18 de ago. de 2025

The Shining

    The Shining (“O Iluminado” em português brasileiro) é um clássico do gênero terror escrito por Stephen King e publicado em 1977. Foi o terceiro livro do autor e marcou um ponto de virada em sua carreira, tornando-se seu primeiro best-seller. A história foi influenciada pelas experiências pessoais de King, incluindo suas visitas ao Hotel Stanley, no Colorado, em 1974, que serviu de inspiração para o cenário do romance e sua própria luta contra o alcoolismo serviu para criar os personagens e a atmosfera do livro.

https://en.wikipedia.org/wiki/The_Shining_%28novel%29

 A luta assustadora entre dois mundos. Um menino e o desejo assassino de poderosas forças malignas. Uma família refém do mal. Nesta guerra sem testemunhas, vencerá o mais forte. Danny Torrance não é um menino comum. É capaz de ouvir pensamentos e transportar-se no tempo. Danny é iluminado. Será uma maldição ou uma bênção? A resposta pode estar guardada na imponência assustadora do hotel Overlook. Em O iluminado, quando Jack Torrance consegue o emprego de zelador no velho hotel, todos os problemas da família parecem estar solucionados. Não mais o desemprego e as noites de bebedeiras. Não mais o sofrimento da esposa, Wendy. Tranquilidade e ar puro para o pequeno Danny livrar-se das convulsões que assustam a família. Só que o Overlook não é um hotel comum. O tempo esqueceu-se de enterrar velhos ódios e de cicatrizar antigas feridas, e espíritos malignos ainda residem nos corredores. O hotel é uma chaga aberta de ressentimento e desejo de vingança. É uma sentença de morte. E somente os poderes de Danny podem fazer frente à disseminação do mal (Amazon).

    Esse é mais um livro da época em que os artistas contratados para fazer as capas recebiam o mínimo de instruções. Temos poucas descrições físicas dos personagens: Danny é um menino pequeno para a idade, cabelos loiros acobreados e olhos cinza; Jack é ruivo de olhos azuis e Wendy loira. O suficiente para acertar a capa se quiser.

    Possui prólogo contando a história de construção do hotel, seus moradores mais ilustres e como chegou em todo o caos… Também possui um epílogo com tudo o que aconteceu com os personagens sobreviventes. Coisas que foram cortadas e poucas pessoas devem ter conhecimento desses trechos.

    Acompanhando essa história ficamos sabendo desde o início que Jack é um desequilibrado. Já vem aquela moderna pergunta de sempre: por que Wendy não se separou desse louco dois anos antes dos eventos no hotel quando ele quebrou o braço do filho deles? Ele já tinha demonstrado ser agressivo e descontrolado. Não foi um acidente ou um descontrole perdoável e sim um louco que agrediu fisicamente uma criança de três anos. Não é perdoável. Não é seguro ficar ao lado de alguém assim. No desenvolvimento ficamos sabendo que Wendy realmente ia pedir o divórcio e tudo poderia ter sido melhor assim.

Stanley Hotel que serviu de inspiração para o Hotel Overlook
https://www.oviajante.com/hotel-que-inspirou-o-iluminado-deve-se-tornar-museu-de-terror/

    Então… Criança de três anos, somando dois anos depois: Danny tem apenas cinco anos! Ele é bem pequeno, frágil, chupa o dedo quando está assustado ou distraído e mesmo assim demonstra uma maturidade de pensamento muito a frente de sua idade. Seria por ter o poder de conversar com uma entidade mais velha? Danny parece o mais maduro entre os três personagens principais, mesmo que tenha alguns deslizes para a idade infantil que lhe é atribuída que muitas vezes vira um dualismo sem sentido no personagem. Temos mais algumas coisas sem sentido por aí: os pais se preocupam que o filho vai ficar mais solitário por não estar na escola e então o levam para ficar o inverno todo sozinho em um hotel? Ok, nem eu entendia meus pais.

