Primeira sequência de Os Três Mosqueteiros, publicado em 1845 escrito por Alexandre Dumas. A história dos mosqueteiros é uma trilogia: Les Trois Mousquetaires (Os Três Mosqueteiros) de 1844, Vingt ans aprés de 1845 (Vinte anos depois) e Le Vicomte de Bragelonne de 1847 (O Visconde de Bragelonne). Mas... Desculpa Dumas, não dá para continuar depois desse livro. O terceiro livro conta história do homem da máscara de ferro que eu queria bastante conhecer, mas esse segundo me desanimou de chegar lá. A história agora é a seguinte:
"Trata-se de um D'Artagnan diferente, mais maduro, mais astuto e mais corajoso do que nunca, ele se envolve nas disputas políticas da Regência. A França divide-se em dois partidos: o de cardeal Jules Mazarin, que controla, em maior parte, a rainha Ana da Áustria, e o seu filho, o rei Luís XIV de França, que ainda não atingiu a maioridade; e o partido popular (La Fronde), com alguns dos mais importantes elementos da nobreza. D'Artagnan, como está ao serviço dos mosqueteiros reais, é obrigado a lutar pelo partido de Mazarin."
https://www.amazon.com.br/Vingt-ans-apr%C3%A8s-Mousquetaires-Collection-ebook/dp/B087NQNGTZ
Aqui temos uns erros que nem consigo entender como são do mesmo autor do livro anterior:
1 - O livro é tão focado na política que tem imensos capítulos de diálogos super lineares que não revelam nada e nem avançam a história;
2 - Apresenta um monte de personagens que parecem que terão importância, mas sem os aprofundar ou contextualizar direito os deixa para trás no decorrer da narrativa;
3 - Quando parece que vai ter ação como no livro anterior o clima é simplesmente interrompido e a ação não acontece;
4 - As coisas parecem que só começam mesmo a acontecer no final e ai acaba!
Os três mosqueteiros continuam sendo quatro mosqueteiros e oito pessoas ao todo. Pelo menos nessa história dos outros personagens que andam com eles tem muito mais relevância, mas mesmo não sendo mais criados continuam sendo tratados como tal e se humilhando como antes! Todos os antigos empregados subiram na vida. Planchet, agora mais rico que seu antigo "mestre", ainda só se humilha: come resto de comida do D'Artagnan mesmo depois de não trabalhar mais para ele! Mas aqui pelo menos ele sobe cada vez mais na vida militar durante a história: termina como tenente e possível capitão no futuro. Eu queria um livro solo desse cara.
Um dos pontos legais que a história aborda é a relação de amizade inabalável entre os companheiros: mesmo após vinte anos de separação, os personagens principais aparecem muito mais unidos apesar de estarem lutando em lados opostos.
Não posso deixar de comentar que nesse livro ficamos sabendo que D'Artagnan tinha um pouco mais de 1 metro e meio!
Só achei referência de uma única adaptação para o cinema que é de 1922 do diretor Henri Diamant-Berger:
https://en.unifrance.org/movie/39198/vingt-ans-apres
Um ano antes esse mesmo diretor havia adaptado a história do primeiro livro para um filme.
Mas voltando a história: Porthos agora é retratado como extremamente forte e do nada virou também um cara limitado intelectualmente. A primeira coisa acaba virando uma piada recorrente que nem era citada no primeiro livro.
"Nada amolece o intelecto como o sono".... Uma frase sobre dormir! Não é uma referência a ter sono te dexa pensando menos, mas sim para não dormir naquele momento. Tem muito conselho ruim aqui! 😂
Achei engraçado que mesmo com raiva o povo aqui se trata sempre com pronomes educados.
Eu ainda não entendo porque uma pessoa que tem um filho, cria esse filho em casa e fala para ele que não é o pai e sim que é um pai adotivo sendo que realmente é o pai da criança. E outra coisa: tem um cara de pijama no meio de uma cena que nada foi relevante dizer que ele estava ali de pijama e fiquei intrigada até agora com isso!
Chegou no final e concluí que um monte de personagem importante é citado, não aparece e quando aparece é pra morrer no mesmo parágrafo! Fora que morreu quase todo mundo que voltou do outro livro.
Foi uma história muito mal planejada com 778 páginas que poderiam ser 200.