13 de dez. de 2021

Plantas Tóxicas para aves - download da pesquisa

Download da pesquisa completa (94 páginas) no final da postagem.


Não existe planta tóxica, existem organismos que não sabem lidar com determinadas substâncias e acabam sendo intoxicados por eles. Por esta razão o que pode ser tóxico para um humano não necessariamente é tóxico para uma outra espécie, assim como o que é tóxico para uma espécie de ave não é necessariamente tóxico para outra espécie de outra ave. 

A quantidade de plantas tóxicas para aves é imensa. Umas matam pela simples ingestão, outras causam problemas sérios que podem ser curados e algumas intoxicam apenas em excesso. Para entender o processo, devemos compreender como funciona a defesa a organismos vegetais com seu ambiente e assim sua defesa contra predadores.



Gaturamo-verdadeiro (Euphonia violacea) macho alimentando-se de um aveloz (Euphorbia tirucalli) planta tóxica para humano e muita apreciada por diversas aves.



A pesquisa aqui disponível para download teve a maior parte das fontes encontrada em material estrangeiro e, por ser uma lista muito extensa, vai citar apenas as espécies que são encontradas com facilidade em jardins, decorações e mesmo no meio ambiente brasileiro.


Afirmar que uma planta é tóxica vai depender muito do restante da frase. Plantas não são tóxicas, mas sim “tóxicas para...”. Como afirma o professor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) Antônio Carlos Machado da Rosa (2020): “a toxicidade de uma planta é consequência do resultado da interação planta-animal, como resultado de interações bióticas e abióticas de plantas, em seu processo de coevolução”.



Mutualismo


Algumas relações são importantes tanto para a planta como para o animal, muitas vezes até essenciais para sua existência. Quando a relação é benéfica em ambos os lados chama-se mutualismo. Um exemplo clássico de mutualismo entre aves e plantas é o simples fato do Sabiá-preto (Platycichla flavipes) alimentar-se de frutos. Ao mesmo tempo que o animal busca sua sobrevivência, serve como dispersor de sementes para o vegetal.


Sabiá-preto (Platycichla flavipes) alimentando-se de mamão (Carica papaya)



Predatismo


Na predação ou predatismo, um indivíduo se alimenta de outro. No caso um animal alimentando-se de uma planta temos um predador (animal) e uma presa (planta), sendo possível também o inverso.


Dionéia (Dionaea muscipula). Planta fazendo o papel de predador ao alimentar-se de uma formiga (presa)


As plantas, sendo indivíduos imóveis desenvolveram formas de “escapar” de suas ameaças, como espinhos, cornos e pelos, ou o desenvolvimento de revestimento impenetrável. Muitas delas armazenam substâncias químicas que favorecem a diminuição de seus predadores naturais (insetos e herbívoros), promovendo intoxicação nos organismos que se alimentam das mesmas. Não é interessante para uma planta ser predada até desaparecer sua existência e nem ser totalmente resistente para um herbívoro ao ponto de acabar com a existência dos mesmos. com o passar dos anos, plantas e predadores construíram uma relação de benefício mútuo ao mesmo tempo que são adversários. (ROSA, 2019).

As barreiras das plantas evoluíram de forma que:


A primeira linha de defesa contra organismos potencialmente prejudiciais é a superfície da planta. A cutícula (a camada exterior de cera), a periderme e outras barreiras mecânicas ajudam a bloquear a entrada de bactérias, fungos e insetos. A segunda linha de defesa costuma envolver mecanismos bioquímicos que podem ser constitutivos ou induzidos. As defesas constitutivas estão sempre presentes, enquanto as defesas induzidas são desencadeadas em resposta ao ataque. As barreiras mecânicas (1ª. Linha de defesa) e os metabólitos secundários tóxicos são dois tipos principais de defesa constitutiva das plantas contra insetos e outros herbívoros. (ROSA, 2019).


Camadas de uma planta


Fonte: Rosa (2020)



PLANTAS COM TOXICIDADE PARA AVES


Sabendo agora como as plantas se defendem, algumas delas são adaptadas para prejudicar seus predadores. Muitas desenvolveram substâncias que acabam por serem tóxicas no organismo das aves. Aqui serão citadas as mais comuns no cenário Brasileiro, levando em consideração as não nativas presentes em jardins e lares, como também algumas espécies invasoras que podem ser encontradas em pastagens, terrenos e mesmo nos cantos de calçadas.


Arquivo completo com 94 páginas!


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