    A frase que melhor descreve esse livro é: “você pode fugir de um estranho, mas não pode fugir de si mesmo”, que retrata tudo o que se passa com Jack no Overlook. Ele é assim e não foi ficando dessa forma com o passar do tempo (bem diferente do popular filme). O personagem não é alguém que pirou no hotel e sim alguém que já não tinha estrutura mental para assumir esse cargo de isolamento e foi mesmo assim. O grande fundo da história é o alcoolismo de Jack trazendo de volta seu lado violento semelhante ao do seu pai. O livro reforça o tempo todo que Jack é uma pessoa ruim e colocar uma pessoa ruim em isolamento com a família não tinha como dar em algo diferente.  Ele alterna entre realmente ser ruim pelo alcoolismo e estar possuído pelo pai abusivo após beber.

https://citandopalavras.wordpress.com/2015/01/27/hotel-stanley-inspiracao-de-stephen-king-para-o-iluminado/

    Temos sim paranormalidade no hotel, inclusive ele está drenando a energia de Danny e convencendo Jack através de seu alcoolismo a matar o proprio filho para “fazer parte” da energia ruim que ali assombra. A construção quer a energia de um Iluminado e temos pelo menos três outros Iluminados no livro, mas entendemos é que Danny é o de maior energia entre eles.

    Hall tem cabelo, é um dos outros Iluminados, conheceu outros Iluminados, seu nome real é Richard Hallorann e quando faz a brincadeira com Danny que o queria levar para a Flórida era algo sério já que ele tinha certa premonição que tudo ali podia dar errado quando ele fosse embora. E uma coisa bem legal: ele não morre e também fica possuído pelo hotel! Por falar em nomes… Winnifred eh o nome da Wendy!

https://www.ucicinemas.com.br/Home/CinemaHorarios/12526?origem=home

    Possui uma famosa adaptação para os cinemas do diretor Stanley Kubrick lançado em 1980 e que desagradou o autor por quase não ter semelhanças com o livro. 

https://www.imdb.com/pt/title/tt0118460/

    Também ganhou uma minissérie de televisão que pode ser vista como um filme longo e  é um pouco mais fiel à obra original, mas visivelmente feita com bem menos recursos que o filme de Kubrick.

    O livro é sobre violência familiar e as produções ficaram no hotel. Foi um erro mas que deu mais visibilidade e popularidade à essas produções pelo fato do sobrenatural ser bem mais chamativo que o contexto familiar. Também me chamou a atenção que o hotel é sempre descrito como todo azul na sua maioria com alguns detalhes em preto ou branco (muito frio) e nas produções ele foi totalmente alterado para vermelho (cor atribuída a terror e desconforto visual) e outros tons quentes. 

https://rollingstone.com.br/noticia/hotel-de-o-iluminado-esta-aberto-teria-coragem-de-dormir-la/

https://gente.ig.com.br/celebridades/2025-05-05/gemeas-de--o-iluminado--reaparecem-e-emocionam-fas-do-terror.html

    E as famosas gêmeas? Não tem. Machado? Não tem. Triciclo? Não tem. Mexer o dedo no espelho? Não tem. E o quarto 237? É 217. Labirinto de plantas? Não tem. E o cara vestido de cachorro??? Aaaa… Esse devia ter sido bem mais explorado nas adaptações!

https://web.facebook.com/photo.php?fbid=1320872919138718&id=100036480660029&set=gm.9353856284736720&_rdc=1&_rdr#

    Esse livro tem uma sequência publicada intitulada Doctor Sleep, onde Danny tem 30 anos e que também ganhou filme, mas aí é outra história… E que achei bem ruim pelo filme, mas se for como as produções desse livro pode nem ter semelhança.

https://www.amazon.com.br/Doctor-Sleep-Shining-Stephen-2013-09-24/dp/B0182PQMUG

13 de ago. de 2025

Ressignificar

    Eu consegui!

    Achava que ressignificar algo era uma coisa forçada e meio que a pessoa contava que ressignificou só para dizer que teve algo de bom, na história dela e no fundo estava ainda sofrendo terrores.Nunca acreditei que conseguiria ressignificar algo na minha vida. São muitos abusos, traumas e todo o tipo de gatilho… Mas ontem eu percebi acidentalmente que consegui com uma coisa sim.

