Também conhecido como A Baleia, lançado em 1851 e que conta a história:
"narrada por Ishmael, tripulante do baleeiro comandado pelo capitão Ahab, que, em sua última viagem, deseja capturar a grande baleia branca que no passado arrancou uma de suas pernas. A beleza e a complexidade de Moby Dick residem na forma como Melville consegue explorar com maestria os mais diversos gêneros literários, construindo ao mesmo tempo diálogos shakespearianos, descrições científicas precisas e reflexões filosóficas sobre o bem e o mal" (Ediouro Publicações).
Complicado ler "edição especial de luxo" e saber que o livro é LOTADO de erros de digitação e tradução.
O livro acompanha um escritor chamado Ishmael que decide entrar em um navio baleeiro por três anos e aprender tudo sobre a caça da baleia. Nesse meio tempo conhece seu maior amigo: Queequeg, um homem polinésio enorme com costumes pagãos canibais. Eu diria até que rola um romance velado entre ambos.
Já no barco, encontram-se com diversos personagens de grande importância ao longo da trajetória. Quatro deles destacam-se sob os demais: Starbuck, Stubb, Flask e o louco capitão Ahab. Sem entrar em muitos detalhes, Starbuck é o primeiro comandante do navio e o cara que mostra ser o mais sensato de todos e Ahab é um insano capitão de uma perna só. Uma coisa que chama a atenção é que ambos são egípcios e sempre retratados de forma incorreta nos filmes. Isso também inclui os demais personagens de outras etnias, até Queequeg branco o cinema fez! Uma triste referência é o filme Moby Dick de 1956. Fica só uma imagem do elenco:
https://www.imdb.com/title/tt0049513/
Em geral o livro me agradou muito, pois pude admirar a história após ter assistido o filme No Coração do Mar (2015) que já falei aqui no blog. Acabei por completar todas as cenas com as lembranças que assisti no filme e foi um experiência muito mais completa. Recomendo bastante essa sequencia.
https://revistaintertelas.com/2020/08/24/no-coracao-do-mar-in-the-heart-of-the-sea-2015-diretor-ron-howard/
O filme atrelado ao livro fez com que eu entendesse melhor os detalhes citados sobre as embarcações, as cenas parecidas ficaram mais gráficas e mesmo o andamento da história foi mais proveitoso assim.
Num geral, o a historia é focada na obsessão de um capitão pelo animal que lhe arrancou a perna anos antes e ele pretende o caçar até a morte como vingança. Trata-se de um cachalote corcunda, de cara deformada, todo branco e com diversos arpões cravados no corpo (e eu pensava que ela fosse bonita).
Não vou poupar revelar trechos da história, pois se trata de um romance escrito em 1851. A história foca-se muito mais na viajem em si e os encontros de navios, pesca baleeira e descrições de baleias como eram vistas na época.
https://www.kuriosis.com/products/scene-moby-dick-poster
Ishmael mantem anotações sobre todas as espécies que conhece, classificadas como peixes naquela época. Nenhuma informação é útil nos dias de hoje, pois estão altamente defasadas e devem ser levadas apenas como parte da historia de uma época e mais nada. Algumas obras de arte são citadas no decorrer do livro e para a minha surpresa eu lembrava de ter visto reproduções desses quadros em uma churrascaria que frequentava quando criança.
O final do livro é cheio de simbolismos sobre o quanto aquilo tudo vai dar errado. Achei triste o fato da baleia tão procurada aparecer apenas no finalzão de tudo, também não entendi a razão de seu nome, Moby Dick, e a historia nem mesmo explica o fato.
A grande baleia ganha o embate e sai tão cheia de metais em seu corpo que vira um animal cada vez mais lerdo. Com certeza o próximo navio conseguirá abate-la e não será Ahab que morreu tentando vingar-se.