16 de fev. de 2022

Raiva

A raiva possui diversos reservatórios (animais que carregam a doença). De acordo com um artigo do Boletim Epidemiológico Paulista: “A Classe Mammalia  possui cerca de 4.650 espécies, sendo todos susceptíveis ao vírus da raiva porém, como reservatórios de importância em saúde pública, são mencionados duas ordens: Carnivora e Chiroptera”. Ou seja: os carnívoros em geral e os morcegos. “No ciclo urbano, a principal fonte de infecção é o cão e o gato. No Brasil, o morcego é o principal responsável pela manutenção da cadeia silvestre. Outros reservatórios silvestres são: raposa, coiote, chacal, gato do mato, jaritataca, guaxinim, mangusto e macacos” (Ministério da saúde).


https://tenor.com/view/espumando-foam-sick-help-streamer-gif-16683215


Morcegos x Raiva


Os morcegos são conhecidos por frequentarem tanto o meio urbano quanto o rural e serem grandes suspeitos em se tratando da doença Raiva. O site do Ministério da Saúde aponta que: “Não se sabe ao certo qual o período de transmissibilidade do vírus em animais silvestres. Entretanto, sabe-se que os quirópteros (morcegos) podem albergar o vírus por longo período, sem sintomatologia aparente”. Ou seja, um morcego mesmo com aparência saudável pode ser um reservatório de vírus. A revista Scientific American ressalta que “morcegos provocam metade dos casos de raiva” no Estado de São Paulo.


https://www.ufsm.br/midias/arco/9-curiosidades-sobre-morcegos-que-voce-nao-sabia/


A forma mais comum de contágio é expor seu sangue à saliva do animal contaminado (sendo por mordidas e lambidas) ou mesmo por arranhões. Maria Helena Varella Bruna coloca a importante informação sobre a disseminação dessa doença: “embora o vírus esteja presente na urina, fezes e sangue dos animais infectados, não costuma oferecer risco maior de transmissão, porque não consegue sobreviver por muito tempo fora do organismo do hospedeiro”. E acrescenta que: “Exceção feita aos mamíferos, não há notícia de que outra classe de animais possa transmitir o vírus da raiva. Na maior parte dos casos, cães e morcegos são os animais que mais transmitem a doença pela saliva carregada de vírus”. E que há “casos de transmissão por via respiratória, quando uma pessoa não vacinada inala o ar carregado de vírus em cavernas infestadas de morcegos, por exemplo”. Ainda sobre morcegos e transmissão, a autora coloca que existe a possibilidade da raiva ser transmitida entre humanos para outros humanos: “entretanto, embora bastante raros, há casos de transmissão inter-humana pelo transplante de tecidos ou de órgãos infectados (especialmente pelo transplante de córnea)”. Isso oferece uma segunda situação de risco: a escassez de exames antes de transplantes médicos.


https://www.medicinanet.com.br/conteudos/conteudo/2185/raiva.htm


Os morcegos são responsáveis por transmitir raiva pra muitos animais domésticos e de fazendas, atacando gado de corte e leite. O site BeefPoit aponta que “para o controle da raiva dos herbívoros é necessária a adoção, de forma sistemática e contínua, de duas medidas: a vacinação do rebanho e o controle da população de morcegos hematófagos (Desmodus rotundus)” e o site da empresa Ambiental Clean acrescenta que, apesar da grande má fama que atinge esse mamífero voador, “só uma pequena porcentagem de morcegos estejam infectados com raiva”.



Transmissão


A forma mais comum de contaminação pelo vírus da raiva trata-se ”através do contato com a saliva de animais doentes, através de mordeduras, arranhões ou lambeduras em pele lesada ou mucosa” (Ambiental Clean) e “embora todas as espécies de morcegos possam atuar como transmissores do vírus da raiva, o morcego hematófago é considerado, um dos principais responsáveis pela transmissão da doença, podendo infectar não só bovinos, eqüinos como também outras espécies de morcegos”. Dessa forma temos uma cadeia, onde “todos os animais infectados com a raiva, inclusive o próprio morcego, podem transmitir (...) para o homem através de suas fezes e no local onde vivem, como cavernas e forros. (Ambiental Clean).