    Quando eu tinha por volta de 11 anos lembro que estava vendo o que era o tal do mIRC e como o lugar eu precisaria de um registro de nome único para logar nele. Lembro que tentei “Juliana” e obviamente já pertencia a alguém, foi quando lembrei de algo que identificava e tentei: “Sphynx”. Deu certo! Por que Sphynx? Sphynx é uma raça de gato que possui uma mutação genética recessiva no gene KRT71 que faz com que todos nasçam e passem a vida inteira sem desenvolver a pelagem comum dos felinos.

https://www.jornalbomdia.com.br/noticia/16424/conheca-mais-sobre-os-gatos-da-raca-sphynx

    Naquela época eu sofria bullying num extremo imenso na escola, também me sentia deslocada em casa e em qualquer outro lugar que eu ia. Fui uma criança bastante realista, com muita opinião e autista sem acompanhamento adequado. Me sentia o gato sem pêlos: igual a todo mundo mas com as opiniões expostas. Por baixo todo o gato é como um sphynx, mas as pessoas preferem ignorar isso, não gostar dele e apenas tratar bem os “bonitinhos” ou peludos... Mas é tudo igual! A diferença real é que eu transpareço mais quem sou e hoje entendo que é tal “falta de filtros”. Em pouco tempo troquei para “Juliana Sphynx” de tanto que perguntavam se eu era homem ou mulher… ok. Aos 13 anos eu estava assinando “Juliana Sphynx” em todos os meus desenhos e tudo que não era oficial. Quando renovei minha carteira de identidade descobri que aquela informação que um parente me deu que devo assinar sempre com meu nome e o sobrenome do pai era mentira e então minha assinatura oficial passou para “JSphynx”. Aproveitei para descartar meu sobrenome real que já não era motivo de orgulho para mim quando renovei a identidade. Quando preciso escrever meu nome completo quase sempre o abrevio para ele não existir ou então fico um tempo “emperrada” estranhando o que vou realmente escrever. Só meu blog já tem 18 anos carregando esse nome.

    Hoje percebo que “Juliana Sphynx” soa mais com meu nome, minha identidade e meu Eu Verdadeiro. Não me identifico com meu nome real e não tenho dores ou mágoas ao ler o “Sphynx” como inicialmente usei.

    Com os anos fui entendendo o que passei, construindo uma pessoa oposta ao que me fizeram pensar que eu devia ser e criei caráter de verdade. Eu sou Juliana Sphynx, essa é minha identidade e eu ressignifiquei isso.

    Estou com orgulho de mim.

30 de jul. de 2025

Iguana-verde (Iguana iguana)


    Tentativa em lápis (por questionarem tanto minha preferência por canetas esferográficas comuns). Achei que não valorizou os detalhes e gastou demais o lápis. Lapiseira ou 6B teria ficado melhor mas faz muita sujeira.



    O mesmo animal com caneta esferográfica verde:



23 de jul. de 2025

Até quando?

    
    Contextualizando...


    Enviei esse pedido para muita gente de lugares diferentes que tem a possibilidade de fazer algo para mudar a situação. Já recebi a resposta da empresa de ônibus e não vai mudar nada.

    E meu lápis preto sempre nanico.


18 de jul. de 2025

Hiena-malhada (Crocuta crocuta)

 Depressão é a época mais produtiva para desenhos… Estou com uma leva nova





28 de mai. de 2025

Meu primeiro Lince


27 de mai. de 2025

Quase tudo sobre PENAS

     É só clicar para acessar:



22 de mai. de 2025

Lobo com o focinho da Tulipa em caneta comum

 


14 de mai. de 2025

Caneta e papel comuns


9 de mai. de 2025

Cavalo em caneta esferográfica e lápis de cor

 Não está muito bem como eu queria...



26 de abr. de 2025

Downloads

     Alguns materiais publicados no blog disponíveis para ler online ou baixar. Basta clicar nas capas:

AVES



Fichas de aves de 1 até 95: fichas ilustradas que reúnem alimentação, subespécies, dimorfismos, localização e outros dados sobre algumas espécies de aves brasileiras.


Gralhas do Brasil: todas as espécies de gralhas do território brasileiro com suas informações básicas e subespécies.


Tucanos do  Brasil: todas as espécies de tucanos do território brasileiro com suas informações básicas e subespécies.


Martim-pescadores do  Brasil: todas as espécies de martim-pescadores do território brasileiro com suas informações básicas e subespécies.


A cor dos ovos das galinhas: a explicação real do porque alguns ovos são brancos, outros avermelhados e uns VERDES, AZUIS, PRETOS...


