31 de mar. de 2021

Herpetotheres cachinnans: Acauã

" Em algumas regiões é considerado uma ave de mau-agouro, pela esdrúxula interpretação de seu canto como “Deus-chamou” ou “Deus quer um”, indicando que a morte estaria próxima de vir a quem o escuta.
Seu canto dá origem ao seu nome “acauã” e é repetido seguidamente durante alguns segundos. No folclore amazonense, diz-se que os gritos do acauã prenunciam a chegada de forasteiros. Já na região do Espinhaço, em Minas Gerais, prenunciam a morte de um conhecido. [...] 

Seu nome científico significa: do (grego) herpeton = cobra, serpente, réptil; e _thëras = caçador; e do (latim) cachinnans, cahinnare = gargalhando, gargalhar, que gargalha. ⇒ Caçador de serpentes que gargalha." (Wikiaves, 2021)




27 de mar. de 2021

Harpia harpyja: Hárpia, Gavião-real, uiruuetê

"Embora não seja a maior das aves predadoras do planeta, é tida como a mais forte. Possui bico potente e suas garras são maiores que as do urso pardo americano, suas pernas têm a grossura de um punho de um homem adulto. [...] 

Seu nome científico significa: do (latim) harpë = ave de rapina, provavelmente uma ave mítica, harpuiai harpias que era metade abutre e metade mulher. ⇒ Harpia - ave de rapina. Este nome na concepção original Vultur harpyja (Linaeus, 1758) é o segundo nome criado na nomenclatura aviária." (Wikiaves, 2021)

Fonte: http://www.avesderapinabrasil.com/harpia_harpyja.htm



25 de mar. de 2021

Ubuntu

 Agora a última das aves que me marcou bastante: Ubuntu. Queria contar sobre todas as aves que já cuidei e devolvi para a vida livre, mas isso faria com que eu dedicasse meu blog todo a isso.


UBUNTU 
Anilha: Amarela (pé direito).
Encontrado: 12/01/14 no Kobrasol, caminhando sozinha no meio do asfalto e na chuva por volta das 18 horas. 
Observações: Encontrada muito suja. Já come sozinha, porém, ainda emite vocalização de filhote. Retribui todo o carinho que recebe. Pela pélvis, parece ser fêmea (confirmado mais tarde com os machos que a cortejaram).

Pode não parecer muito aos que não estão familiarizados, mas o animal acima é um filhote de pombo-doméstico (Columba livia).


Esse bichinho tem uma história toda engraçada: eu e o Victor o encontramos atravessando a rua certinho na faixa de pedestres. O bicho era tão feio e estranho que logo o Victor perguntou se era um filhote de abutre! Por perceber que era um filhotinho perdido eu logo fui tentar pegar, mas ele entrou no terreno de uma casa e foi para baixo do carro na garagem.



Levemente cara-de-pau eu toquei a campainha e expliquei a situação, a pessoa da casa me deixou pegar o filhote que estava na garagem e até me arrumou uma vassoura para facilitar. Começou estranho, certo? Agora piora...

Minha mãe sempre teve muito preconceito contra pombos por causa da fama que eles tem de transmitirem doenças e eu tinha certeza que não deixaria eu entrar em casa com ele (e na época eu ainda morava com ela). Dei um banho no bicho com shampu de bebe, tirei as pulgas e fui tentando de toda a forma fazer ela aceitar e, de alguma forma bem imprevisível e sofrida, ela aceitou!

Fiz um "galinheiro" improvisado na casa para ir criando essa pequena ave. Com o tempo o bicho ficou bem a vontade e pulava fora da cerca, andava por todo o quintal, dormia na brita, dormia com minha cachorra e perseguia minha mãe! As duas ficaram amigas!


Com o tempo ela aprendeu a voar, subia no telhado e passava um tempo fora. Atraiu alguns pombos machos para cortejá-la e foi embora. Acredito que essa pombinha tenha ido morar numa igreja próxima de casa que vivia cheia de outros pombos.




23 de mar. de 2021

Guaruba guarouba: Ararajuba, guaruba, guarajuba

"Guaruba e ararajuba derivam do tupi: guará = pássaro, yuba = amarelo; ou arara = aumentativo de ará (papagaio)/papagaio grande, yuba = amarelo. No final do século XVI foi mencionada por Fernão Cardin, na Bahia, como uma ave muito valiosa comercialmente, equivalente ao preço de dois escravos. [...] 

Seu nome científico significa: do (tupi) guarajúba = pássaro amarelado; guará = vermelho e jubá = amarelo; e guarouba = sinônimo de guarajuba e de guaruba. ⇒ Pássaro amarelo." (Wikiaves, 2021)




22 de mar. de 2021

Luke, Leia e Xurumin

 Fui "mãe" de três uma vez só!


Vamos por partes apresentando...

