25 de jun. de 2010

A importância do ensino da História em sala de aula

Esta pesquisa contará com a entrevista do ilustre professor na área (Vilson Francisco de Farias) dando ênfase na importância do ensino da História nas escolas. Podendo-se dizer que a História é trabalhada e não somente ensinada em sala de aula.

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Capítulos:
- O significado do ensino da história em sala de aula

- História antiga

- Colocação prática:
evitando futuros problemas,
amenizando a discriminação
entendendo a cultura


- Valor pessoal para o professor de História


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Referências:

BENSI, Rafael. Web Artigos: O ensino de história, neoliberalismo e cidadania . Acesso em: 12 mar. 2010

FARIAS, Vilson Francisco de. Entrevista pessoal, 10 de março de 2010.

FERNANDES, José Ricardo Oriá. Scielo: Ensino de História e diversidade cultural: desafios e possibilidades . Acesso em: 12 mar. 2010

FLORENTINO, Manolo. Revista de História da Biblioteca Nacional: Sensibilidade inglesa. Rio de Janeiro, p. 17 - '7, 01 maio 2008.

NARLOCH, Leandro. Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil. 1.ed. São Paulo: Editora Leya, 2009. pg 82-83

PEREIRA, Ana Maria. UOL Aprendiz: O ensino da História como responsabilidade social . Acesso em: 12 mar. 2010

Mundo Vestibular: Importância da História . Acesso em: 12 mar.

Talk im Max: Mehr Kultur im Klassenzimmer! . Acesso em: 13 mar.

Электронная библиотека: Введение к работе . Acesso em: 13 mar.

17 de jun. de 2010

Valor pessoal para o professor de História

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Capítulos anteriores:
- O significado do ensino da história em sala de aula
- História antiga
- Colocação prática
- evitando futuros problemas
- amenizando a discriminação
- entendendo a cultura
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Encerro a entrevista perguntando qual a grande lição que o ensino de História rendeu a meu entrevistado nesses anos como professor e obtenho respostas muito positivas, entre elas: “que a humanidade realmente rompeu com as barreiras da animalidade corriqueira para transforma-se na grande transformadora do ecossistema terrestre, com reflexão sobre os demais seres vivos”, “que nesta caminhada no tempo e no espaço, produziu maravilhas tecnológicas que viabilizaram a supremacia da espécie humana sobre as demais” e que “a par das imensas conquistas realizadas em todos os campos do ‘saber ser e do saber fazer’ continua o ser humano selvagem em seus objetivos, aplicando a força de suas idéias e poder de mando para impor seu domínio, desde o pequeno grupo até a escala multinacional”.

Encerrando a entrevista, ficou o alerta para futuros e atuais professores historiadores que “a história é a expressão das conquistas humanas no tempo e no espaço, que deve ser observada como uma grande fonte de inspiração, sem esquecer que os chamados exemplos históricos devem ser vistos com reserva, pois as mentalidades de cada época são específicas, não se aplicando ao pé da letra a mentalidade atual”.

foto: fotos.imagensporfavor.com

Não podemos deixar perder-se a importância, ou muitas importâncias, do ensino da História no decorrer dos anos escolares e de aplica-la ao cotidiano de cada aluno ou mesmo professor.

Foi-se o tempo em que ensinava-se a História em sala de aula como apenas mais uma matéria a ser cumprida. Atualmente o ensino da mesma, destina-se a produções de conhecimento e base para entender a sociedade como um todo. A História fixou sua importância aplicada dentro e fora de sala de aula, servindo para os alunos como base para o entendimento da economia e sociedade, quebrando barreiras como preconceitos étnicos e culturais.

O ensino da História tornou-se essencial para a compreensão do estilo de vida do Homem e do mundo, tornando-se parte indispensável na formação moral e ética do ser.

8 de jun. de 2010

Entendendo a cultura

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Capítulos anteriores:
- O significado do ensino da história em sala de aula
- História antiga
- Colocação prática
- evitando futuros problemas
- amenizando a discriminação
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Assim como a história serve para entendermos o passado de muitos grupos éticos, também podemos compreender melhor a economia do país em que vivemos.

Entender todo o processo de colonização de Santa Catarina ajuda a compreender eixos econômicos e turísticos hoje presentes. O professor Vilson Francisco de Farias (2010), observa esta importância quando diz que “as mentalidades e o ‘saber ser o e saber fazer’ dos diferentes grupos de imigrantes tiveram reflexos regionais, que perpassaram a economia, organização social, permanências culturais que hoje são expressões locais”. De acordo com o professor, a história de Santa Catarina apresenta especificidades resultantes processo de colonização levado a efeito ao longo do território catarinense, com marcas temporais específicas de cada época.