Plantas Tóxicas para Aves: um guia generalista apresentando algumas plantas que podem causar mal à aves, com fotografias e imagens científicas para identificação.


 leitura em breve

Caiu do ninho! E agora?: tudo o que você deve saber quando encontrar um pequeno fora do ninho.


Quase tudo sobre Penas: meu negócio mais bonito, completo e colorido?


OUTROS

Juntos pela igualdade: um antigo trabalho acadêmico sobre ambiente escolar que acabou ficando muito bonitinho.


Pequeno Guia para entender uma colega TEA: meu manual de instruções.

5 de mar. de 2025

Cavalo jovem

 


1 de mar. de 2025

18 anos do blog!

   

    Agora ele pode dirigir e os temas podem ser para maiores? hahahaha





23 de fev. de 2025

Para J





 

29 de jan. de 2025

I delitti del mosaico

    Publicado em 2006 e traduzido para o português como "Os Crimes do Mosaico: um caso de Dante Alighieri" é um livro escrito por Giulio Leoni que, bizarramente, coloca o falecido Dante Alighieri em uma narrativa investigativa fictícia: 

    “Os crimes do mosaico é um brilhante thriller histórico. O protagonista é Dante Alighieri, o autor de A Divina Comédia, que atua como detetive numa série de crimes assustadores que assolam Florença no ano de 1300. Tudo leva a crer que uma seita secreta age nos subterrâneos da cidade e cabe ao grande poeta juntar as peças como um verdadeiro Sherlock Holmes. Com um estilo inteligente que mantém o suspense da primeira à última linha, Giulio Leoni reconstrói a Florença do Renascimento nos mínimos detalhes e apresenta um Dante em carne e osso, poderoso, amargo e genial.” (Sebo Caravelas, 2025).


    Vou dizer que não é um "brilhante thriller histórico" porque nada encaixa. É uma grande história de viés de confirmação (Confirmation Bias) em cima do desenho de um mosaico sem olhar ao redor para realmente investigar a cena como um todo. No livro há toda um mistério envolvendo uma seita secreta que cria uma atmosfera sombria e suspense, mas que não parece dar em nada!

    Eu ainda não vi sentido em pegar uma figura existente para ser o protagonista da história se não a de chamar a atenção mesmo. Acredito que foi até meio desrespeitoso levando em conta algumas das coisas que acontecem no decorrer do livro e que ninguém saberia dizer se seriam mesmo decisões tomadas por Dante.

    O texto realmente me prendeu, mas chegou no fim murchou e morreu.

Obs: pesquisando sobre a sinopse descobri que "I Delitti del Mosaico" é um outro romance policial escrito por Carlo Lucarelli, publicado em 1996. A história se passa na, Itália, o protagonista é um inspetor e a história envolve arte, política e crime organizado...

22 de jan. de 2025

A cor dos ovos das galinhas

     Agora aumentado e em versão de livro digital!

    Basta clicar na capa para acessar ou mesmo fazer o download:




14 de jan. de 2025

Eu amo viver?

    Então eu descubro que gosto sim de viver. Gosto de viver reclusa das pessoas.

    Pessoas machucam, mentem, debocham… Até instituições que deviam te ensinar, apoiar e sentir orgulho de seu desempenho te colocam para baixo, mentem, excluem, botam barreiras e se importam mais se existe um número mínimo de pagamentos circulando e não de alunos exemplares.

    A vida é bonita sim. A natureza, as aves, o caminhar até pelo lado de fora de um parque vendo casca de ovos pelo chão, o azul do mar, o reflexo metálico dos beija-flores, as formigas carregando folhas, o cheiro da flor da mirabilis, o amor de quem amamos e somos correspondidos e as caudas abanando quando chegamos em casa. A vida é linda, o que não é bonito é ser forçado a conviver com pessoas que só querem escalar, subir abstratamente, seguir regras sem empatia, humilhar, ignorar… 




    Dinheiro? O problema seria dinheiro? O problema é esse sistema que para sermos e termos precisamos de dinheiro e por isso precisamos conviver forçadamente com todo o tipo de pessoas? Porque quase todas essa pessoas que cruzam minha vida são exatamente como as últimas do parágrafo anterior? Vão colocar a culpa (novamente) em eu ser autista? Você comete o absurdo e a culpa é minha?

