25 de mar. de 2010

Flor-de-Outubro

Reino: Plantae
Família: Cactaceae
Ordem: Caryophyllales
Gênero: Rhipsalidopsis
Espécie: Rhipsalidopsis gaertneri



Das mais de 2.500 variedades de cactos esta chama muita atenção, não só por ser comum a muitos lares brasileiros, mas também pela sua beleza e facilidade de cultivo.

Esta bela espécie é conhecida como Flor-de-Outubro no Brasil e como Cacto-da-Páscoa em Portugal devido a época de sua floração.



Muitas pessoas estranham o fato dela ser um cacto, pois é bastante resistente e apresenta muitas flores que variam de rosa a vermelho, havendo também colorações diversificadas, porém mais raras, devido ao seu intenso comércio.

É nativa da América do Sul, encontrada em áreas quentes do cerrado.

Esta planta é bastante confundida com a Flor-de-Maio (Schlumbergera truncata), porém, se olhar principalmente para suas flores percebe-se a diferença na mesma hora:

Flor-de-maio
foto: http://obotanicoaprendiznaterradosespantos.blogspot.com

Flor-de-Outubro

A Flor-de-Outubro possui formato de estrela, enquanto a Flor-de-Maio é muito mais comprida e apresenta mais pétalas.

Quando sem flores, percebe-se diferenças no caule de ambas: o da Flor-de-Outubro é mais achatado e suculento.

A floração ocorre no mês de outubro. As flores aparecem no final de cada caule, exatamente na sua extremidade. São simples e apresentam formato de estrela, variando de 3 a 4 centímetros de diâmetro.

Variedade branca
Foto: http://www.botanica.uk.net/cacti.htm

Esta planta exige alguns cuidados especiais bastante simples: regas moderadas e meia sombra. A Flor-de-Outubro não tolera o sol direto em suas folhas e nem ser encharcada, porem necessita de boa rega.

É muito comercializada para decoração de ambientes por ser uma planta que desenvolve-se facilmente em meia sombra.




18 de mar. de 2010

Fortaleza de São José da Ponta Grossa

Ando extremamemente sem tempo de postar no blog. Vou aproveitar e colocar este texto já antigo que eu havia apenas salvo como rascunho. As atualizações agora devem demorar mais tempo para ocorrer. Obrigada a todos os visitantes e "comentantes". Estreando o menu lugares, deixo aqui um belo lugar que deve ser conhecido pelos moradores do Sul do Brasil. Espero que gostem!

Localizada ao Norte da Ilha de Santa Catarina, a Fortaleza de São José da Ponta Grossa chama a atenção de seus visitantes, não somente pela beleza muito visível, mas também por sua grandiosidade e conservação.

Localização: Praia do Forte - SC
Coordenadas: 27°25'49.58"S 48°31'6.68"O



Foi construída na encosta do Morro da Ponta Grossa na Praia do Forte.

É a única fortaleza do conjunto das três que pode ser acessada por terra através das pontes que ligam o continente de Florianópolis até a ilha de Santa Catarina.

Vista aérea do programa Google Earth

As fontes sobre sua data de construção são divergentes. Algumas afirmam que teve início em 1739 e terminada em 1745 e outras que seu início foi em agosto de 1740 e término em 1744.



Sabe-se que foi projetada pelo brigadeiro José da Silva Pais, e, que sua capela foi a última parte a ser erguida.

Esta fortaleza constitui um dos três vértices de um conjunto de fortificações catarinenses, o chamado triângulo de fogo.

O triângulo de fogo constitui-se das fortalezas de Santo Antônio (localizada na Ilha de Ratones Grande), Santa Cruz (na Ilha de Anhatomirim) e São José da Ponta Grossa (na Praia do Forte).



Apesar das imensas muralhas, sua construção é harmoniosa com a natureza, circulada de um grande verde e de frente para o mar.

Possui armamentos vindos da Bahia e Inglaterra, muitos anteriores ao século XVII.



Originalmente possuía um grande arsenal composto por trinta e uma peças de artilharia: cinco de bronze, sendo quatro de calibre 12 e uma de 8, e vinte e seis peças de ferro, sendo nove de calibre 24, duas de 18, seis de 12, seis de 8, uma de 4 e duas de 2.

Sua grande marca é uma bateria de canhões virada para o mar.



Atualmente a Fortaleza é tombada como patrimônio histórico e artístico nacional. Foi restaurada e aberta para o público.

Na época em que fui (2008) o ingresso estava 4 reais o inteiro e 2 para estudantes.

Além de todo o forte devidamente bem cuidado, ainda há como atrativo uma exposição com peças da época: louça, roupas, armamentos, painéis fotográficos, rendas de bilro... Quase todos originais encontrados em escavações no local.




