que andaram aparecendo e recomendo a estes que também visitem o Blog do Farias.

Agora que as coisas estão "acalmando" me esforçarei para atualizar pelo menos uma vez por semana.

No meio de tantos problemas tenho pelo menos uma notícia boa: é quase de certeza que farei Biologia no segundo semestre. A faculdade não apresenta um curso muito aprofundado (achei até muito fraco e superficial), mas pelo menos serei licenciada no que sempre quis.

Agora estou listando os assuntos que vou escrever em breve e por enquanto deixo algumas fotografias grafias aqui... Enchendo linguiça! (Sou sincera mesmo).

Como gostei dos resultado acho que não custa nada dividir com ninguém. Não é a primeira vez que faço uma postagem para figuras "Photoshopadas" (editadas no Adobe Photoshop).

A primeira foi batida pelo meu pai.

Fotografia original: mal iluminada, torta, muro sujo, excesso de calçada e fio de luz aparecendo. Créditos da foto ao meu pai (fazer o que né!).

Fotografia original

Após alguns retoques... melhor enquadrada, mais iluminada, casa em primeiro plano (não mais escura), fio de luz ausente, céu claro, muro limpo, excesso de calçada removido e cores realçadas

Resultado "Photoshopado"

O segundo caso foi um pouco diferente. A fotografia estava muito boa, porém quis praticar em cima dela:

Fotografia original

A primeira variação: dá a impressão que a figura está "escorrendo". As cores ficaram mais vivas e olhando distraidamente parece uma pintura. Quem não viu anteriormente nem imagina que era uma fotografia comum. Recomendo clicar na figura para ampliar os detalhes.

Primeira variação

Após "alguns" retoques a mão e trocentos filtros cheguei a um segundo resultado:

Segundo resultado

O segundo resultado passou ainda mais longe da figura original e apresenta uma espécie de textura de sensação sólida.

Sei que não foram transformações surpreendentes, mas para quem quis encher lingüiça e dizer que não morreu a postagem ficou "passável" =)

Estou me organizando para postar mais vezes em menos tempo. Em breve estarei de volta!

13 de fev. de 2008

Ema

Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Struthioniformes
Família: Rheidae
Gênero: Rhea
Espécie: americana

Ambiente Natural: Argentina, Brasil, Uruguai e Paraguai


A ema é uma ave que vive em regiões de campos abertos e Cerrado. No Brasil ocorre nos Estados de Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Estando quase extinta no Rio Grande do Sul.

É considerada a maior ave das Américas, chegando a medir 2m de comprimento, 1metro e 60 de altura (com postura esticada pode chegar a 1,80), um metro e meio de envergadura e 36 quilos.

Tem pernas longas e fortes, possuindo três dedos em cada pé.

Apesar das grandes asas pertence ao grupo das aves não-voadoras (ratitas), porém é uma excelente corredora, chegando a quase 60km/h.

Suas asas auxiliam no equilíbrio e direcionamento da ave durante uma corrida.

A ema perde em dois quesitos para a avestruz: como maior ave viva do mundo e como ave mais rápida do mundo, já que a primeira alcança a velocidade aproximada de 80km/h e possui 2,70m quando adulto.

Alguns nomes comuns para esse animal no Brasil:
- Avestruz Sul-Americano
- Ema
- Nandu
- Nhandú

Bebem pouca água. Sua alimentação é onívora e consiste em capim, sementes, folhas, brotos, frutos, insetos, pequenos roedores, pequenos répteis, moluscos e outros.

Muitas vezes são pegas comendo pequenas pedras para facilitar a digestão dos alimentos ingeridos anteriormente. Por causa disso, é um muito perigoso manter este animal junto à objetos pequenos ou metálicos que possam facilmente ser engolidos (elas engolem tudo que lhes chama a atenção).

Ema macho

Vivem em grupos grandes de em média 30 membros.

Os machos e as fêmeas podem ser facilmente reconhecidos no bando, pois possuem dimorfismo sexual: somente o macho possui a base do pescoço preta, além da fêmea ser um pouco menor e mais leve.

A plumagem varia de cinza à marrom claro.

O acasalamento começa em outubro.

Na época de reprodução, os machos fazem a dança do acasalamento para algumas fêmeas. Essa “dança” consiste em saltos, abrir asas, sacudir pescoços e alguns roncos.

Muitas vezes caem em disputas corporais pela fêmea escolhida.

Mas não é uma fêmea escolhida... E sim um pequeno harém de três a cinco delas...

Após a conquista de suas “esposas”, o macho cava um ninho onde todas as fêmeas dele depositarão os ovos. Após coloca-los, elas são expulsas e consideram-se livres para acasalar novamente com outro macho, enquanto o anterior vai chocar, alimentar e educar os filhotes sozinho.

Um ninho de ema geralmente possui de 15 a 30 avos.

Os ovos são brancos e possuem entre 600 e 700 gramas.

Durante a choca o macho fica extremamente agressivo.

Em torno de 6 semanas as primeiras eminhas aparecem. Geralmente todos os ovos eclodem todos no mesmo dia e os “atrasados” são deixados para trás, servindo de alimento para predadores (lagartos, lobo-guará, felinos e gaviões) ou sendo adotados por outro grupo de emas.

Dois ninhos, cada um com o "papai" chocando. Será que rola conversa de lavadeira?

Os “bebês” possuem penugem amarelada com preto.

Assim que os filhotes nascem, o ovo libera um cheiro forte que atrai insetos. Esses insetos servirão como o primeiro alimento das pequenas emas.

Os filhotes andam agrupados com o pai até terem tamanho o suficiente para se virarem sozinhos.

A maturidade sexual chega em torno de um ano e meio de idade ou dois anos.

A ema é um animal ameaçado de extinção, graças ao desmatamento de seu habitat natural, caças e atropelamentos.

As emas são “inimigas” dos agricultores, pois gostam de alimentar-se de sementes e brotos, porém são “amigas” dos pecuaristas por gostarem de pequenas cobras, carrapatos e moscas na sua dieta.

São facilmente domesticáveis, sendo muitas vezes criadas para consumo humano:
- suas penas são aproveitadas para fantasias de carnaval e espanadores
- a carne é vermelha e comestível
- os ovos são grandes e ricos em proteína
- a pele é resistente e usada para a fabricação de diversos produtos


Além de tudo, a ema produz uma pepsina muito apreciada pela indústria farmacêutica para digestivos.

Curiosidades- As emas têm o costume de encolher-se atrás de moitas e abaixarem a cabeça quando sentem perigo... Mas é lenda essa história de enfiar a cabeça em buracos na terra!!

- Nadam com facilidade, porém a umidade pode matar os filhotes facilmente, já que esta ave não possui proteção impermeável em suas penas.




Os comentários foram desativados:

tenho de 70 a 100 visitantes por dia e quase nenhum comentário nas postagens, apenas no meu e-mail. 

Acabei achando a sessão inútil de manter. Contato: JulianaOdeiaCafe@gmail.com