    Eu amo viver, mas eu não consigo direito. Eu amo viver, mas eu não tolero as coisas que fazem comigo. Eu realmente amo viver quando posso ficar ausente do mundo para realmente enxergar o que tem de belo no mundo.

    E agora?

8 de jan. de 2025

Warlord Chronicles trilogy

    Conjunto de três livros: The Winter King (O rei do inverno), Enemy of God (O inimigo de Deus) e Excalibur que contam a história do lendário Arthur pelo ponto de vista de seu melhor amigo (Derfel Cadarn). Escrito por Bernard Cornwell, a tilogia foi traduzida para o Brasil como "As Crônicas de Artur".
    Sendo bastante  coisa vou colocar a sinopse de cada livro e no final farei minha "ficha de leitura" habitual. DEmorei bastante para escrever sobre essa coleção, espero ainda lembrar os fatos importantres.


The Winter King

https://en.wikipedia.org/wiki/The_Winter_King_%28novel%29

    Lançado em 1995, possui a seguinte sinopse:
    O romance se passa no ano 480, e é dividido em cinco partes narradas pelo protagonista, Derfel Cadarn. Um antigo guerreiro jurado a Arthur e agora um monge ancião, Derfel conta a história de como Arthur se tornou um senhor da guerra na Britânia da idade das trevas, apesar de não ter direito legítimo ao trono. Após ser banido à Armórica por seu pai, o rei Uther Pendragon, Arthur retorna para proteger o novo rei, seu sobrinho Mordred. Porém, quase a ponto de unificar pacificamente a Britânia, a decisão de Arthur de se casar com Guinevere mergulha a ilha em guerra novamente (Wikipedia, 2025).

Enemy of God 

Lançado em 1996.

https://www.amazon.com.br/Enemy-God-Book-Two-Chronicles/dp/1405928336

    Contra todas as chances, Arthur, o guerreiro da Dumnônia, alcançou a paz entre os antagônicos reinos Britânicos e se prepara para marchar com seu exército contra os Saxões. Merlin organiza uma aventura perigosa nas terras do inimigo mais terrível da Britânia, em uma tentativa de recuperar uma antiga relíquia que vai ajudá-lo a restaurar a Britânia à sua glória passada. Enquanto isso, os inimigos de Arthur o cercam, prontos para destruir seu mundo para lucro pessoal (Wikipedia, 2025).

Excalibur


Último livro da trilogia foi lançado no Brasil em 1997.

https://www.kobo.com/br/pt/ebook/excalibur-2

    Nesse terceiro volume da série, iniciada com O rei do inverno , seguida de O inimigo de Deus , o escritor imerge o leitor em uma Britânia cercada pela escuridão. E apresenta os últimos esforços de Artur pra combater os saxões e triunfar sobre um casamento e sonhos desfeitos. Excalibur mostra, ainda, o desespero de Merlin, o maior de todos os druidas, ao perceber a deserção dos antigos deuses bretões. Sem seu poder, Merlin acha impossível combater os cristãos, mais perigosos para a velha ilha do que uma horda de famintos guerreiros saxões. O livro traz vívidas descrições de lutas de espada e estratégias de guerra, misturadas com descrições da vida comum naqueles dias: longas barbas servindo como guardanapos, festivais pagãos, com sacrifícios de animais, e pragas corriqueiras, como piolhos. Tendo por narrador um saxão criado entre os bretões, Derfel, braço direito de Artur, Excalibur acompanha os conflitos internos de Artur, recém-separado da esposa, mas ainda apaixonado por sua rainha. Atacado por velhos inimigos, perseguido por novos perigos, mas sempre empunhando a espada Excalibur, um dos objetos de poder legados aos homens pelos antigos deuses dos druidas. Cornwell mostra, ainda, como as ameaças vindas de todos os lados acabam fazendo com que Artur se volte para a religião, chegando a se batizar como cristão. Todos os sacrifícios são válidos para salvar sua adorada Britânia (Amazon, 2025).
    A história durante todos os livros é dupla: parte no passado vivida Derfel e a parte do presente com esse mesmo personagem agora sendo um monge contando e transcrevendo a história para sua atual rainha que tem muita curiosidade sobre o preíodo de Arthur.

    Não poupo spoilers! Largue agora se não quer!