13 de mar. de 2010

Garça Azul

Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Ciconiiformes
Família: Ardeidae
Género: Egretta
Espécie: Egretta caerulea

Ocorrência:
Sul do Estados Unidos, Uruguai, Colômbia e Brasil



A Garça Azul ainda é por muitos habitantes de áreas longe do litoral um animal desconhecido.

É dificilmente notada por muitas pessoas, pois camufla-se com perfeição frente às pedras das praias.

Habita os litorais e lamaçais de diversos países do continente americano. É a garça mais bem adaptada para viver em lamaçais de vazante.

Alcança em média 52 centímetros de altura. Possui penas azuis acinzentadas, cabeça e pescoço violeta, bico azulado e dedos negros. Na minha opinião é uma das mais belas aves do litoral.



Apesar da cor azul acinzentada, também é conhecida pelo nome de Garça-Cinzenta.

Costumam descansar em bandos nas árvores e fazer ninhos também em meio a grupos de outras garças.

Alimentam-se de pequenos moluscos, vermes, crustáceos e peixes.

Passam vários minutos imóveis olhando para a água em busca de alimento.

Na época de reprodução, fazem ninhos de gravetos amontoadas e soltos, geralmente em topos de árvores ou em moitas.

Garça Azul alimentando-se

No ninho, a fêmea coloca cerca de três a seis ovos.

Durante algumas semanas os filhotes ganham comida dos pais. Após aprenderam a voar ficam independentes e começam a procurar alimento sozinhos.

Curiosamente, garças azuis de origami tornaram-se símbolo de paz e esperança na Segunda Guerra Mundial e no Extremo Oriente são consideradas pássaros da felicidade.




9 de mar. de 2010

A Inclusão do Aluno Autista na Escola Comum

Por ser uma postagem muito grande, para facilitar a leitura foi dividida nos seguintes tópicos:
j
- O que é autismo infantil?
- Autismo na escola regular
- O encaminhamento da maneira correta
- Resultados

Basta clicar para ver os textos

8 de mar. de 2010

Resultados

Tópicos anteriores sobre autismo na escola comum:
- O que é autismo infantil
- Autismo na escola regular
- O encaminhamento da maneira correta
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A experiência de passar pelo ensino “normal” pode resultar em algo positivo ou não, dependendo do grau de autismo da criança e de outros fatores exteriores já citados.

Foto: http://raulmarinhog.wordpress.com

Durante a infância, as crianças com autismo podem alcançar seus colegas de classe, porém, apresentando lentidão. De acordo com o site Indianópolis (2009) “87% das crianças com deficiência mental ou autismo só serão um pouco mais lentas do que a maioria das outras crianças na aprendizagem e aquisição de novas competências”. Mesmo assim, com todo o esforço, muitas delas não conseguem acompanhar a turma convencional e desenvolvem sintomas de ansiedade e regressão no desenvolvimento.

Terri Mauro (2009) do site About.com: Special Needs Children (que aborda a temática de crianças especiais) afirma em um pequeno “manual” para pais de crianças com autismo que: “children and adults with autism can live and work in the community” (crianças e adultos com autismo podem viver e trabalhar na comunidade). Com base em tal afirmação, nada mais justo que coloca-la desde cedo na sociedade dentro de uma escola com crianças ditas como “normais”. A criança que é tratada em escola normal aprende a conviver mais cedo em sociedade.

Foto: http://cartaolaranja.blogspot.com

A experiência de conviver em uma sala de aula convencional não preparada pode ser muito traumática como já citados alguns exemplos. No lugar de melhorar e trazer a criança autista mais próxima a socialização o resultado pode ser o inverso.

Aquilo que parecia ser um “remédio” para a interação social pode virar um pesadelo. O bullyng (termo americano que se refere ao ato de violência física ou psicológica repetitiva de um estudante ou grupo de estudantes metidos a valentões a um outro grupo de estudantes ou estudante-alvo) torna-se o um dos maiores inimigos do autista perseguido por suas diferenças comportamentais.

Muitas escolas se negam a ver o problema e acabam por ignora-lo, o que acarreta sérios problemas para as crianças que foram alvos da prática. O site especializado no tema também chamado Bullyng (2009), apresenta as conseqüências que essas crianças vitimas das agressões levarão para a vida adulta: “as crianças que sofrem bullyng, dependendo de suas características individuais e de suas relações com os meios em que vivem, em especial as famílias, poderão não superar, parcial ou totalmente, os traumas sofridos na escola. Poderão crescer com sentimentos negativos, especialmente com baixa auto-estima, tornando-se adultos com sérios problemas de relacionamento”.