http://www.cidasc.sc.gov.br


Apesar do morcego hematófago ser o principal transmissor entre esses animais, os morcegos frutíferos não estão totalmente descartados. A Revista de Saúde Pública fez um artigo onde destaca que “quatro casos positivos para a raiva foram diagnosticados em morcegos de três espécies de molossídeos (um Molossus molossus, um Nyctinomops laticaudatus e dois N. macrotis)” no Estado de São Paulo, sendo o segundo citado (Molossus molossus) uma espécie muito comum em Santa Catarina no interior de casas antigas, beiradas de telhados e frequentador noturno de bebedouros para beija-flores. De acordo com Gustavo Laredo do site do programa Globo Rural, todas as espécies podem transmitir o vírus pela mordida, já que “todos os morcegos podem carregar o vírus da raiva, mas para que ocorra a transmissão é necessário o contato da saliva com o sangue. Por isso os vampiros, que mordem os animais, são os melhores transmissores”. Valendo ressaltar que “qualquer mamífero pode transmitir a doença: gato, vaca, cavalo, coelho, morcego(...). A transmissão ocorre, principalmente, por causa das mordidas dos animais, mas podem acontecer em caso de arranhões ou até lambidas”. (G1).


https://rdlider.com.br/2019/04/06/raiva-mata-mais-de-50-animais-em-soledade/


Sobre a transmissão da raiva de humanos para humanos, Maria Helena Varella aponta em seu site que: “é considerada remota a possibilidade de que o vírus da raiva possa ser transmitido por via sexual, da mãe para o feto durante a gestação”. A autora acrescenta que após a vacinação “pessoas que pertencem a grupos de risco e, portanto, mais vulneráveis à infecção, devem tomar a vacina contra raiva e acompanhar a resposta do sistema imunológico para saber se a produção de anticorpos atingiu os níveis adequados. Conforme o caso, doses de reforço devem ser repetidas a cada dois anos”.




OBRIGATORIEDADE DA VACINAÇÃO



Na cidade de Florianópolis, existe uma lei sobre a vacinação de animais contra a raiva (Lei Complementar número 94, de 18 de dezembro de 2001). O site do município apresenta no artigo 18 que: “todo proprietário de animal é obrigado a vacinar seu cão ou gato contra a raiva e leptospirose, observando o período de imunidade, de acordo com a vacina utilizada”. A mesma lei foi aprovada pelo município de Palhoça no ano de 2009. De acordo com a Lei Municipal 13.131, cães e gatos de São Paulo devem tomar vacina antirrábica todos os anos. Não existe uma lei de abrangência nacional de obrigatoriedade da vacinação contra a raiva, mas diversos municípios adotaram suas próprias leis como medida de prevenção.


https://redepara.com.br/Noticia/215595/comecou-a-campanha-de-vacinacao-para-caes-e-gatos

Os animais colocados como prioridade nas vacinações são cães e gatos (por haver maior convivência dos mesmos com humanos). O site Destak Pet afirma que as vacinações para esses animais são diferentes: “para cães as vacinas "V8" ou "V10" são fundamentais, já para os gatos as "V3" ou "V4" são muito importantes. A escolha da mais adequada deverá ser feita pelo médico veterinário de sua confiança.”


www.ceara.gov.br


Porcentagem de animais vacinados no Brasil


O cenário no Brasil já foi mais agradável na prevenção dessa doença. O Ministério da Saúde coloca que: “no período de 2012 a 2016, as coberturas vacinais de cães sofreram variações na quase totalidade dos municípios do país, sendo que em alguns anos, estiveram abaixo dos 80% da população canina estimada vacinada” e completa com “os estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul desde 1995 não realizam campanhas massivas de vacinação canina e felina anual”.


De acordo com o site do Ministério da Saúde: “a raiva é de extrema importância para saúde pública, devido a sua letalidade de aproximadamente 100%, por ser uma doença passível de eliminação no seu ciclo urbano (transmitido por cão e gato) e pela existência de medidas eficientes de prevenção, como a vacinação humana e animal”. Restando apenas esperar pela volta das campanhas de vacinação dos animais domésticos, focando também em uma conscientização da população sobre a vacinação humana, de animais de fazenda e de animais reservatórios do problema em geral.


https://www.patasdacasa.com.br



VACINAÇÃO HUMANA


No caso de humanos não vacinados, a raiva pode ser diagnosticada após o contágio, sendo necessário um tratamento de risco. O quadro “Saúde de A a Z” do portal do Ministério da Saúde apresenta uma cartilha apresentando o protocolo de tratamento da raiva humana, disponível clicando aqui. O mesmo site, aponta que: “a raiva é uma doença quase sempre fatal, para a qual a melhor medida de prevenção é a vacinação pré ou pós exposição”. Ainda no quadro Saúde de A a Z, a prevenção acaba sendo a melhor saída, pois a doença é letal e o tratamento após a doença se instalar é de “utilizar um protocolo de tratamento da raiva humana, baseado na indução de coma profundo, uso de antivirais e outros medicamentos específicos. Entretanto, é importante salientar que nem todos os pacientes de raiva, mesmo submetido ao protocolo sobrevivem”. 