Foto: blog.grupofoco.com.br

Vilson demonstra alguns exemplos práticos no decorrer da entrevista, como “o litoral catarinense marcado pela mentalidade pré-capitalista dos seus colonizadores, que se fixaram na região ainda no século XVIII, que tiveram que enfrentar os rigores da política colonialista de Portugal”, acrescentando que “refletiram ao longo dos séculos uma economia tipicamente de subsistência, com valores socioculturais e morais ligados à igreja”, com base nessa afirmação ele conclui que “hoje em processo de transformação econômica e social mostra uma dinâmica transformadora, marcado pela multiculturalidade, que não se observa em outras regiões do estado, onde as marcas ‘dos colonizadores originais’ são muito fortes, com resistências veladas a multiculturalidade”. Ele ainda compara que “a demais regiões do Estado Catarinense: Oeste, Meio-oeste, Planalto, Norte, Sul, Vale do Itajaí apresentam padrões específicos dos colonizadores, centralizado na mentalidade capitalista, com marcas econômicas, que os identifica com suas origens etnicoculturais”.

foto: enarel2009.blogspot.com

Vilson Francisco de Farias, ainda cita um ponto de vista bastante importante, que “ensinar a história de Santa Catarina mostrando as diferenças regionais, no espaço e no tempo, sem colocar a falsa expressão da ‘raça desenvolvida’, com certeza ajudará a quebrar preconceitos, rompendo barreiras históricas que dificultaram a integração etnicoculturais destes vários povos”. Como diz o site Talk im Max (2009): “kultur ist ein wichtiger Baustein für die individuelle Lebensgestaltung jedes Einzelnen” ( A cultura é um componente essencial para o estilo de vida de cada indivíduo).

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Próximos capítulos:
- Valor pessoal para o professor de História
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2 de jun. de 2010

Amenizando a discriminação

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- O significado do ensino da história em sala de aula
- História antiga
- Colocação prática
- evitando futuros problemas
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Observando a resposta anterior, pergunto a meu entrevistado se acredita que as aulas sobre colonização brasileira ajudam a combater discriminação racial compreendendo as diferenças culturais de nossos imigrantes. Obtive uma resposta com pontos bastante importantes: “as políticas educacionais e culturais refletem a mentalidade e os modismos das comunidades no espaço e no tempo”. Dentro da primeira frase, ele continua com “as atuais políticas educacionais e culturais de desmonte do modelo colonialista, para um modelo de igualdade racional, implica na desconstrução de uma história do vencedor, para refletir uma história participativa”.

Vilson (2010) cita as diferenças raciais quando diz: “a história VIVENCIADA pela população brasileira ao longo dos quinhentos anos da presença do homem branco no Brasil, deve ser apresentada com as marcas de cada época e lugar, para evitar que se crie ‘mártires’ no tempo, para justificar modismos”. Este trecho lembra-me Manolo Florentino (2008) que afirma em seu texto “Sensibilidade inglesa” que tratar os negros como vítimas até hoje “dificulta o processo de identificação social das nossas crianças com aquela figura que está sendo maltratada o tempo todo, ou sempre faminta, maltrapilha”. Não que eu queira colocar esta questão em meu trabalho, mas alguns pontos devem ser destacados, talvez ponto de erro no ensino de tal disciplina. Citarei apenas o fator racial para não deter muitas páginas.

José Ricardo Oriá Fernandes (1993) destaca em sua obra “Ensino de História e diversidade cultural: desafios e possibilidades” disponível no site Scielo que “os livros didáticos, sobretudo os de história, ainda estão permeados por uma concepção positivista da historiografia brasileira, que primou pelo relato dos grandes fatos e feitos dos chamados “heróis nacionais”, geralmente brancos, escamoteando, assim, a participação de outros segmentos sociais no processo histórico do país”. José Ricardo acrescenta que “na maioria deles, despreza-se a participação das minorias étnicas, especialmente índios e negros. Quando aparecem nos didáticos, seja através de textos ou de ilustrações, índios e negros são tratados de forma pejorativa, preconceituosa ou estereotipada”.

Indo de contrapartida, no livro Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil de Leandro Narloch (2009), vemos que “no final do século 18, um terço da classe senhorial era ‘de cor’. Isso acontecia na Bahia, Pernambuco etc”. Narloch cita mais tarde que “não há motivo para ativistas do movimento negro fechar os olhos aos escravos que viram senhores. Ninguém hoje deve ser responsabilizado pelo que os antepassados distantes fizeram séculos atrás”. Cito estes trechos, pois a história deve nos ser ensinada como um todo e não como maiorias ou minorias sociais. Vamos aprender a realidade no lugar da desigualdade?

Foto: dialogospoliticos.wordpress.com

Voltando a entrevista, o historiador Vilson (2010) diz que “a história do Brasil, deve ser ensinada como expressões de épocas, associando-as aos valores sociais-morais atuais, sem proceder o desmonte da história, por vergonha de assumir os “modelos construtivos históricos” que marcaram a sociedade brasileira ao longo dos séculos” e finaliza com “se proceder com isenção e espírito crítico conseguirá o professor promover a reflexão sobre o modelo social brasileiro atual, ajudando o aluno a compreender o quadro presente, sem estimular o sentimento de ‘injustiçado social’”.

Quando bem trabalhado o ensino nas escolas, de acordo com o site Электронная библиотека (2002) o ensino da História desde a juventude favorece a assimilação da “социального, гражданского и культурного опыта, формирования базисных гуманистических ценностей (патриотизм, толерантность, демократия, права человека, равноправие и диалог культур и др.) концентрирует в себе социально-мировоззренческие и ценностные установки” (Experiência social, cívica e cultural, formando uma base de valores humanísticos (patriotismo, tolerância, democracia, direitos humanos, igualdade e diálogo entre culturas e outros), reúne as atitudes e valores sociais).

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- Valor pessoal para o professor de História
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