    No primeiro livro temos o nascimento de Mordred apresentando mau presságio por ter a perna deformada. Somos apresentados à uma Morgana deformada por um incêndio, o mago Merlin juntamente com sua amante de 14 anos chamada Nimue e nosso narrador apaixonado pela mesma. Não vou contar toda a história, mas posso garantir que Nimue é quem tem as piores fases no decorrer dos livros. Ela é uma versão da Dama do Lago a fada mais conhecida no Brasil como Vivian ou Viviane.

A Dama do Lago de Speed Lancelot (1912)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Dama_do_Lago

    Um dos personagens que me chamou a atenção foi a belissima Ceinwyn que tem um arco bastante inesperado ao mesmo tempo que eu esquecia que Morgana existia (o autor também!). E é claro que aqui também tem a ruiva causadora de confusões Guinevere, o traíra Lancelot e Arthur.... Sendo Guinevere outra que me surpreende mais para o final.
                          
Lancelot e Guinevere
https://www.worldhistory.org/Guinevere/

    A narrativa de Derfel oferece uma perspectiva única sobre a lenda arturiana: são várias as coisas diferentes coimparando com as histórias clássicas. O autor basicamente reconta tudo da forma que achou mais adequada e sem se prender no já previsível das lendas. Uma das coisas que chama a atenção é o nome da espada nunca ser Excalibus e sim Caledfwlch. Essa palavra galesa significa "faca de Caledônia" ou "espada de Caledônia". Bernard Cornwell escolheu usar esse nome para manter a autenticidade histórica e literária da época. Outra coisa muito boa que ele mudou foi o fato de não existir magia. Sim, magos são mentirosos que botam medo nos outros apenas sendo uns esquisitos como realmente acontece no mundo real.

Já fez a pesquisa com esse nome?
https://www.google.com/search?q=caledfwlch

    Seguindo adiante na história e livros, um personagem que se destaca bastante é: Sagramor. Ele é um líder militar habilidoso e leal, comandante da cavalaria de Arthur e um dos principais conselheiros do rei. Sagramor é conhecido por sua integridade, inteligência e coragem. Sua origem armênia adiciona uma perspectiva cultural única à narrativa. Ao longo da trilogia, Sagramor evolui de líder militar para conselheiro político, revelando sua inteligência e habilidade estratégica. Sua rivalidade com Lancelot destaca a diferença entre lealdade e egoísmo. Em vários momentos ele é descrito como o único homem  negro visto/conhecido pelos personagens. Foi inspirado em Sir Sagramore, um cavaleiro da Távola Redonda nas lendas arturianas.

 O Memorial das proezas da segunda tavola redonda: Triunfos de Sagramor
https://digital.bbm.usp.br/handle/bbm/8281

    Chegamos no terceiro livro e um cerco gigante. E não, eu não estou resumindo nada e sim passando super por cima! Bernard Cornwell cria um final emocionante e coerente com a lenda arturiana, encerrando a trilogia de forma épica e fazendo eu me perguntar: "mas parou porque ele morreu?".

    Os grandes temas tratados na história:
  • Guerra e liderança
  • Política e poder
  • Mitologia celta
  • Cristianismo x paganismo
  • Amor e lealdade

    Características macantes:
  • Personagens complexos e multifacetados.
  • Relações intricadas entre personagens.
  • Desenvolvimento de personagens ao longo da trilogia.
    Vi que recentemente saiu uma série sobre essa coleção de livros, com um elenco nadinha fiel às descrições e colocando a magia como algo real na história. O autor se esforça para não ter magia, dizer mil vezes alguns traços físicos dos personagens e fazem isso… Mas… Já foi cancelada!

https://filmow.com/o-rei-do-inverno-1a-temporada-t354542/

    E estava ruim mesmo:

https://www.google.com/search?q=rei+do+inverno+serie+segunda+temporada

Obs: Arthur é um traíra e eu nunca mais falaria com ele se fosse amigo meu fazendo isso! Se teve alguma curiosidade leia os livros e descubra!

Os comentários foram desativados:

tenho de 70 a 100 visitantes por dia e quase nenhum comentário nas postagens, apenas no meu e-mail. 

Acabei achando a sessão inútil de manter. Contato: JulianaOdeiaCafe@gmail.com