https://www.sanoficonecta.com.br/artigos/vamos-falar-sobre-raiva-humana


De acordo com Maria Helena Varella: “Vacinas antirrábicas agem estimulando a produção de anticorpos, em duas linhas: preventivamente, nas pessoas que pertencem a grupos de risco e nunca foram infectadas, ou então como recurso para deter a propagação do vírus rumo ao cérebro, quando há suspeita ou confirmação de que o contato com o vírus realmente existiu”. Ela também explica a diferença entre as duas vacinas atualmente disponíveis no mercado: “as produzidas em culturas de células diplóides humanas – consideradas mais seguras e eficazes, porque apresentam maior competência para fabricar anticorpos e menor incidência de reações adversas” e as “do tipo Fuenzalida-Palácio modificada, produzidas em tecido embrionário de camundongos recém-nascidos, inoculados com a cepa Pasteur de vírus fixo”.

 

Riscos da vacinação


De acordo com Varella: tanto uma quanto a outra (vacinas) podem ser aplicadas em qualquer idade e não têm contraindicação, mesmo durante a gravidez ou no período de amamentação”. O site do Governo Federal também coloca a vacinação contra a raiva sem nenhuma contra-indicação, salientando que “vacina contra raiva é gratuita e encontra-se disponível em toda a rede do Sistema Único de Saúde (SUS)”. 


Já a redação do site Minha Vida acrescenta que: “sempre que possível, recomenda-se a interrupção do tratamento com corticoides e/ou imunossupressores ao ser iniciado o esquema de vacinação. Não sendo possível, a pessoa deve ser tratada como imunodeprimida”. A bula da vacina aponta pessoas com alergia aos componentes como contraindicadas e também “se você apresentar febre ou doença aguda a vacinação deve ser adiada”.(ANVISA)


https://www.ubatuba.sp.gov.br/destaques/vacinacaoredeprivada/


Quem precisa tomar a vacina


O site do Ministério da Saúde cita os principais grupos de pessoas que precisam tomar a vacina de raiva humana: “médicos veterinários, biólogos, profissionais de laboratório de virologia e anatomopatologia para raiva, estudantes de Medicina Veterinária, zootecnia, biologia, agronomia, agrotécnica e áreas afins, pessoas que atuam na captura, contenção, manejo, coleta de amostras, vacinação, pesquisas, investigações ecopidemiológicas, identificação e classificação de mamíferos: e/ou animais silvestres de vida livre ou de cativeiro, inclusive funcionário de zoológicos, espeleólogos, guias de ecoturismo, pescadores e outros profissionais que trabalham em áreas de risco”. O Ministério da Saúde complementa que a vacinação preventiva: “simplifica a terapia pós-exposição, eliminando a necessidade de imunização passiva (soro ou imunoglobulina), e diminui o número de doses da vacina e desencadeia resposta imune secundária mais rápida quando iniciada a pós-exposição”. Além do público citado, o Ministério da Saúde faz a observação de que “pessoas com risco de exposição ocasional ao vírus, como turistas que viajam para áreas de raiva não controlada, devem ser avaliados individualmente, podendo receber a profilaxia pré-exposição dependendo do risco a que estarão expostos durante a viagem”.


pt.vecteezy.com


A titulação deve ser repetida “a cada 6 meses” (Dive-SC). De acordo com o site Minha Vida, “são realizadas cinco doses, dados no dia da exposição e depois no terceiro, sétimo, décimo quarto e vigésimo oitavo dias após a exposição. O controle sorológico (titulação de anticorpos) é exigência indispensável para a correta avaliação da pessoa vacinada”. A sorologia deve ser feita em laboratórios especializados que trabalhem especificamente com o exame de titulação de anticorpos neutralizantes para a raiva.



http://www.cidasc.sc.gov.br/blog/2019/12/04/cidasc-informa-saiba-como-se-prevenir-da-raiva-2/



A prevenção continua sendo a melhor maneira para evitar a disseminação de doenças, nesse caso a vacinação de animais acaba sendo indispensável, bem como a vacinação de pessoas consideradas casos de risco. Prevenir também abrange cuidados ao manusear animais silvestres e mesmo suspeitos de portarem a doença.



REFERÊNCIAS


ANVISA. Vacina raiva (inativada). Disponível em: < http://www.anvisa.gov.br/datavisa/fila_bula/frmVisualizarBula.asp?pNuTransacao=9038472013&pIdAnexo=1840767>. Acesso em: 28 mai. 2019.

BR, Gov. Brasil é exemplo na erradicação da raiva animal e humana no mundo. Disponível em: <http://www.brasil.gov.br/noticias/saude/2012/10/brasil-e-exemplo-na-erradicacao-da-raiva-animal-e-humana-no-mundo>. Acesso em: 28 mai. 2019.