LEIA 
Anilha: branca (pé direito) 
Encontrada: 29 de outubro de 2013. Praça de São José, as 17:30, junto de seu irmão Luke 
Soltura: Primeira tentativa (falha): 08 de novembro as 13:30 no comedouro. Caiu no chão e começou a correr, não sabia voar ainda. 
Segunda tentativa (falha): 20 de novembro de 2013 por volta das 13 horas. Tomou banho, comeu no comedouro, andou solta pelo quintal, chamou muito pelo irmão Luke e teve de ser recolhida novamente por ter começado um temporal. Ainda não sabia voar, mas acreditava que o Luke a ensinaria. 
Terceira tentativa:14/07/14 as 15:10, Leia voou bem alto e foi viver sua vida livre =) 
Observações: Encontrado junto do irmão. Ambos foram cuidados por um casal local, alimentando-os com insetos, minhocas, lagartixas, banana e ração para sabiá e cachorro. Debilitada e muito mansa, não voa e nem se alimenta sozinha. Alimentou-se quando os pais adotivos trouxeram alimento, porem, continuou bastante mansa.


LUKE
Anilha: preta (pé direito) Espécie: 
Encontrado: 29 de outubro de 2013. Praça de São José, as 17:30, junto de sua irmã Leia 
Soltura: 08 de novembro as 13:40 no comedouro. Tomou banho antes de ir embora (vai entender!) Observações: Encontrado junto da irmã. Ambos foram cuidados por um casal local, alimentando-os com insetos, minhocas, lagartixas, banana e ração para sabiá e cachorro. Bastante forte e esperto desde o primeiro dia, porém não voa e nem se alimenta sozinho. A fêmea do casal deixou um filhote a mais para que fossem todos cuidados juntos (os dois de agora e mais um). Maior que a irmã.


XURUMIN 
Anilha: Amarela (pé direito). 
Encontrado: 30 de outubro de 2013. Quintal de Casa (São José), por volta das 13 horas. 
Solto: 13 de novembro de 2013 perto do meio-dia e por conta própria (existe essa possibilidade no meu lar temporário já que não ficam presos). 
Observações: Filhote deixado aqui pela mãe que decidiu cuidar de três ao mesmo tempo (dois que eu já cuidava e o dela). Ainda não possui penas de voo, porém está forte e esperto. A mãe o alimenta com insetos, minhocas, lagartixas, banana e ração para sabiá e cachorro. Menor que os dois encontrados anteriormente


Todos os dias eu acordava as 5 da manhã para os colocar no quintal e alimentar. No começo eles ficavam numa gaiola para segurança própria (onde eu morava era lotado de predadores).  


A parte engraçada é que a mãe do Xurumin encontrou minha gaiolinha com o Luke e a Leia, então ela levou o próprio filho e deixou ali com eles para poder alimentar os três. Não sei se ela era mãe dos outros dois também, mas foi isso que os deixou super saudáveis! Fiz o alargamento das barras para que os pais adotivos possam alimentar os filhotes com tranquilidade junto de mim. Fomos três alimentando três!


O casal vinha todos os dias trazendo comida para eles. As vezes coisas bem nojentas! Lembro bem do dia em que um deles jogou um filhote já barrigudinho de sabiá para os bem-te-vi comerem... Arrrgh! Mas faz parte da alimentação natural deles.


Passei a deixar comida para os pais em cima da gaiola, assim eles ficariam mais fortes, os filhotes aprenderiam a comer sozinhos e também poderiam usar da mesma comida para alimentar os "trigêmeos".


De tempos em tempos eu examinava as asas deles para saber se já poderiam treinar voo. Sempre com muito cuidado e carinho, era meu momento com eles, pois no demais eu evitava ficar por perto para não acostumarem com humanos.


Foi impossível não se apegar (de ambos os lados). Apesar de ter salvo dezenas de aves esses três me marcaram muito.

Xurumin foi o primeiro a ir embora mesmo aparentando ser o mais novo. Ele simplesmente decidiu ir embora um dia e foi! Depois voltava para comer e sentar na gaiola onde estavam os irmãos.


O Luke quando foi solto aproveitou para tomar um loooooooooooooongo banho antes de sair voando:



Assim como outras aves que cuidei ele também voltava diariamente para tomar água, banho e alimentar-se no comedouro.


A última a ir embora foi também quem nunca mais me deixou: Leia. Ela ficou quase um ano comigo por não conseguir voar, insistir em dormir em cima da gaiola a noite


Leia passava o dia todo no comedouro recebendo outras aves, comendo e tomando banho. A noite dormia do lado de fora da gaiola em cima dela e assim nunca ia embora. Eu queria que ela fosse independente.




Ela ficava também pelas árvores do quintal, vasos de planta, brita... Sem o menor interesse de ir embora.




As vezes ela até encontrava os irmãos no comedouro (que estavam frequentando cada vez menos). Aqui ela está com o Luke:


Um belo dia um macho a levou e ela voltou com filhotes! Ao todo teve quase 10 nesses anos solta e sempre os trazia na nossa casa.





Depois que eu me mudei, minha mãe e meu irmão observaram a Leia aparecer algumas batendo na janela de onde ficava meu quarto.

E por vááários dias diferentes ela voltou sempre e todo o ano com 2 a 3 novos filhotes.










E eu senti que fiz a diferença.

Os comentários foram desativados:

tenho de 70 a 100 visitantes por dia e quase nenhum comentário nas postagens, apenas no meu e-mail. 

Acabei achando a sessão inútil de manter. Contato: JulianaOdeiaCafe@gmail.com