A criança autista pode e deve conviver em sociedade para sua própria autoestima e independência. Para que o resultado seja concreto e preciso todos a sua volta devem ser conscientizados e colaborar harmoniosamente.

A educação vem de casa. Não somente para as crianças “especiais”, mas também para aqueles que querem ser especiais ao serem admirados por saberem respeitar e conviver com a diversidade natural do ser humano, onde nem todos nascem livres de serem minorias.

Quando bem administrado, o período na escola regular pode trazer inúmeros benefícios pelas trocas de experiência e convívio na vida de qualquer criança. Seja ela autista ou não.

4 de mar. de 2010

O encaminhamento da maneira correta

Tópicos anteriores sobre autismo na escola comum:
- O que é autismo infantil
- Autismo na escola regular
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O site Landesbildungsserver Baden-Württemberg (2009) dispõe no endereço http://www.schule-bw.de/schularten/sonderschulen/autismus a primeira parte de uma interessante cartilha intitulada “Handreichung zur schulischen Förderung von Kindern und Jugendlichen mit autistischen Verhaltensweisen” (Orientações para apoio escolar de crianças e adolescentes com autismo). A cartilha não somente aborda técnicas para os profissionais como também destaca a importância da família no aprendizado e inclusão de seus filhos, citando claramente: “Solche Beiträge sollen daher von den jeweiligen Partnern selbst verfasst oder zumindest mit diesen abgestimmt werden” (Essas instruções devem ser seguidas com os respectivos parceiros (pais) ou pelo menos coordenadas com eles).

O papel dos pais é muito importante. Em primeiro lugar devem conhecer o autismo para depois sim aborda-lo.

Os pais devem ter sempre em mente a idade real de seu filho quando lhe atribuir atividades dentro de sua competência cronológica. O autista deve ser estimulado a ser independente com tarefas rotineiras como trocar de roupa e tomar banho sozinho, colocar um número específico de talheres na mesa ou mesmo arrumar a cama. Deve executar tarefas para que se sinta estimulado e introduzido no meio que para ele pode aparentar ser estranho.

É muito importante aplicar o que ele aprende na escola em casa e sempre o elogiar quando executar uma tarefa e o ajudar ao sentir dificuldade na mesma.

Para melhor convívio social, a criança deve ser estimulada a participar de atividades sociais como grupos de escoteiros ou esportes coletivos, sempre visando a aptidão e interesse da mesma.

Para melhor entendimento, os pais nunca devem faltar as reuniões de escola e sempre ler e manter-se atualizados sobre a patologia.

Foto: http://yogamatosinhos.blogspot.com

O professor deve estar avisado de que receberá um aluno autista em sua classe e informar-se sobre a patologia para poder aborda-la.

É importante que as potencialidades do aluno sejam reconhecidas e também que suas dificuldades sejam trabalhadas de perto para que ele consiga acompanhar o restante da turma.

Para facilitar as coisas, não se deve limitar-se a dar explicações somente verbais e sim ser o mais concreto possível, utilizando desenhos e imagens. Para as demais tarefas, fraciona-las e mostrar passo a passo de sua resolução facilita o entendimento. Dividir as tarefas a fim de explica-las o mais claramente possível e deixar que o aluno acompanhe participando de sua resolução é uma maneira menos “invasiva” para alguém que, muitas vezes, pode apresentar desinteresse pelo aprendizado.

Assim como os pais devem fazer, o professor tem que incentivar o aluno a trabalhar em grupo e outras tarefas socializadas.
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Autistas não gostam de sair das rotinas. Para que o aluno autista sinta-se “em casa”, o ritmo das aulas deve seguir um padrão e caso haja alguma mudança neste padrão (alguma atividade muito diferente, por exemplo), informar aos pais para que a mudança possa ser trabalhada com antecedência.

É indispensável a comunicação entre o professor ou a instituição de ensino e os pais do aluno para que o desenvolvimento do mesmo seja acompanhado.

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Próximos sobre autismo na escola comum:
- Resultados

1 de mar. de 2010

3 anos!

Três anos do blog e primeiro dia de aula ao mesmo tempo.

Eu tinha que fazer uma postagem somente falando isso!!
=D

Agradeço ao povo que comentou, leu, mandou e-mail, seguiu, perguntou, espirrou, pesquisou e qualquer outra coisa aqui no blog durante este tempo!

Daqui para frente o tempo será mais corrido, mas continuarei atualizando

\o/

Os comentários foram desativados:

tenho de 70 a 100 visitantes por dia e quase nenhum comentário nas postagens, apenas no meu e-mail. 

Acabei achando a sessão inútil de manter. Contato: JulianaOdeiaCafe@gmail.com