BRUNA, Maria Helena Varella. Drauzio. Raiva Humana (hidrofobia). Disponível em: <https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/raiva-humana-hidrofobia/>. Acesso em: 28 mai. 2019.

CLEAN . Ambiental. Sobre Pagras: Morcegos. Disponível em: < https://www.ambientalclean.com.br/sobre-pragas/pragas-morcegos/>. Acesso em: 28 mai. 2019.

G1. Bem Estar. Raiva: o que é, transmissão, sintomas, diagnóstico e prevenção. Disponível em: <https://g1.globo.com/bemestar/noticia/raiva-o-que-e-transmissao-sintomas-diagnostico-e-prevencao.ghtml>. Acesso em: 28 mai. 2019.

KOTAIT, Ivanete etc. Reservatórios silvestres do vírus da raiva: um desafio para a saúde pública. Disponível em: <https://g1.globo.com/bemestar/noticia/raiva-o-que-e-transmissao-sintomas-diagnostico-e-prevencao.ghtml>. Acesso em: 28 mai. 2019.

LAREDO, Gustavo. Globo Rural. Morcego que dá raiva. Disponível em: <http://www.globo.com/GloboRural/0,6993,EEC550250-2584,00.html>. Acesso em: 28 mai. 2019.

MUNICIPAIS, Leis. Lei Complementar Nº 94, de 18 de Dezembro de 2001. Disponível em: <https://leismunicipais.com.br/a/sc/f/florianopolis/lei-complementar/2001/9/94/lei-complementar-n-94-2001-dispoe-sobre-o-controle-e-protecao-de-populacoes-animais-bem-como-a-prevencao-de-zoonoses-no-municipio-de-florianopolis-e-da-outras-providencias>. Acesso em: 28 mai. 2019.

MUNICIPAIS, Leis. Lei Nº3072, de 23 de Julho de 2009. Disponível em: <https://leismunicipais.com.br/a/sc/p/palhoca/lei-ordinaria/2009/308/3072/lei-ordinaria-n-3072-2009-dispoe-sobre-a-criacao-e-instituicao-do-centro-de-controle-de-zoonoses-e-populacoes-animais-do-municipio-de-palhoca-e-da-outras-providencias-2015-04-01-versao-consolidada>. Acesso em: 28 mai. 2019.

PET, Destak. Cuidados com o pet na hora de vacinar. Disponível em: <https://www.destakjornal.com.br/pet/detalhe/cuidados-com-o-pet-na-hora-de-vacinar>. Acesso em: 28 mai. 2019.

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SAÚDE, Ministério da. Saúde de A a Z. Raiva: o que é, causas, sintomas, tratamento, diagnóstico e prevenção. Disponível em: <http://portalms.saude.gov.br/saude-de-a-z/raiva>. Acesso em: 28 mai. 2019.

SC, Dive. Raiva Animal - Atendimento Anti-Rábico Humano. Disponível em: <http://www.dive.sc.gov.br/conteudos/zoonoses/publicacoes/Raiva_humana_e_atendimento_anti-rabico_humano-ant.pdf>. Acesso em: 28 mai. 2019.

SCIELO. Revista de Saúde Pública. Raiva em morcegos insetívoros (Molossidae) do Sudeste do Brasil. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0034-89101995000500009&script=sci_abstract&tlng=pt>. Acesso em: 28 mai. 2019.

SILVA, PEDRO. Luzia Helena Queiroz da e Wagner André. A raiva dos herbívoros e os morcegos transmissores – parte 1. Disponível em: <https://www.beefpoint.com.br/a-raiva-dos-herbivoros-e-os-morcegos-transmissores-parte-1-5122/>. Acesso em: 28 mai. 2019.

TEIXEIRA, Regiane. Folha de São Paulo. Cães e gatos devem ser vacinados anualmente contra a raiva; saiba mais. Disponível em: <https://www1.folha.uol.com.br/saopaulo/2014/04/1439332-caes-e-gatos-devem-ser-vacinados-anualmente-contra-a-raiva-saiba-mais.shtml>. Acesso em: 28 mai. 2019.

VIDA, Minha. Vacina contra raiva. Disponível em: <https://www.minhavida.com.br/saude/tudo-sobre/16702-vacina-contra-raiva>. Acesso em: 28 mai. 2019.

ZAYCEV, Alexei. Morcegos provocam metade dos casos de raiva. Disponível em: <https://www2.uol.com.br/sciam/noticias/morcegos_provocam_metade_dos_casos_de_raiva.html>. Acesso em: 28 mai. 2019.


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